Quarta-feira, 18 de novembro de 2009 - 12h46
Quem entende de economia, e se preocupa com o país, sabe que, para existir de fato um crescimento sustentável, é preciso que o país cresça durante, pelo menos, uns quinze anos acima de 5% ao ano. O cálculo tem uma razão de ser e se baseia no crescimento populacional, na renda nacional e na necessidade de manutenção de um patamar de investimentos mínimos. È claro, que o governo atual, afirma, ufanisticamente, que o país está no rumo certo, que, agora, as coisas se ajeitaram e que o Brasil vai decolar. É o papel dele e todo governo faz isto, embora o de Lula da Silva tenha uma grande eficiência na propaganda. Aliás, nunca antes neste país um marketing governamental de tão repetido teve tanto efeito.
A questão, porém, quando examinada do ponto de vista econômico, repousa em que o grande mérito do governo Lula tem sido o da expansão do crédito. Se, para ter investimentos é preciso consumo, como nos ensinou na prática Keynes, o consumo hoje, no Brasil, está muito apoiado no crédito, daí não se poder ter previsões otimistas sobre o nosso futuro na medida em que seus pés são de barro. Como se sabe o consumo feito em cima do crédito tem limites evidentes, entre os quais se inclui o da capacidade de produção. Sem a certeza de um consumo permanente não se produz e o normal é que se importa, mas, não é viável ser um país que importa tudo e se limita a exportar “commodities”, como parece ser a trajetória brasileira.
A realidade nua e crua é que o consumo das classes C, D e E avançou muito, todavia, não se baseia numa melhor distribuição de renda nem mesmo no decantado Bolsa Família, mas sim na tomada de crédito e numa "demanda reprimida" que é muito mais reflexo da carência de bens que vem sendo atendida com o comprometimento do futuro. O Bolsa Família, assim como as aposentadorias, tem sido a base de um endividamento que saca sobre o futuro e mantém artificialmente uma demanda que é feita mais por necessidade que por um consumo consciente. O grave disto é que, como indicam as estatísticas, não há uma formação líquida de capital, ou seja, naturalmente não se atrai capital produtivo, para crescer o produto interno, nem o governo tem uma política para atrair investimentos produtivos, que geram emprego e renda de forma sustentável. E, sustentado numa política monetária ortodoxa, sempre que o produto cresce se aumenta a taxa de juros porque a economia se aquece, o que gera um "círculo vicioso", de vez que sobem os custos para o empresário captar dinheiro, o que inibe o investimento produtivo. Esta é a razão primordial pela qual, seja com FHC ou Lula, permanecemos presos ao “voo de galinha” alternando taxas altas e baixas do produto. Soma-se a isto a falta de infraestrutura no país para permitir mais investimentos. Assim, apesar da aparente segurança com que enfrentamos a crise mundial, para ser um país de futuro, ainda precisaremos de muitas reformas e de investimentos na educação, na economia e na infraestrutura, para que o crescimento sustentável não fique apenas na propaganda oficial.
Fonte: Sílvio Persivo - silvio.persivo@gmail.com
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