A Banda do Vai Quem Quer vai desfilar Sábado de Aleluia

De volta de um carnaval que não teve! Não teve por conta de uma medida mal tomada pelo poder municipal.

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Basta lembrar que o advogado que representou as entidades carnavalescas na ação movida pelo MP Ernani Segismundo (foto acima), que acaba de tomar do Burrochagas o título de folião n° 1 de Porto Velho, recebeu várias mensagens de apoio inclusive, de magistrados e até de alguns Procuradores do MP.

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Algumas autoridades municipais estavam em todos os eventos carnavalescos que aconteceram, no Mercado Cultural sexta e sábado e na tenda do Asfaltão segunda feira 3 e no Kagalho/Pirarucu também. Teve inclusive, autoridade ligando pra perguntar onde estava acontecendo encontro de carnavalescos.  O bloco “Concentra Mas, Não Saí” que se reúne no bar do Pernambuco “Concentrou” mais de 300 foliões na tarde de segunda feira e muitos eram “autoridades”.

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É como diz a Luciana no artigo que está publicado nesta página:

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“Uma hipocrisia sem precedentes, uma vez que foi o governo quem fez um carnaval com cestas básicas superfaturadas para atender os desabrigados. Pra esse carnaval o Ministério Público fez acordo”.

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Por falar nisso, se tudo acontecer conforme previsão dos “meteorologistas”, a Banda do Vai Quem Quer vai desfilar Sábado de Aleluia que vai cair no dia 19 de abril.

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O Galo da Meia Noite em breve vai divulgar a data do seu desfile de acordo com postagem do vice presidente Thiago Caúla:

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“Informamos com toda certeza que nosso desfile comemorando os "100 anos de porto velho" acontecerá em breve e que fiquem tranquilos, pois nosso bloco, o bloco de vocês, irá realizar seu melhor desfile de carnaval!”.

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Neste momento não adianta chorar o leite derramado, é trabalhar para realizar os desfiles tão logo a prefeitura divulgue a nova data.

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O povo de Porto Velho, to me referindo ao publico que gosta de carnaval, provou que é super solidário. Ao contrário do que muitos pensavam, poucos foram os que se deslocaram até a praça das Três Caixas D’água na tarde de sábado dia 1° de março, dia que seria o desfile da Banda do Vai Quem Quer.

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Isso graças ao trabalho de divulgação realizado pela direção da Vai Quem Quer solicitando que ninguém fosse para a praça no sábado de carnaval. Funcionou direitinho.

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Na realidade, se formos colocar na ponta do lápis, os blocos que realmente pesam no quesito quantidade de folião, podemos dizer que apenas a BVQQ, Galo, Us Dy Phora e Jatuarana Sul dos que não desfilaram, são os únicos que realmente colocam dentro da corda de isolamento, mais de três mil foliões.

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Tem um detalhe que pouca gente está prestando atenção. É quanto aos desfiles das escolas de samba.

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Mesmo se a prefeitura não decretasse a suspensão dos desfiles nos dias tradicionais, as escolas de samba já estavam preparadas para solicitar a Funcultural o adiamento dos seus desfiles.

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Os carnavalescos das escolas de samba iriam alegar que o subsídio da prefeitura saiu muito tarde e por isso, não teriam tempo para prepararem as fantasias.,

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É aí que o bicho pega, sabem por quê?

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Porque as escolas de samba estavam esperando o subsídio do governo no valor de R$ 350. Esse repasse pelo menos até agora, foi impedido pelo MP.

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Sem dinheiro para contratar Artesão. Não tem como colocar alegoria e assim sendo, não tem desfile de escola de samba! Será?

Viver, resistir e testemunhar é cultura popular

Por Luciana Oliveira (*)

A previsão apocalíptica do Prefeito Mauro Nazif e dos seis promotores que ajuizaram a Ação Civil Pública que impediu os desfiles de blocos carnavalescos por conta da enchente no período momesco, felizmente não se confirmou. Nem haveria de se confirmar, afinal, nenhum órgão com autoridade para emitir previsão meteorológica que autorizasse toque de recolher por ameaça de dilúvio se manifestou. O terrorismo foi plantado em notas oficiais insinuando aos que pulassem carnaval que não estariam solidários aos desabrigados. Uma hipocrisia sem precedentes, uma vez que foi o governo quem fez um carnaval com cestas básicas superfaturadas para atender os desabrigados. Pra esse carnaval o Ministério Público fez acordo.

