Quarta-feira, 25 de julho de 2007 - 12h03
Quando, depois de um final de ano conturbado pelo "apagão aéreo", se pensava que as coisas iriam, enfim, voltar à normalidade do passado, verificamos que isto, de fato, vai custar a acontecer. E o fizemos da pior forma. Por meio de uma tragédia que vitimou mais de 200 pessoas causadas pela explosão do AirBus da TAM no qual ficou explícito, no mínimo, uma grande falta de previsão, de dirigentes sérios. Se dúvidas houvesse o gesto obsceno do assessor internacional do Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, delatou, de forma inequívoca, o nível de gente a que estamos subjugados. Em qualquer ocasião seria um gesto reprovável, mas, neste contexto, um prato cheio para a mídia e para sermos, em prosa e versos, vendidos como atrasados e ignorantes no mundo inteiro. Para completar não faltou nem mesmo uma pane em radares dos Cindacta-4 da Amazônia com retorno de aeronaves internacionais e novos riscos de colisão de aeronaves na região amazônica. Hoje, sabemos que não houve o devido cuidado na escolha dos dirigentes do setor aéreo e, na verdade, não só dele. É fruto lamentável do que sabíamos de antemão: Lula não estava, e não está, preparado para governar o País. Porém, como ainda é o presidente, pode, pelo menos, ouvir mais.
Neste sentido, no meio de todo este caos, uma boa idéia foi levantada pelo secretário de Transportes do Estado do Rio, Júlio Lopes, que fez umas contas por alto e defende que o custo da construção de um novo aeroporto é mais do que a metade do que seria gasto na implantação do trem bala Rio-São Paulo. Disse Lopes que "Um novo aeroporto não sairá por menos do que algo entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões. Não é só construir a pista e o terminal. Será preciso fazer o acesso rodoviário e ferroviário para ligar o aeroporto a São Paulo, já que ele não deve ser construído a menos de 100 quilômetros do centro da capital paulista e de outros centros. Isso custaria mais R$ 1 bilhão ou R$ 2 bilhões". O custo estimado da ligação ferroviária Rio-São Paulo é de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões), mas a grande vantagem do trem é a de desafogar o trafego aéreo, começar a mudar a opção brasileira de transportes e, por fim, poder contar com investidores internacionais, inclusive com o apoio da China que tem uma indiscutível competência no setor ferroviário. E, com a vantagem adicional de que os trens podem ser tão ou mais confortáveis que os aviões e não precisam parar com chuva ou neblina. É ótimo que o governo do Rio tente influenciar o governo federal a trocar o projeto de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo pela adoção do trem de alta velocidade, principalmente para o usuário que pode o embarque e desembarque no centro das duas capitais e tarifas menores e, para o país, que pode começar a dar uma guinada para o transporte ferroviário.
Fonte: silvio.persivo@gmail.com
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