No primeiro aniversário do Diário da Amazônia, 13 de setembro de 1994, os visitantes convidados para a festa de aniversário, ainda puderam visualizar no meio da redação, uma mesa com uma máquina de datilografia, (o Ildefonso chamava e ainda chama, de “máquina de escrever”) era a única em todo o prédio do jornal. Muitos dos visitantes estranhavam e perguntavam ao seu
Emir Sfair ou ao editor Waldir Costa, o que aquela máquina representava no meio de tantos computadores. Os chefes disfarçavam chamando a atenção dos curiosos para outros pontos positivos que o jornal oferecia.
E o que realmente fazia aquela máquina de datilografia na redação do Diário da Amazônia, já que o jornal nasceu totalmente informatizado? Será que era uma referência às redações dos demais periódicos existentes em Rondônia até aquela data, que ainda funcionavam “analogicamente”, ou seja, o repórter jornalista, tinha que datilografar suas matérias em laudas, que eram repassadas aos linotipistas para que as transformassem em placas de chumbos que formariam as páginas para impressão.
Nada disso, a intenção não era desfazer de ninguém, muito menos das redações dos demais jornais existentes em Rondônia, especialmente em Porto Velho. Acontece, que o Diário da Amazônia foi um dos primeiros jornais brasileiros a adotar computadores na redação e em conseqüência da novidade, poucos jornalistas em Porto Velho, sabiam manipular um microcomputador, daí a existência da máquina de datilografia na redação.
O mais interessante era que a velha Olivetti da redação do Diário, era disputadíssima, por jornalistas como
Carlos Sperança; Ana Aranda. Idelfonso Valentim e Silvio Santos – Zekatraca, pois, como sabemos o jornal tem uma hora para ser fechado e como só existia uma máquina de “escrever” na redação era aquele atropelo, principalmente para a Ana Aranda que era a editora do Caderno Capital.
Em vista disso, a empresa se viu na obrigação de manter um profissional digitador, para digitar o que os leigos em computação, datilografavam.
Certo que no primeiro aniversário todos nós já estávamos digitando nos computadores as nossas matérias, a máquina admirada pelos convidados para a festa de primeiro aniversário do Diário da Amazônia, apenas ouviram alguns fatos pitorescos a respeito daquela “velha” máquina a de escrever. Aliás, a máquina até hoje presta serviço na tesouraria do jornal.
Epílogo – Nem sempre o que fica na lembrança, quer dizer saudade!
Fonte: Sílvio Santos