Quarta-feira, 18 de outubro de 2023 - 08h30
O governo deve servir ao povo
e não o povo ao governo- isto deveria ser uma regra básica da boa
administração. No Brasil não é. Os governantes de plantão fazem o que bem
entendem sem atentar para o bom senso e, como tem sido comum, também pagam o
preço por suas decisões. O governo Lula da Silva, seguindo a norma da velha
política, se comporta como se o mundo não tivesse mudado até mesmo depois de
uma pandemia. Como, desde meados dos anos 90, sempre o governo tem optado por
aumentar impostos para cobrir suas despesas se comporta como se o tempo não
houvesse passado. Como se a carga tributária não tivesse chegado a níveis mais
altos dos que admissíveis para uma economia como a nossa. Como se Bolsonaro,
com todos os erros que possa ter, não tivesse existido e comprovado que, com
desoneração, as coisas ficam mais baratas, as famílias compram mais e o
PIB-Produto Interno Bruto e a arrecadação aumentam, como ficou evidente em
2022. Então, então, o que temos visto é a reoneração dos impostos, medidas que
visam somente arrecadar mais e cobrir os rombos de despesas maiores. A opção do
governo Lula tem sido clara: mais governo e mais impostos. A reforma
tributária, que se esperaria que fosse para simplificar e diminuir impostos,
até agora, dentro da incerteza que a cerca, tem tido textos que simplificam,
porém aumentam os impostos. O setor de serviços, por exemplo, se mobiliza
freneticamente para impedir que as alíquotas cresçam estratosfericamente. O
próprio relator da reforma afirmou, categoricamente, que seria impossível não
esperar que a reforma não aumentasse os impostos. É com esta impopularidade que
o governo federal está lidando. E, para se livrar de tamanho fardo, vendeu aos
governadores, em cima de uma reforma que não se sabe o que vai ser, que é
preciso aumentar a alíquota do ICMS se 17% para 21,5%! Ou seja, disse que, com
os novos impostos, mesmo que haja uma regra de compensação, é preciso aumentar
também o ICMS. Antes apenas 13 estados haviam embarcado nesta barca furada.
Rondônia não era um deles. Agora, com uma manobra com todos os pecados da
ausência de diálogo, o governo de Rondônia embarcou também por este caminho. Os
deputados estaduais que aprovaram já experimentam o mau gosto da
impopularidade. O governo ainda não. A população ainda não sentiu os efeitos.
Os empresários, mais conhecedores dos efeitos, se revoltaram. A ida de mais de
90 entidades para reclamar na Assembleia Legislativa demonstra que manter a lei
que foi sancionada é assumir a crise. Os
burocratas do governo somente pensam no seu financiamento e nos compromissos
assumidos, mas a economia é uma ciência triste. Vai ensinar a eles que a
esperteza tem um preço eleitoral muito caro. Alguns deputados já estão pagando.
O governador e o candidato do governo estão dispostos a pagar? O estrago vai passar,
é claro, pela cesta básica, mas o efeito será bem maior: cada bebedor de
cerveja do estado vai lembrar muito bem a quem deve estar pagando seu prazer
mais caro.
Quando chega o fim do ano, por mais difícil que a vida esteja, as esperanças são renovadas. Até quando se pretende negar sempre colocamos uma boa ca
Acordo Mercosul-EU e seus efeitos
Nesta última sexta-feira (6) foi anunciado o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia. O governo brasileiro comemorou o fato com
Que tempos não são difíceis? Há tempos que não o são? Sei lá. Sei que é difícil viver em qualquer época e, como não vivemos as outras, a nossa sempr
Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho
Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,