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Silvio Persivo

Um dos grandes nomes da UNIR se aposenta


Professor Theophilo Alves de Souza Filho - Gente de Opinião
Professor Theophilo Alves de Souza Filho

O professor Theophilo Alves de Souza Filho, vinculado ao Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas (NUCSA) e ao Departamento Acadêmico de Administração (DAA-PVH), recebeu sua aposentadoria após 40 anos ligado à Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Theophilo participou da UNIR antes mesmo da fundação da Universidade como hoje é conhecida. Em 1979, foi convidado para fazer um curso de Metodologia Científica para participar do ensino superior promovido pela Fundação Centro de Ensino Superior de Rondônia (Fundacentro). Em 1982, iniciou sua trajetória como professor colaborador, recebendo por hora-aula e coordenando o curso de Administração. Ainda nessa época, deixou de trabalhar no Governo do Estado de Rondônia para dedicar-se inteiramente à UNIR. Em seu currículo, constam atividades como professor de graduação e pós-graduação, pesquisador no Centro de Estudos Interdisciplinar em Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (CEDSA), vice-diretor e diretor do NUCSA. Mas, para além das formalidades, Theophilo deixa seu legado de uma participação ativa na história da UNIR.

 

Em entrevista, o professor contou emocionado sobre sua colaboração para um ensino superior público, gratuito e de qualidade, juntamente com seus colegas de profissão, os quais fez questão de mencionar. Falando sobre o que considera serem seus grandes  feitos, ressaltou três acontecimentos marcantes: a procura por um terreno para a instalação do campus de Porto Velho, a consolidação do curso de Biblioteconomia e a contribuição para a construção do prédio do NUCSA, o famoso prédio espelhado. “Tem uma realização que eu gostaria de ser lembrado pela Universidade, que é esse próprio campus”, diz Theophilo sobre a luta e a negociação pessoal para conseguir o terreno e iniciar de fato a construção da UNIR.

 

A professora Gleimiria Batista da Costa, colega de profissão, diz sempre ter tido uma relação respeitosa e harmoniosa e reconhece a atuação de Theophilo como marco histórico para o NUCSA. “[Ele] lutou para a construção do prédio em que estamos hoje e lutou para a aprovação do curso de Biblioteconomia. Na época em que assumiu o NUCSA, tudo era mais difícil. Não tínhamos muitos técnicos e sempre o Núcleo funcionou a todo vapor. Oportunizou aos estudantes estágios e foi sempre um gestor presente e corria atrás do impossível para o melhor bem-estar de todos, principalmente dos alunos”, disse exaltando as qualidades do professor.

 

Professor Osmar Siena, colega de Departamento, recordou de terem se conhecido em 1983, logo quando ingressou na UNIR, e destacou Theophilo como pioneiro tanto da Universidade quanto do curso de Administração. Na década de 1980, mesmo atuando em áreas diferentes, Osmar disse que pôde testemunhar o empenho do Professor para a estruturação física da UNIR, emprestando seu conhecimento e seu prestígio pessoal: “A partir de 1993, passamos a trabalhar no mesmo departamento e, em 2006, no Mestrado em Administração. Nesse período, ele foi incansável para conquista do espaço próprio do NUCSA. Nesses quase 30 anos, apesar das diferenças de posição e estilo, estivemos juntos em várias caminhadas, acadêmicas e políticas. Em todas as circunstâncias – na docência e na administração – Prof. Theophilo sempre se comportou com tranquilidade e com respeito humano; sempre acolhedor e afável. Obrigado, Theophilo. Fará muita falta”, finalizou.

 

Recém-aposentado, sim; parado, não: em entrevista à Equipe de Comunicação do NUCSA, o professor afirmou que continuará como docente colaborador no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA). Mas também haverá tempo para descanso, já que agora ele pretende se dedicar ainda mais à sua fazenda e à família. Com a bagagem de alguém que chegou longe e com o entusiasmo de quem parece ter começado hoje, o professor deixou sua marca na UNIR. Ao falar da Universidade, Theophilo relembra o passado, mas remete bastante ao futuro, e espera ver o NUCSA ainda maior. Num exercício de “futurologia”, acredita que daqui um tempo o Núcleo contará com diversos cursos de pós-graduação e vislumbra várias novas construções no Campus José Ribeiro Filho. Na ocasião, o professor aproveitou para conceder entrevista para um projeto de memória institucional do NUCSA, que está em desenvolvimento pela Equipe de Comunicação e será publicado no próximo semestre.

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