Domingo, 12 de novembro de 2006 - 20h45
É um porta-voz oficial de Lula da Silva, frei Beto, quem admite que a reeleição foi conseguida basicamente por meio das massas mais pobre e desinformadas. Num artigo laudatório ao governo afirma que "os pobres reconduziram Lula à Presidência da República", e cita dados do Ibope, 56% dos que votaram nele recebem até até dois salários mínimos (R$ 700) e apenas 11% dos eleitores ganham mais de cinco salários mínimos por mês (R$ 1.750) e, não por acaso, apenas 6% dos eleitores de Lula têm curso superior. Candidamente o frei explica como "fatores que explicam o prestígio do governo Lula" aumento real do salário mínimo (generosidade somente sensível na época eleitoral), a "curiosa" afirmação de que criou 4 milhões de empregos formais para quem ganha 1 ou 2 salários mínimos (ou seja, o governo Lula teve uma maior taxa de desemprego e o novos empregos foram de baixa qualidade) e a inflação está sob controle (como se isto não fosse parte da suposta "herança maldita" e, por fim, o assistencialismo oficial do Bolsa Família supostamente distribuindo renda mínima para 11,1 milhões de famílias, apesar de reconhecer que "não esteja isento de corrupção, tanto no uso dos recursos quanto a beneficiários imerecidos", mas "o fato é que eliminou os intermediários entre o cofre da República e o bolso da família cadastrada, através do cartão magnético". Ou seja, o clientelismo oficial é direto.
A questão chave, central é margeada, qual seja não se fez absolutamente nada em termos de futuro, em termos da criação e da geração de empregos e renda, enfim do crescimento. O trambique eleitoral de 2006, feito à base da compra de lideranças, da ocultação e limpeza do escândalo do dossiê fajuto, da propaganda regiamente paga, da aliciação engajamento dos institutos de pesquisa na campanha esconderam a principal marca da ineficiência do governo Lula da Silva que prometeu o "espetáculo de crescimento" e entregou o "vôo de galinha". Não houve uma resposta convincente sequer à questão básica que é a de que por que numa época em que o mundo inteiro cresceu a taxas altas o Brasil ficou disputando espaço na rabeira com o Haiti & países em guerra ou quebrados. A resposta dada por Lula é um atentado as denominadas contas nacionais que foram feitas para comparar os índices entre os países. Desmoralizando Keynes o neo-economista Lula da Silva inovou com a afirmação, no mínimo hilariante, que "O Brasil somente se pode comparar consigo mesmo". Independente do que disser, porém fica claro e até frei Beto admite que "Tudo isso é pouco, pois não erradica as causas da miséria nem modifica as estruturas que situam o Brasil entre as dez nações mais desiguais". E se saí, novamente, à francesa justificando que "esse pouco é muito para quem nunca teve nada" para, logo em seguida, numa inverdade pouco digna de um padre dizer que "Os governos anteriores não tinham políticas sociais". Este pouco é muito, mas muito pouco mesmo. E não modifica absolutamente nada das mazelas sociais do país. Muito pelo contrário o que frei Betto vê como melhoria o pastor Malthus, dois séculos atrás, já condenava como política econômica mostrando que criar "parasistismo oficial" não melhora socialmente país nenhum. É uma entrada, um passaporte para o atraso. Cidadãos não se criam dando esmolas, mas trabalho e capacidade de auto-determinar seu próprio destino.
Fonte: Sílvio Persivo
silvio.persivo@gmail.com
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