Domingo, 14 de janeiro de 2018 - 08h09
Lenha na Fogueira
Dessa vez não deu! Aliás, acho que não vai dar! Não vai dar pra curtir minhas férias do jeito que planejamos. Acontece que de uma hora pra outra fui parar numa UPA no Rio de Janeiro onde estamos e o negócio não está nada bem pro meu lado.
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O motor parece que anda querendo parar e por isso, tenho que antecipar meu retorno a Porto Velho, afinal de contas, a oficina com a qual tenho convenio fica aí.
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Tem um ditado que diz: É melhor prevenir do que remediar e eu me descuidei e já estou na faze do remediar, por isso, é melhor voltar pra casa.
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Apesar dos problemas pelos quais passam os funcionários do governo do estado do Rio de Janeiro o atendimento na UPA (Botafogo), posso garantir que foi dos melhores. Assim que dei entrada fui encaminhado imediatamente para o centro de eletrocardiograma enquanto a Ana ficou tratando da papelada. O resultado que não acusou nada grave, foi encaminhado à médica que me atendeu e me informou “Tá com sintoma de Angina”.
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O que é Angina?
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O coração é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, no entanto, ele poucas vezes é notado, no dia a dia. Mesmo estando batendo o tempo todo, ele só é alvo de atenção quando começa a falhar. Pode acontecer com qualquer um. De repente, depois de uma atividade física mais intensa, vem àquela dor no peito difícil de agüentar.
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Ou então, muitas vezes, no momento de repouso, essa mesma dor incômoda aparece e some, tão repentinamente quanto quando começou.
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Muito além do conhecido enfarto, existe uma gama de doenças que podem acometer o coração, e há também sintomas que podem indicar que há algo errado com ele. É o caso da angina.
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A angina não é uma doença, mas sim um sintoma. Ela acontece quando o coração passa a receber de modo ineficiente, o suprimento de oxigênio e nutrientes trazidos pelo sangue. Essa falta pode ser causada, por exemplo, pela aterosclerose que ocorre quando os vasos que fazem esse trabalho de levar sangue para o coração estão bloqueados por alguma coisa. Como placas de gordura.
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Em caso de anemia grave e aumento do tamanho do coração existem chance de desenvolvimento de angina
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Em todos esses casos, a angina se manifesta, principalmente, por meio de uma dor forte no peito.
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Sintomas da angina – Dores fortes no peito. Que pode irradiar para os braços, costas, pescoço e mandíbulas. Pode ser percebida como uma sensação de aperto, pressão ou queimação e ainda cansaço, arritmias, falta de ar e ainda desmaios.
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A angina pode ser grave sim, pois pode levar a um ataque cardíaco. Basta lembrar que no caso da angina o coração para de receber nutrientes e oxigênio.
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Quando esse desequilíbrio é súbito ou prolongado pode ocorrer um infarto do miocárdio, morte súbita ou insuficiência cardíaca.
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Por isso é essencial procurar um especialista, caso algum dos sintomas mencionados
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Sendo assim, resolvi antecipar o término das minhas férias. Vou tentar negociar a transferência da minha passagem imediatamente e voltar pra casa.
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O atendimento aqui no Rio pode ser bom, mas, melhor mesmo, é estar em casa, até porque meu plano de saúde só vale no estado de Rondônia.
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Se Deus quiser, vai dar tudo certo na negociação da passagem. Se não der nos daremos nosso jeito do jeito que deve ser,
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Espero estar no lançamento das camisetas da Banda, aliás, estar no Baile Municipal e em todas as programações carnavalescas deste ano.
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Não deu pra ir à minha Portela, mais vai dar para homenagear o Manelão no desfile da São João Batista.
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Não posso garantir que estou legal, mas, farei o que for possível, com a ajuda de Deus para participar do meu carnaval. Viva a Vida, não deixa ela te levar. Obrigado meu Deus!
C A I A R I
A decadência dos blocos do bairro
considerado capital do carnaval
Rio Kaiary / Fotos do arquivo do Gente de Opinião
Bloco do Clube Ypiranga, Escola de samba Pobres do Caiari, Bloco do Alho, Bloco 812, Oxerevause, Mocidade do Caiari, Bloco Rio Caiari e Galo da Meia Noite. Todos nasceram e morreram no bairro Caiari.
Juntos com os ainda em atividades Pirarucu do Madeira, Cagalho, Murupi, Axé Folia e a Banda do Vai Quem Quer, transformaram o bairro no maior reduto de entidades carnavalescas da Amazônia.
Quando chegava o período carnavalesco, parte da população da capital de Rondônia se encaminhava para o bairro Caiari, pois tinha certeza, que ali encontraria diversão em todas as esquinas.
O primeiro bloco a sair do carnaval de rua, foi o do Clube Ypiranga em virtude da ascensão das escolas de samba.
O 812 que surgiu no Bar da Dona Maria do Pirralho e tinha como incentivadores integrantes das famílias Mercês e Pinheiro (Lucini e Canduri) mais o Zé Carlos Lobo. Não agüentou cinco carnavais.
Com a saída dos filhos dos categas do bairro, em virtude de seus casamentos, o bloco Oxerevause também deixou de se apresentar.
