Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Santos

A volta do DJ Luciano Junior


A volta do DJ Luciano Junior - Gente de Opinião

No tempo que a juventude de Porto Velho se encontrava no Clube dos Civis do 5º BEC – Cibec, um jovem locutor se destacava como Disque Jóquei, Sonoplasta ou ainda como Operador de Som, era o Luciano Júnior um cearense que chegou em Porto Velho como empresário do ramos de confecção com especialidade em uniforme profissional e escolar, juntamente com sua mãe a dona Noêmia. Era o tempo da música que ficou conhecida como “Discotec” e a turma do Cibec se esbaldava ao som do som do Luciano um dos integrantesda famosa equipe da Rádio Clube Cidade no tempo do Paulinho Porradaço, Sandra Santos e Elvis Souza com quem participou do Via Expressa.“Toquei na Hepnis, tive com o Dirceu no Yes Banana alguns dias junto com o Jamaica”. Aí nosso pioneiro no naipe DJ resolveu ir em busca de seus sonhos e foi embora, nessa ida, chegou a tocar com DJ internacionalmente famosos como é o caso do Double You além de fazer parte do Grupo Cassino criado pelo DJ Robson que hoje toca no programa da Luciana Ximenes e colocou uma música como tema da personagem Sol vivida pela atriz Debora Seco na novela America.

Antes disso, Luciano tocou o Projeto MPPB. “Na verdade quem criou foi o Dirceu e eu dei continuidade. MPPB é Música Pra Pular Brasileira”.

De volta a terrinha Luciano está se colocando a disposição para tocar em qualquer evento inclusive, festa de formatura e desfile de moda. Vamos a entrevista com o irmão do Régis “filho” do Roque.

 
 

E N T R E V I S T A

 A volta do DJ Luciano Junior - Gente de Opinião

Zk – Você veio de onde e por quê?

Luciano – Cheguei aqui e montei uma fábrica de uniformes profissionais com minha mãe. Vim de Fortaleza Ceará em 1986 e já era DJ. Depois conheci Elvis Souza, Carlinhos Porradaço e o DJ Cesar, fizemos um programa na Rádio Parecis e na Rádio Caiari depois a convite do Elvis Souza assumi o Departamento Comercial da Clube Cidade.

Zk – O DJ Luciano surgiu aonde?

Luciano – Na verdade, comecei em Abaetetuba no interior de Belém do Para aos 12 anos de idade, fui pegando gosto pela profissão e ao chegar em Fortaleza comecei a trabalhar com as equipes. Primeiro trabalhei num clube e como em Fortaleza tinha os bailes funk.

Zk – Igualzinho aos de hoje?

Luciano – Não! Era um baile funk meio tertúlia onde a gente tocava de tudo. O funk daquele tempo era mais elitizado, era o “charme” era o RB de hoje, a gente tocava Melô do Tagarela, Donna Summer, Genghis Khan, Menudos, Magarita e tantos outros sucessos na época.

Zk – Você estava dizendo que a música quando começa a tocar nas rádios, há muito tempo é explorada pelos DJs. Como funciona isso?

Luciano – A música entra no mercado através do DJ. Então o celeiro dos anos 80 começou nos anos 70 e dos 90 começou nos anos 80.Por exemplo, Mamonas Assassinas quando entrou na década de noventa, já conhecido entre os DJs é a mesma coisa, um artista ou um DJ para ser reconhecido profissionalmente tem que ralar muito.

 

Zk – E você ralou quantos anos para chegar ao reconhecimento?

Luciano – Estou com 34 anos de profissão e só depois de 20 anos, foi que passei a ser conhecido nacionalmente e até no exterior.

Zk – Você já disse que quando veio para cá, montou uma fábrica de uniforme profissional e disse também que já era DJ e então?

