Segunda-feira, 8 de junho de 2020 - 11h10
Que não há nada de novo no
mundo bem o sabiam os sábios antigos. Assim, embora surpreendente para quase
todos, a nossa velha companheira de todos os dias, a morte, abriu a porta da
casa e se sentou no sofá através de um vírus que, nem sequer, é novidade, pois,
através dos tempos, já teve mais de 150 mutações. E a morte, que está longe de
ser a representação dela, que vemos, figurativamente, em geral negra ou um
esqueleto carregando uma gadanha (foice), que sempre esteve ao nosso lado, mas,
parecia distante, agora participa do nosso cotidiano de forma tão intensa que
se banaliza. Apesar de, relativamente, não alcançar dimensões já alcançadas no
passado, o medo que causa está bem no presente, nos discursos dos mais ricos,
dos que podem se dar ao luxo de não fazer nada, no receio que estimula o
fenômeno “fique em casa”, como se ficar em casa livra-se alguém do vírus ou da
morte. É humano e compreensível: os homens pretendem ter poder sobre seus
destinos. Bela ilusão que, modernamente, é estimulada pela ciência, outra
ilusão que participa do atual balé das tolices. Sinto frustrar os iluminados
que consideram a quarentena uma solução. Não há controle humano sobre o vírus.
É o vírus que está no controle e, pasmem, se sabe muito menos sobre ele do que
dizem os “cientistas”, nossos feiticeiros modernos. Pior ainda é que são os interesses
e o marketing que nos dizem o que é “científico”. Mas, as discussões tolas
estão nos noticiários, nas mídias sociais, nos posts e memes, nas agressões
grotescas ou sutis. É hora de pensar que tudo isto é pura bobagem. Como pura
bobagem é reclamar dos dirigentes, pedir união ou culpar o capitalismo. É
ridículo pensar que, com a crise do
vírus, o mundo irá mudar rapidamente ou
nos levar a uma inusitada solidariedade. Só a falta de experiência ou de
reflexão conduz a esses pensamentos. Esta crise é diferente de outras crises do
passado sim, mas, nenhuma crise é igual. A questão é que a crise e a morte
sempre estiveram ao nosso lado assim como o poder e a desigualdade. O mundo não
é justo, nunca foi e somente será quando houver, se houver, uma igualdade das
pessoas sobre o ponto de vista econômico e de educação. No nosso horizonte
temporal estamos muito longe disto. Assim é melhor brandir a esperança: logo
ali na frente haverá um “novo normal”, que nunca foi normal. Aproveite o tempo
que tem. Você que pode ficar em casa, que, talvez, tenha amanhã, pare para
repensar seus valores. Definir o que, realmente, deseja da vida. Se nós
tivermos esta sorte, e a probabilidade está a nosso favor, no Brasil morreram
menos pessoa este ano que no ano passado, procure ser mais tolerante, estudar
mais, refletir mais. Um bom começo é pensar que, se você tem razão, o tempo
dirá, porém, aproveite para fazer uma verificação se suas ideias correspondem
aos seus comportamentos. De vez em quando é indispensável tirar os óculos ou a
venda dos olhos. E ver os próprios erros é mais difícil do que os alheios. Posso
estar errado, mas, creio na possibilidade do renascimento. Das artes,
inclusive, depois desta crise até a próxima.
Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho
Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,
Uma noite mágica do coral do IFRO
Fui assistir, neste dia 06 de novembro, o espetáculo “Entre Vozes e Versos”, que está sendo apresentado no Teatro Guaporé, os dias 5, 6 e 13, às 20h
Neste agosto, por uma série de razões, inclusive uma palestra que tive de ministrar sobre a questão da estabilidade e do desenvolvimento no Brasil,
A grande atração de agosto é o 8º aniversário do Buraco do Candiru
Agosto, mês do desgosto? Que nada! Consta que, em todas as épocas e meses, enquanto uns choram outros vendem lenços. Bem vindo agosto! Só depende de