Quinta-feira, 15 de abril de 2010 - 11h31
Silvio Persivo (*)
O Alto Madeira faz 93 anos. Não são muitos que podem se gabar de uma façanha deste tamanho. Basta verificar que, em termos cronológicos, o Correio Braziliense, o Jornal do Commercio de Recife, e o Jornal do Comércio do Rio de Janeiro são os mais antigos do país, mas, apenas para efeito cronológico, pois, muitas vezes, tiveram sua circulação interrompida. O jornal considerado mais antigo mesmo, em circulação permanente, é O Estado de São Paulo, que já completou 135 anos, mas, convenhamos, São Paulo é São Paulo. Completar 93 anos aqui é outra coisa. È mais que um atestado de competência. É mesmo uma glória. Ainda mais num país que começou a ter publicações periódicas com um século de atraso em relação aos demais países do novo continente numa região que se caracteriza mesmo é por ser e se manter selvagem inclusive comercialmente falando. Jornais e revistas na Amazônia são como plantas na natureza: nascem e morrem rapidamente. Muito mais no passado. Hoje isto acontece mais com os sites de noticias.
O certo é que, hoje, o Alto Madeira somente é superado em longevidade pelo Jornal do Commércio, de Manaus, o mais antigo em atividade na região, que foi fundado em janeiro de 2004. É um orgulho e uma tradição que foi mantida muito mais pela paixão pelo jornalismo, pela consciência de muitas pessoas de que se trata de um patrimônio cultural do Estado e pelo desejo de ter um jornal que seja o que um jornal deve ser: combativo e independente. Claro que não imparcial. Claro que não sem interesses. O mundo não é perfeito e o Alto Madeira é um retrato do mundo, do nosso mundinho, por isto mesmo, nem melhor nem pior do que ele é. Apenas tão somente um jornal do tamanho de nosso Estado e, por tal razão, como temos vocação para a grandeza, um grande jornal.
E é um grande jornal por razões muito claras. Sua longevidade se deve, em primeiro lugar, a que sempre foi o abrigo da notícia pela notícia. Quando ela existe e é verdadeira não se sonega. É publicada por mais que seja dolorida a publicação. È importante, é significativa vai ser publicada. È claro que este não é um processo imparcial. Todos os que fizeram o Alto Madeira sempre tiveram lado, opinião, alguns até certezas que se provaram infundadas, mas, jamais, e esta é uma norma que faz dele um grande jornal se negou voz ao outro lado. A crítica é feita, a notícia é dada, mas, também a quem se sente atingido é dado o direito de desmentir, de expor sua versão, de, quando for o caso, provar que se errou. E, quando o jornal erra, como já aconteceu diversas vezes, teve sempre o cuidado de se retratar, daí, sua credibilidade através dos tempos.
Porém, a grande realidade é que o Alto Madeira não seria o Alto Madeira sem ser, como sempre foi, um jornal aberto para os homens e as ideias. Pela sua redação passaram grandes jornalistas como Petrônio Gonçalves, Ary de Macedo, Vinicius Danin, Ivan Marrocos, Roberto Vieira, Sérgio Valente, Simeão Tavernard, Pedro Gondim, Kleon Maryan, Pedro Gondim, Edmar Coelho, o capitão Esrom Menezes, o Bahia e Paulo Correia para citar os já falecidos. Mas, ainda permanecem nomes como os de Ciro Pinheiro, Marlene Rolim, o próprio decano de nossa imprensa Euro Tourinho, Viriato Moura, Valdemir Caldas, Sued Pinheiro, Aluízio Pimenta, Reis de Souza e tantos outros que seria fastidioso enumerar. Quem quer encontra espaço no Alto Madeira e escreve o que quer sem censura e com liberdade. È por tal razão que me orgulho de também ter feito parte, um pouco, de sua história e comemoro feliz seus 93 anos certo de que, sem muito esforço, irá chegar, para nosso orgulho, aos cem anos cada vez melhor.
(*) È professor da Unir, escritor e colunista da “Teia Digital”, coluna diária do Alto Madeira (http://teiasilvio.blogspot.com/).
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