Luciano – Na época ser DJ era robi e não profissão, porém, foi através do DJ que comecei a ser produtor, fui trabalhar com comerciais em rádios, fazer propaganda. Na realidade eu era gerente de um Super Mercado do Grupo Pão de Açúcar em Fortaleza (CE) e minha mãe sempre foi costureira, como o trabalho no supermercado era uma verdadeira escravidão (até hoje é), cheguei com minha mãe e disse: Mãe vou pedir minha demissão e a gente monta uma fábrica de uniformes e assim aconteceu. Acontece que chegou o Plano Collor e acabou com um bocado de gente inclusive nós. A Saída foi mudar para Porto Velho onde o garimpo de ouro estava bombando.

 

Zk – E em Porto Velho?

Luciano – Para você ter idéia de como corria dinheiro aqui. Em 15 dias consegui fazer uma venda, que passaria um ano pra vender em Fortaleza. Eu me virava de três formas: Era vendedor de uniformes, trouxe minha família toda pra cá, fui taxista e nos finais de semana ia tocar no Cibec ou no Ferroviário. Era eu o Sergio e meu irmão Régis.

 

Zk - Quando você começou a tocar qual o termo usado, era Disque Jóquei ou DJ?

Luciano – O primeiro grupo que formou o que chamamos de DJ hoje, foi o grupo Krastwerk e era chamado de Mister, Sonoplasta etc. Então era o Mister Júnior, Mister Sun, Mister Fulano de Tal. DJ é o mesmo que disc jockey.

Zk – O  termo disc jockey foi primeiramente (e ainda é) utilizado para descrever primeiramente a figura do locutor de rádio que introduziam e tocavam discos de gramofone, posteriormente, o long play, mais tarde compact disc laser (CD) e atualmente, empregam o uso do mp3. O nome foi logo encurtado para DJ. Hoje, diante dos numerosos fatores envolvidos, incluindo a composição escolhida, o tipo de público alvo, a lista de canções, o meio e o desenvolvimento da manipulação do som, há diferentes tipos de DJs, sendo que nem todos usam na verdade discos, alguns podem tocar com CDs, outros com laptop (emulando com softwares), entre outros meios. Há também aqueles que mixam sons e vídeos (VJs), mesclando seu conteúdo ao trabalho desenvolvido no momento da apresentação musical. Há, no entanto, uma vasta gama de denominações para classificar o  termo DJ.

Luciano – Hoje para você atuar como DJ tem que ter o DRT. É preciso pertencer ao Sindicato da Categoria. Aqui em Porto Velho vamos lutar para ativar a Associação. Tem muita gente que se diz DJ que não chega nem perto do que é realmente um DJ, na nossa época, era no vinil mesmo, a pessoa tinha que saber mixar, hoje não, o computador faz tudo sozinho.

Zk – Vamos falar mais um pouco sobre sua trajetória em Porto Velho até ir tentar a vida como DJ em outras cidades?

Luciano – Eu e o Elvis Souza fomos para Rio Branco (AC) fazer a campanha política do Edmundo Pinto de Almeida Neto aquele que foi assinado em São Paulo, depois voltamos para a Clube Cidade, montamos a Via Expressa. Eu não era sócio da Via Expressa, na verdade sempre ajudei o Elvis a Sandra Santos o Paulinho Porradaço. Aprendi a fazer podução agradeço ao Grupo Rondovisão por ter me dado oportunidade, ao Fraguinha, Paulinho ao Leno, Nino, Sergio Valente e principalmente ao Elvis que me deu muita oportunidade na questão da iluminação. Aprendi a mixar através da iluminação. O Elvis me dava todos os toque sobre iluminação da pista etc, afinal de contas ele tinha vindo de Brasília e lá já tinha grandes boates.

Zk – Além do Cibec em quais casas você tocou em Porto Velho?

Luciano – Toquei na Hepnis, tive com o Dirceu no Yes Banana alguns dias junto com o Jamaica. Hoje sou filiado a ABPAudio (Associação Brasileira de Profissionais de Áudio), se você não tiver esse registro não tem condições de montar nenhum sistema sonoro. Montei em Ji Paraná a Voyage Dance que fez muito sucesso e em seguida voltei para Porto Velho conheci o Roque e então montamos o Roque Vôlei, trabalhamos no Arraial Flor do Maracujá e me juntei profissionalmente com o Luiz da Stúdio Mil.

Zk – Cadê o Luiz?

