Segunda-feira, 30 de maio de 2022 - 19h09
O professor Theophilo Alves de
Souza Filho, vinculado ao Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas (NUCSA) e ao
Departamento Acadêmico de Administração (DAA-PVH), recebeu sua aposentadoria
após 40 anos ligado à Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Theophilo
participou da UNIR antes mesmo da fundação da Universidade como hoje é
conhecida. Em 1979, foi convidado para fazer um curso de Metodologia Científica
para participar do ensino superior promovido pela Fundação Centro de Ensino
Superior de Rondônia (Fundacentro). Em 1982, iniciou sua trajetória como professor
colaborador, recebendo por hora-aula e coordenando o curso de Administração.
Ainda nessa época, deixou de trabalhar no Governo do Estado de Rondônia para
dedicar-se inteiramente à UNIR. Em seu currículo, constam atividades como
professor de graduação e pós-graduação, pesquisador no Centro de Estudos
Interdisciplinar em Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (CEDSA),
vice-diretor e diretor do NUCSA. Mas, para além das formalidades, Theophilo
deixa seu legado de uma participação ativa na história da UNIR.
Em entrevista, o professor
contou emocionado sobre sua colaboração para um ensino superior público,
gratuito e de qualidade, juntamente com seus colegas de profissão, os quais fez
questão de mencionar. Falando sobre o que considera serem seus grandes feitos, ressaltou três acontecimentos
marcantes: a procura por um terreno para a instalação do campus de Porto Velho,
a consolidação do curso de Biblioteconomia e a contribuição para a construção
do prédio do NUCSA, o famoso prédio espelhado. “Tem uma realização que eu
gostaria de ser lembrado pela Universidade, que é esse próprio campus”, diz
Theophilo sobre a luta e a negociação pessoal para conseguir o terreno e
iniciar de fato a construção da UNIR.
A professora Gleimiria Batista
da Costa, colega de profissão, diz sempre ter tido uma relação respeitosa e
harmoniosa e reconhece a atuação de Theophilo como marco histórico para o
NUCSA. “[Ele] lutou para a construção do prédio em que estamos hoje e lutou
para a aprovação do curso de Biblioteconomia. Na época em que assumiu o NUCSA,
tudo era mais difícil. Não tínhamos muitos técnicos e sempre o Núcleo funcionou
a todo vapor. Oportunizou aos estudantes estágios e foi sempre um gestor
presente e corria atrás do impossível para o melhor bem-estar de todos,
principalmente dos alunos”, disse exaltando as qualidades do professor.
Professor Osmar Siena, colega
de Departamento, recordou de terem se conhecido em 1983, logo quando ingressou
na UNIR, e destacou Theophilo como pioneiro tanto da Universidade quanto do
curso de Administração. Na década de 1980, mesmo atuando em áreas diferentes,
Osmar disse que pôde testemunhar o empenho do Professor para a estruturação
física da UNIR, emprestando seu conhecimento e seu prestígio pessoal: “A partir
de 1993, passamos a trabalhar no mesmo departamento e, em 2006, no Mestrado em
Administração. Nesse período, ele foi incansável para conquista do espaço
próprio do NUCSA. Nesses quase 30 anos, apesar das diferenças de posição e
estilo, estivemos juntos em várias caminhadas, acadêmicas e políticas. Em todas
as circunstâncias – na docência e na administração – Prof. Theophilo sempre se
comportou com tranquilidade e com respeito humano; sempre acolhedor e afável.
Obrigado, Theophilo. Fará muita falta”, finalizou.
Recém-aposentado, sim; parado,
não: em entrevista à Equipe de Comunicação do NUCSA, o professor afirmou que
continuará como docente colaborador no Programa de Pós-Graduação em
Administração (PPGA). Mas também haverá tempo para descanso, já que agora ele
pretende se dedicar ainda mais à sua fazenda e à família. Com a bagagem de
alguém que chegou longe e com o entusiasmo de quem parece ter começado hoje, o
professor deixou sua marca na UNIR. Ao falar da Universidade, Theophilo
relembra o passado, mas remete bastante ao futuro, e espera ver o NUCSA ainda
maior. Num exercício de “futurologia”, acredita que daqui um tempo o Núcleo
contará com diversos cursos de pós-graduação e vislumbra várias novas
construções no Campus José Ribeiro Filho. Na ocasião, o professor aproveitou
para conceder entrevista para um projeto de memória institucional do NUCSA, que
está em desenvolvimento pela Equipe de Comunicação e será publicado no próximo
semestre.
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