Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024 - 08h05
Quando chega o fim do ano, por
mais difícil que a vida esteja, as esperanças são renovadas. Até quando se
pretende negar sempre colocamos uma boa carga de expectativas positivas em
relação a um ano que se inicia. No mínimo idealizamos uma mudança que pode
incluir novos projetos, planos nunca realizados, sonhos que serão somente
sonhos. Por isto sempre celebramos o fim do ano por meio de festas que,
esperamos e torcemos, seja um marco para um novo (e feliz) tempo. A verdade é
que sempre deixamos para trás o ano que termina com a esperança de que
ingressamos numa nova etapa da vida inevitavelmente- desejamos ou acreditamos
mais brilhante e de maior prosperidade. Bem isto não nos deixa, porém isento da
oportunidade de verificar que, no começo do ano, os “especialistas” apostavam
num futuro previsível e projetavam, por exemplo, o dólar a R$4,90, a Selic a
11,75%, o Ibovespa a 132 mil pontos, e o S&P 500, em reais, alcançando
4.700 pontos. Que otimismo, hein! A realidade de dezembro, porém é outra: o dólar
disparou para mais de R$6,00, a Selic flutuou para baixo, mas apenas levemente
(11,25%), o Ibovespa fechou em 125 mil pontos, abaixo das expectativas e a
inflação subiu. E, se formos nos basear na realidade brasileira as nuvens no
horizonte não nos deixariam sonhar com um ano novo muito melhor. Aqui, porém vamos
nos valer de um pensador brasileiro excêntrico já falecido, o nosso
inesquecível Paulo Francis que escreveu, com muita propriedade, que “A vida é
muito mais variada, anárquica e imprevisível do que sonham os ideólogos”. Porém,
nossa ideia não é a de descartar nem a realidade nem as previsões, sejam
otimistas ou não. Afinal elas podem nos fornecer, sim, pistas sobre o futuro,
sobre os cenários possíveis e nos prevenir sobre os problemas que sempre
existirão. Nós, no mundo moderno, temos é que nos acostumar a conviver com as
incertezas e buscar formas de ter um portfólio diversificado de projetos e
investimentos que reduzam nossas dependências do imprevisível. Difícil é, mas
não impossível. A grande verdade é a de que vivemos tempos de mudanças tão
rápidas que nem dá tempo de sentir que o futuro chegou e, muitas vezes,
continuamos a olhar para o presente com os olhos do passado, de modo que nos
sentimos completamente despreparados para o que acontece. Então o que me move é
convidá-los para a aventura de olhar 2025 com um olhar diferente. Pensar no que
é possível mudar nas nossas práticas diárias para nos sentirmos mais leves, ter
uma forma menos difícil de viver. Olhar as coisas sobre uma nova perspectiva,
com certeza, fará uma enorme diferença. Talvez se aventurar tendo em vista às
tendências tecnológicas como mudar nossos processos, como inovar o que fazemos.
Até mesmo procurar realizar uma integração sobre as novas tecnologias e o nosso
cotidiano. Sei que não se trata de uma tarefa simples, mas pode ser altamente recompensadora.
As mudanças começam por perguntas novas, por buscar parcerias, novas
possibilidades, em olhar o que fazemos de outra forma. Não há mudanças rápidas.
Elas começam com pequenos gestos, por mudar o que se faz no dia a dia. Olhar as
coisas com um novo olhar é o caminho para um 2025 melhor.
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