Agora, o que as aves de mau agouro não previram é que haveria resistência na mais autêntica forma de expressão popular.

Sem poder ocupar o mais sagrado palco da cultura popular, a rua, não restou outra alternativa senão a de resgatar a tradição dos antigos carnavais. Muitos blocos de sujo que já haviam se adequado ao formato mais moderno de folia com trios e venda de abadás, resgataram a verdadeira essência do carnaval. Nas calçadas, com uma banda pequena e em coro comunitário com marchinhas tradicionais, promoveram o carnaval democrático, familiar e seguro. Foi assim no Calixto & Companhia, no Pernambuco e no encontro do Kagalho com o Pirarucu do Madeira. Quem não apostava mais em baile tradicional se surpreendeu com o público na II Batalha de Confetes, o Carnaval na Tenda do Tigre e o Carnaval Máscaras e Amores. A Banda do Vai Quem Quer desfilou sim! As marchinhas animaram todos os cantos em que ousaram fazer folia. Está mais viva do que nunca!

Na terça gorda os blocos Kagalho e Pirarucu, em um ato de desobediência civil, desfilaram no quarteirão do circuito Caiari arrastando famílias com um irônico barbante como corda de isolamento. Um desfile histórico que fez os moradores abrirem as janelas de casa pra espiar e os carros buzinarem como um aplauso.

Espero que desse episódio lamentável, duro golpe contra a cultura popular, fique a mensagem de que os momentos de alegria fortalecem e estimulam na hora da crise. Não devem ser evitados com o discurso do terror, com maus presságios, por motivações religiosas reacionárias e interesses políticos.

O carnaval é patrimônio do nosso país e ao estado cabe garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais como ampara nossa Constituição Federal. Só deve se sacrificar um direito fundamental quando outro de maior relevância estiver realmente ameaçado, o que não ocorreu.

Finalizo com Albert Camus: “Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo”.

(*) Luciana Oliveira é jornalista, empresária e diretora do bloco Pirarucu do Madeira

Unidos da Tijuca é a campeã do carnaval carioca

Rio - A Unidos da Tijuca é a campeã do Carnaval de 2014. Com enredo sobre o universo da velocidade que homenageava Ayrton Senna, a escola foi a última a se apresentar no segundo dia de desfiles e fez uma exibição marcada pela originalidade e criatividade das fantasias e alegorias. O talento do carnavalesco Paulo Barros fez a diferença e a escola conquistou mais uma vitória no Grupo Especial.

O quesito bateria, critério de desempate, garantiu a vitória da escola. No entanto, a Unidos da Tijuca já havia levado notas 10 em seis quesitos, entre eles Harmonia, Alegorias e Adereços, Evolução e Comissão de Frente. Esta, aliás, dos coreógrafos Rodrigo Negri e Priscilla Mota, arrebatou o público na Sapucaí ao juntar personagens de desenhos animados com Ayrton Senna e trouxe até um carro de Fórmula 1, criando uma excelente comunicação com o público.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira Julinho e Rute também levaram nota máxima dos jurados. Com um bailado perfeito, a dupla encantou.

Resultado

A classificação final ficou assim: 1° - Unidos da Tijuca - 299,4; 2° -  Salgueiro - 299,3; 3° -  Portela – 299;  4° -  União da Ilha - 298,4; 5° -  Imperatriz - 297,6; 6° -  Grande Rio - 297,2; 7° -  Mangueira - 296,2; 8° -  Beija-Flor - 296,4; 9° -  Mocidade – 296; 10° - Vila Isabel - 295,9; 11° -  São Clemente - 294,3; e 12° Império da Tijuca - 291,6 (Cai para o Grupo A de acesso)