Quarta-feira, 8 de agosto de 2018 - 22h26
De repente, surge aquela figura coberta de folhas, correndo sem parar
pela arena do Arraial Flor do Maracujá. É o BICHO FOLHARAL um item da
brincadeira, que não dança, não canta e nem faz apresentação especial
para os jurados. Ninguém sabe explicar qual a função do Bicho Folharal
na brincadeira de boi bumbá e o que é mais intrigante: Por que sua
presença é obrigatória e inclusive é submetida a avaliação pelo corpo de
julgadores e tem mais, se o grupo de boi não colocá-lo na arena, perde
dois pontos. Quer dizer, a falta do Bicho Folharal pode derrotar o
grupo.
Como surgiu o Bicho Folharal
Os mais antigos
na brincadeira de boi bumbá em Porto Velho como é o caso do artesão do
boi Corre Campo José de Castro Alves o Zé Comichão conta a seguinte
história: “Quem inventou esse negócio de Bicho Folharal no boi bumbá de
Porto Velho foi o Acrísio. Certo dia ele chegou com o Lourenço Amo do
boi Malhadinho,. Isso na década de 1970 e disse que naquela noite, por
sinal, noite do batizado do boi, iria se apresentar com uma fantasia
diferente. Ninguém ligou para o que ele disse. Quando foi a noite, a
brincadeira já havia começado, o ritual do “Batismo” do Malhadinho
estava para começar. Lourenço puxa a toada ‘Vaqueiro vai buscar meu boi
bumbá...’ e quando o Malhadinho mete a cara na porteira do curral, a
meninada começa a correr com medo de um SER que surgiu do nada, subindo
pelo cercado do curral, o Bicho estava todo coberto com folha de
bananeira. Pulou no meio do terreiro e ficou de cocoras, sem dizer nada e
sem fazer nada. Começa a correr e a dar cambalhotas no meio da arena. A
cena foi tão hilária, que o Amo Lourenço esqueceu de dar prosseguimento
ao Ritual do Batizado. Foi então que se lembrou a promessa do Acrísio
que disse, que naquela noite iria colocar uma FANTASIA totalmente
diferente.
A partir daquela noite e por todos os demais anos, até
os dias atuais, o Bicho Folharal passou a ser figura obrigatória na
brincadeira de boi bumbá, é tão importante que é quesito de julgamento
durante a apresentação do grupo.
Esse estilo de Bicho Folharal,
só existe na brincadeira do Boi Bumbá de Porto Velho. Em Parintins o
Bicho Folharal é o Curupira o guardião da floresta. Aqui, o Bicho
Folharal é o protetor do Boi Bumbá.
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As comemorações pelos 80 anos do Bainha começaram com o desfile da escola de samba Asfaltão cujo enredo, foi a história do sambista mais antigo e mais carismático de Rondônia.
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Bainha sem sobra de dúvida, representa para o samba de Porto Velho o que Mestre Monarco representa para a escola de samba Portela do Rio de Janeiro.
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Por falar nisso, Bainha é Portelense desde a barriga de sua mãe dona Marieta. Tem um detalhe: no convite que está rolando nas redes sociais, a Funcultural informa que terá uma surpresa do Rio de Janeiro na festa que vai acontecer no Mercado Cultural no dia 18.
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Para não deixar muita expectativa, segundo o Beto Cezar quem vem diretamente da Portela participar da festa dos 80 anos do Bainha, é a Luciana filha do Mauro Diniz e Neta do Monarco.
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O que vou relatar agora, tem cheiro de golpe. Acontece que alguns dirigentes de grupos de quadrilha junina, solicitaram a direção da Federon a recontagem dos pontos dados pelos julgadores de quadrilha durante o Flor do Maracujá.
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A reunião da recontagem foi marcada para a noite de terça feira dia 7. Na hora AGA o responsável ou o dirigente que solicitou a tal de recontagem das notas das quadrilhas, retirou a solicitação e aí é que entra o que está me parecendo uma ARMAÇÃO contra o meu boi Corre Campo.
