Quarta-feira, 27 de novembro de 2019 - 06h00
Lenha na Fogueira
A Última Entrevista do Seu Euro Tourinho.
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No dia 12 deste mês, participei a convite da equipe de alunos de jornalismo da Uniron, responsável pela edição do E-book com a história do jornalismo em Rondônia, escalada para escrever sobre seu Euro: “Euro Tourinho – Pelos Olhos do Alto Madeira”.
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Acontece que há alguns meses, os jovens estudantes vinham tentando entrevistar o decano do jornalismo regional e em virtude do seu estado de saúde não conseguia, até que no dia 11 conseguiram autorização da família para executar a entrevista.
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Como eu havia gravado com a equipe, contando sobre o que sabia a respeito da trajetória do jornalista, que fez história escrevendo a Coluna Social Eurly nos anos 1950/60, já que fui Office boy do jornal Alto Madeira justamente, quando seu Euro estava começando a carreira jornalística fui convidado a acompanhar a entrevista.
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Por volta das 9 horas, do dia 12 deste mês de novembro, cheguei à sede do Jornal Alto Madeira a rua Imigrantes e lá encontrei a equipe de estudantes integrada pelos alunos Tamara Lima, Carlos Sabino, Manoel Victor Maciel, Nelson Maciel, Giuliana Miranda e Camile Buzzi e o jornalista economista Silvio Persivo, o fotografo Rosinaldo Machado e o irmão do seu Euro Manoel Tourinho.
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Câmeras e microfones instalados. Antes de a turma começar a fazer as perguntas, Manoel Tourinho recomendou paciência “pois o Euro não está muito bem”.
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As perguntas como não poderia deixar de ser, começaram pela trajetória do menino que chegou com seus pais em nossa região, pelo Vale do Guaporé e foi estudar em Manaus onde conheceu dona Maria Kang com quem se casou.
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“O pai da Maria tinha um restaurante e meu pai o nomeou meu tutor, era ele quem recebia a mesada enviada para mim e por isso, sempre ia ao seu estabelecimento e ali, via aquela chinesinha bonita por quem me apaixonei e casei”.
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As histórias foram sendo lembradas e a turma estava extasiada assim como eu, com a memória do seu Euro que aos 97 anos de idade, lembrava-se dos mínimos detalhes de casos que aconteceram a dezenas de anos.
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Em determinado momento perguntaram: Como o senhor conheceu o Silvio Santos – Zekatraca? – “Ele era o menino que varria o jornal, além de fazer os recados do tipo, ir ao Correio levar e buscar correspondência entre outros afazeres, além de ser o entregador dos jornais dos assinantes de manhazinha”.
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Os jovens e ninguém que se encontrava no ambiente, notaram, mas, por dentro, me senti a pessoa mais privilegiada desse mundo, pela lembrança do seu Euro sobre minha passagem pelo jornal Alto Madeira entre os anos de 1958/1960. Chamei o fotografo Rosinaldo Machado de lado e falei: Sem dúvida, ele alcançara os Cem Anos de Vida.
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Minha profecia não deu certo. Segunda feira dia 25, quando estava escrevendo a Lenha na Fogueira, recebo a notícia de que seu Euro havia sido internado no hospital 9 de julho e o quadro não era animador. Mais tarde, quando já havia distribuído a Coluna, veio a noticia do seu falecimento.
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Lembrei-me da turma responsável em editar o E-book com sua história e falei: “Graças a Deus, tive o privilegio de participar da última entrevista concedida pelo seu Euro Tourinho”.
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Obrigado equipe de alunos da Uniron orientada pelos professores de jornalismo Benedito Teles, Iule Vargas e José Gadelha.
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Euro sempre foi Euro em todos os lugares. Descansa em Paz, Mestre dos Mestres do jornalismo da região Norte!