Dona Marise Castiel (de branco no centro da foto), da escola Pobres do Caiari .
A Mocidade do Caiari surge como bloco e se transforma em escola de samba do grupo de acesso. Parou para não prejudicar a Pobres do Caiari, pois, se subisse mais um degrau, desfilaria pelo grupo especial e como noventa por cento dos seus integrantes, também desfilavam pela Pobres do Caiari e Diplomatas resolveram parar para não prejudicar as duas grandes. Tinha a melhor Bateria da cidade.
O Bloco do Alho que nasceu de uma dissidência dentro do Galo da Meia Noite, foi considerado um dos melhores e maiores de Porto Velho. Seus ensaios aconteciam na Duque de Caxias entre a Presidente Dutra e a Rogério Weber e concorriam diretamente com os ensaios do Galo. Foi daí que o bairro Caiari passou a ser chamado de “A Capital do Carnaval de Porto Velho”. O Bloco do Alho parou sem dar explicação.
Bloco Rio Caiari – Foi outra dissidência do Galo da Meia Noite. Sua diretoria conseguiu junto aos Conselheiros da escola de samba Pobres do Caiari que já não desfilava, a sessão da sede para suas reuniões e ensaios, infelizmente, a diretoria do bloco, fez uma manobra tentando transferir o patrimônio da escola para o bloco o que foi descoberto e a ‘mutreta’ não foi a frente.
Lançamento da camiseta do rio Kaiary no clube ferroviário, na av. 7 de setembro / Arquivo Gente de Opinião
Seus temas sempre homenageavam uma figura importante da nossa sociedade como seu Euro Tourinho (fotos abaixo), Ursa Maloney e Severino o Porteiro. Deixou de desfilar por falta de consenso entre seus diretores, uma pena.
Euro Tourinho foi homenageado pelo Rio Kaiary em 2006
Fotos / Arquivo do Gente de Opinião
A escola de samba Pobres do Caiari abandonou o carnaval de Porto Velho, desde quando alguns jovens, moradores do bairro, exigiram que a escola fosse dirigida por eles, resultado, a escola “morreu”, mesmo sendo a única a possuir sede própria (cuja estrutura hoje está totalmente abandonada). O último desfile da Caiari foi no ano de 2000.
GALO DA MEIA NOITE
O Galo da Meia Noite surgiu na garagem da residência da dona Iolanda Caula onde seu filho Edson José montou o bar “Do Sem Pescoço”, local de encontro dos antigos integrantes da “Mocidade do Caiari”. Por sugestão da pernambucana Magda nasce o Bloco que inicialmente foi batizado como “Galo da Madrugada” e por sugestão da dona Zila passou a se chamar “Galo da Meia Noite”. Em virtude de problemas com as Finanças Municipais o bloco não vai se apresentar no carnaval de 2018.
Os blocos de hoje
Desfile do Bloco Pirarucu do Madeira em 2005
Desfile do Bloco Pirarucu do Madeira em 2005
Desfile do Bloco Pirarucu do Madeira em 2005
Fotos / Arquivo do Gente de Opinião
No carnaval deste ano (2018), os blocos Murupi, Axé Folia, Estrondo, Pirarucu do Madeira, Cagalho e Banda do Vai Quem Quer ainda fazem parte do circuito “Caiari de Carnaval”. Porém, nenhum dos citados, realiza ensaio no bairro, apenas se concentram no dia de seus desfiles.
O Começo
Os foliões passaram a se concentrar no bairro Caiari a partir dos anos de 1960 com o surgimento da escola de samba Pobres do Caiari em 1964, cujos ensaios aconteciam em frente ao barracão onde funcionou a Garagem do Governo do Território. Hoje o espaço é a Praça das Três Caixas D’água.
Manelão e Saca
Em meados dos anos 80 a Banda do Vai Quem Quer, passa a se concentrar na praça o que permanece até hoje.
No final da década de 1980 inicio dos anos 90, Carlinhos Camurça (foto) passa a realizar nas Caixas D’água o “Carnaval na Praça” sucesso absoluto.
Nessas alturas, a turma do bairro colocava o bloco Mocidade do Caiari cujos ensaios aconteciam também nas Caixas D’água. Foi da Mocidade praticamente, que surgiu o Galo da Meia Noite, pois quando a escola parou de desfilar, a turma passou a se reunir no Bar do Sem Pescoço, que, aliás, teve até um bloco de sujo “Sem Pescoço” e daí pra frente o Galo dominou a parada com seus famosos ensaios que no ano passado, foram realizados no Mercado Cultural.
A partir deste carnaval, o bairro Caiari deixará o posto de “A Capital do Carnaval de Porto Velho” título que fica em aberto. O Caiaria agora passa a ser apenas “Local de Concentração de alguns blocos de trio elétrico” e nada mais.
Turma do Bloco Kagalho em 2005
Turma do Bloco Kagalho em 2006
Turma do Bloco Kagalho em 2008
Fotos / Arquivo do Gente de Opinião
Enquanto isso o rio Madeira vai subindo...
...Alô seu Cabo Omar!
O Galo da Meia Noite!
Não vai desfilar...
Jornalista e carnavalesco Tóia
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