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Alguns dirigentes de bumbás, como dizia o saudoso deputado ÍNDIO, na calada da noite, procederam a recontagem das notas dadas pelos julgadores aos grupos de bois bumbás.
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O interessante foi que não houve comunicação oficial da direção da Federon convocando os dirigentes dos bumbás para participar da tal recontagem.
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A convocação foi meio que escondida, pois apenas postaram no grupo de watsapp da Federação o seguinte: “Já que fulano pediu a recontagem eu também quero que as notas do meu grupo sejam recontadas”.
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Aí os que se achavam prejudicados marcaram presença na Federon e chamaram o responsável pela Comissão de Jurados professor Marco Teixeira e procederam a recontagem.
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Os que solicitaram a recontagem estavam certo, o que não considero legal, foi não terem comunicado a direção do Corre Campo e assim, como o Corre Campo não se fez presente a reunião da recontagem, também não recontaram seus votos e no final o resultado foi modificado;
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Depois da recontagem a classificação dos bumbás ficou assim: 1º lugar Diamante Negro; 2º lugar boi Manhoso; 3º lugar Boi Marronzinho; 4º lugar boi Az de Ouro e 5º lugar boi Corre Campo.
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A troca de posição foi entre o segundo lugar que antes era o Marronzinho e passou a ser o Manhoso, Nada Contra:
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O Az de Ouro em virtude de não abrirem para recontar o envelope com as notas do Corre Campo, saiu da reunião festejando a classificação em 4º lugar colocando o Corre Campo para 5º.
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Como no final da apuração de Domingo dia 5, fotografei a planilha com as notas de todos os grupos de bois-bumbás. Ontem de manhã, ao tomar conhecimento da nova apuração e classificação me lembrei que tinha todas as planilhas e então passei a somar a pontuação do Corre Campo e descobri, que nela também havia alguns erros, que se corrigidos, colocariam o Gigante Sagrado novamente m 4º lugar.
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Só não podemos confirmar, porque o presidente do Az de Ouro e o presidente do Corre Campo solicitariam ao professor Marco Teixeira a recontagem oficial das notas do Corre Campo. E assim deve se proceder.
RUMOS
Residência e Festival Corpus Urbis
abre convocatória para performers
Está aberta convocatória, até o dia 15 de agosto (quarta-feira), para artistas ou coletivos de artistas brasileiros e não brasileiros participarem da Residência e Festival Corpus Urbis – 4ª edição – Oiapoque. O projeto é de performance e intervenção urbana e foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018. As inscrições podem ser feitas pelo site: https://corpusurbis.wixsite.com/corpusurbis.
Os inscritos precisam residir há no mínimo três anos no país e terem o desejo de investigar e intercambiar seus processos de criação e pesquisas de linguagem atravessados pelo contexto sociocultural e convivência junto às comunidades indígenas do Amapá, na cidade do Oiapoque. A residência e o festival, acontecem de 22 de setembro a 1 de outubro e serão sediados no Oiapoque, com suas ações estendidas para as aldeias do Manga e de Santa Izabel. Os processos artísticos desenvolvidos na residência serão apresentados durante o Festival nos espaços públicos da cidade.
Ao todo, participarão 22 artistas: 12 indígenas – alunos e/ou ex-alunos do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Campus Binacional do Oiapoque da Universidade Federal do Amapá – e 10 não-indígenas. O projeto custeará passagem aérea, hospedagem, alimentação, translado Macapá-Oiapoque-Macapá, transporte para as aldeias e ajuda de custo para os artistas selecionados.
SERVIÇO:
Rumos Itaú Cultural 2017-2018
Residência e Festival Corpus Urbis
Inscrições convocatória: até 15 de agosto
Resultado da convocatória: dia 20 de agosto
Residência e Festival: de 22 de setembro a 01 de outubro
Local: Aldeias do Manga e Santa Izabel, Oiapoque (AP)
Informações e inscrições: https://corpusurbis.wixsite.com/corpusurbis
facebook.com/HYPERLINK "http://facebook.com/corpusurbis"corpusurbis @corpusurbis
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