RUMOS ITAU
Espetáculo sobre mulheres que vivem em ambientes machistas estreia em Rondônia
Baseado no livro Seringueiros da Amazônia – Sobreviventes da Fartura, de Nilson Santos, o grupo O Imaginário montou o espetáculo A Borracheira, dentro do projeto Memórias poéticas: sobreviventes do crescimento das árvores, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018. Com estreia marcada para os dias 29 e 30 de novembro, às 20h, na sede do grupo (Espaço Tapiri), a peça apresenta narrativas de mulheres que viveram e vivem em ambientes hostis e dominados pelo "pensamento-homem" nos seringais do Vale do Guaporé, em Rondônia. Aborda temas como questões de justiça e poder, relação de gênero, o universo feminino, assim como faz uma reflexão sobre o próprio sentido da representação cênica, a atuação das mulheres e o silenciamento de suas vozes. A apresentação do primeiro dia é para convidados e a do segundo, aberta ao público.
Em cena, pessoas despidas de seus gêneros narram memórias e interpretam histórias que se passam no seringal no meio da floresta Amazônica, refletindo sobre o ser humano e suas relações. Ainda, sintetizam as energias boas e ruins contidas nas histórias dos seringais com o intuito de transportar o espectador para outro universo, onde as sensações instigadas pelas histórias, movimentos e sons emitidos pelos corpos em cena são viscerais. A construção dramatúrgica, a pesquisa sonora e a manipulação desses áudios baseados em processos iniciados pelo grupo há cinco anos, ajudam na condução do público ao ambiente.
Sobre O Imaginário
Desde sua criação em 2005, a principal ação de O Imaginário é discutir o teatro, o público e a cidade, ação estratégica para o desenvolvimento de conceitos que asseguram a luta por um teatro insurgente e pela promoção do acesso do cidadão a arte como um direito social.
O Imaginário luta para manter viva as suas práticas de levar o teatro a todos os lugares, promover trocas com outros coletivos e compartilhar estudos, pesquisa e investigação, inovando e transgredindo a relação do teatro, mantendo o fortalecimento do fazer teatral no panorama Amazônico. Assume um lugar de destaque em suas pesquisas e em seus projetos. Já participou do Palco Giratório, do SESC; da VII Mostra Latino Americana de teatro de grupos. Ganhou os prêmios Funarte Petrobras, Myriam Muniz de Teatro, Edital Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, Edital Sesc de Artes Cênica, entre outros.
Ainda, o grupo mantem no seu espaço uma escola livre de formação de jovens artistas, promove residências artísticas com coletivos de outras regiões e recebe oficinas e espetáculos.
Sobre o Rumos Itaú Cultural
Um dos maiores editais de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos, é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira. A iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,4 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.
Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 7 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados.
Nesta edição de 2017-2018, os 12.616 projetos inscritos foram examinados, em uma primeira fase, por uma comissão composta por 40 avaliadores contratados pelo instituto entre as mais diversas áreas de atuação e regiões do país.
Em seguida, passaram por um profundo processo de avaliação e análise por uma Comissão de Seleção multidisciplinar, formada por 21 profissionais que se inter-relacionam com a cultura brasileira, incluindo gestores da própria instituição. Foram selecionados 109 projetos, contemplando todos os estados brasileiros.
SERVIÇO:
Rumos Itaú Cultural 2017-2018
Projeto: Memórias poéticas: sobreviventes do crescimento das árvores
Espetáculo A Borracheira
Dias 29 e 30 de novembro
Às 20h
Local: Tapiri – O Imaginário
Rua Franklin Tavares, 1353, Pedrinhas
Porto Velho (RO)
60 lugares
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 12 anos
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Dia 29/11 – Serão distribuídos convites para convidados, críticos, professores e alunos do curso de teatro da Universidade Federal de Rondônia, gestores culturais, programadores, curadores e artistas.
Dia 30/11 – Serão distribuídas senhas, com uma hora de antecedência, para o público em geral.
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