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Silvio Persivo

O TERROR DO DESEMPREGO À VISTA


Dizem que tem até  50 000 petistas  preocupadíssimos em perder a boquinha........

De acordo com as pesquisas Lulla da Silva teria mais de 10 pontos de vantagem de Alckmin. Há!Há!Há! Dizem as lideranças petistas, e alguns jornalistas isentos e outros não tão isentos, que o programa eleitoral de Lulla está melhor do que o de Geraldo Alckmin. Lulla teria incorporado, novamente, o papel de “Lulinha paz e amor” e sua voz voltado a ser terna, aveludada, quase de um pai falando aos filhos; que seu programa é simples, objetivo, direto uma marmelada sem gosto servida não para dizer nada e induzir ao triunfalismo. Nada que lembre qualquer assunto polêmico, só uma insistência “normal” de exibir como feitos as coisas que não faz e repetir mentiras desnecessárias com uns “erros”, naturalmente, que se explicam pelo desespero que se aproxima dos petistas com a perda do poder.

Afinal são milhares de cabos eleitorais, pendurados em diversos órgãos que fizeram da boca-livre do governo Lulla seu meio de vida, de enriquecimento, de vida mansa que jamais teriam de outra forma. Esta gente está desesperada com o desemprego à vista. Aliás, com razão, já viram como será duradouro pelo exemplo do Rio Grande do Sul e de São Paulo, só para citar governos onde a frustração com as administrações petistas deixaram seus pares procurando um rumo. Isto é que leva à insensatez, ao terrorismo de dizer que Alckmin vai acabar com a bolsa-família. Isto e o costume, o modo particular petista de gostar de criar boatos e repetir mentiras indefinidamente para se convencer que é verdade.

Outra mentira absurda, porém mais lógica é a de que Alckmin vai privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e outras estatais. É claro que não há o mínimo de verdade não só porque não consta nem nunca constou nem na visão de Alckmin, nem do PSDB, qualquer intenção neste sentido, bem como se sabe os óbices técnicos e políticos e o desgaste de qualquer ação para tal. Qual a razão da mentira? Primeiro que tem uma pá de petistas pendurados nestes galhos que precisam ser mobilizados. Muitos deles são, como toda direita, moralista e não se refizeram dos dólares nas cuecas, do Mensalão, das orgias de Palocci e outras tratantadas conhecidas e badaladas. Muitos deles não se movem, então, o segundo motivo se agiganta, a suposta privatização é para lembrar que estão ameaçando seus poleiros, que é preciso lutar pelo partido, apesar da desilusão, porque é dele que vem sua sobrevivência. Não se trata mais da ideologia. Trata-se do pão e é isto que a mentira lembra. E, na esteira, tentam também iludir os outros funcionários o que é difícil, quase impossível. Há, entre os bancários e outros servidores públicos, um grande repúdio ao governo Lulla. Eles sabem que tiveram que conviver com o despreparo, com as barbeiragens, os desmandos, a arrogância e as perseguições. Não faz efeito mais. Quase quatro anos de convivência com a máfia petista deram a eles a visão do modo de (des) governar petista. È uma tentativa desesperada dos estrategistas para criar medo, criar o que não existe um “Risco Alckmin”. E por que fazem isto? Eles sabem que tem que tentar comparar o governo Lulla, e sua avassaladora e mentirosa venda de “feitos”, com o governo FHC, embora este não seja candidato. A razão principal é que não tem a mínima possibilidade de se comparar ao governo Alckmin em São Paulo, que foi muito elogiado pelos paulistas, tido como sumamente competente, inclusive em eleições, vide José Serra e os votos para o segundo turno. Os orientadores da campanha ficam apavorados porque sabem que precisam impedir o crescimento lento e consistente de Alckmin que a esta hora já passou Lulla da Silva. É o desespero que o fazem insistir neste caminho e fazer com que Lulla tenha o descaramento até de se auto-atribuir o fim da inflação elevada. Que mentira desavergonhada! É o medo, o desespero, o desemprego à vista que move a campanha de Lulla da Silva. Vai perder, de qualquer forma, porém, anotem, antes ainda vão fazer uma trapalhada qualquer. O clima, a afobação, o despreparo junto com o medo o farão errar feio. È só esperar. Só os grandes craques chamam o jogo para si na hora da decisão. Lulla já provou que empurra os outros para responsabilizar. Ótimo para o país. Vamos ter de volta o futuro. Apesar de Chico Buarque de Hollanda ter perdido o rumo da história amanhã há de ser outro dia.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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