Luciano – O Luiz está muito bem em Brasília onde é professor universitário.O som dele é considerado o quinto melhor som de Brasília. Bom, passei por muitas casas aqui, toquei em Humaitá, fui tocar em Manaus no hotel Tropical.

 

Zk – E achou que estava pronto para vôos mais altos?

Luciano – Na Voyage Dance em Ji Paraná fui convidado a participar do encontro nacional de DJ em Curitiba. Lá entre mais de 400 DJ fiquei com o terceiro lugar. Participei de três séries do encontro nacional e em todas elas, fiquei entre segundo e terceiro lugar. Quando retornei fui fazer a campanha política do Bianco e do Oscar me desgostei e então disse: Agora vou atrás dos meus sonhos.

 

Zk - Estes sonhos envolviam o que?

Luciano – Peguei meu carrinho fui pra Fortaleza, de lá fui pra Curitiba e então São Paulo e depois fiz a campanha do José Sarney em Macapá pela empresa Amazônia Digital, fizemos duas campanha dele para Senador. Depois fomos novamente para São Paulo e foi quando surgiu a novela América.

 

Zk – O que essa novela tem a ver com você?

Luciano – Nessa novela tinha a Sol que era a personagem da Debora Seco e o Tom Robson que hoje é DJ da Luciana Ximenes tinha uma música de estúdio experimental que foi o tema dessa personagem.

Zk – Não estou entendendo o que isso tem a ver com o teu trabalho como DJ. Você tocava na novela América?

Luciano – Na verdade essa música da Sol foi o inicio do Grupo Cassino.Foi a primeira música de trabalho deles e tocava na novela. Era um Projeto de estúdio e não de palco. Um projeto de estúdio, a gente monta a música e dependendo da aceitação a gente leva pro palco. Passei a integrar o Grupo Cassino.

 

Zk – Da um exemplo disso?

Luciano – Aqui em Porto Velho quando o Dirceu tinha a Capitão Melody ele fez o DJ Maluco que era um tocador de forró lá em Guajará e que veio aqui com o Dirceu e nós montamos. O Dirceu fez todas as bases e então o DJ Maluco se transformou em sucesso. O Dirceu pra mim é realmente o Capitão Melody ele é o cara da melodia.

 

Zk – Voltando ao Cassino?

Luciano – Cassino era um projeto de estúdio do Tom Robson que é um estúdio parecido com o do Irai Campos e a produção musical da Globo aceitou a música e deu resultado. Depois o Tom apresentou o Sheiquirite que foi pra novela Páginas da Vida.

 

Zk – Sim! E como é que você entra nesse contexto?

Luciano – Como sou da revista DJ Sound que antes era DJ In Concert e todo ano vinha a premiação dos melhores DJ do ano e a partir de 2008 fui eleito um dos 100 melhores DJs da América Latina por votação, através de e-mail. Aqui quero agradecer primeiramente a Deus, ao Ricardo Sarmento a minha mãe a você que certa vez colocou na sua coluna que durante uma apresentação no Côco Gelado nós, além de DJ dávamos uma de segurança, que a gente era polivalente, tudo isso contribuiu para chegarmos aonde chegamos.

Zk – Como não chegamos a explicação da novela América vamos partir para outra. Nessa trajetória você já tocou com DJs internacionais famosos?

Luciano – Na década de noventa tinha um italiano Double You que parou e agora ele voltou a tocar e eu que jamais imaginei subir num palco junto com um cara como ele tive essa oportunidade quando ele voltou a se apresentar. Não só com ele, mas, com DJ internacionais, fiz muitos Beck To Beck que são dois DJs ao mesmo tempo, tocando cada um a sua música, fazendo os cortes corretos, vai lá no público pega a animação enfim, é um show a parte. Depois criei o Projeto MPPB.

Zk – Isso quer dizer o que?

Luciano – Na verdade quem criou foi o Dirceu e eu dei continuidade. Tem a MPB que é Música Popular Brasileira e MPPB é Música Pra Pular Brasileira.

Zk - Voltando à novela América. Você chegou a aparecer na produção?

Luciano – Não! Cheguei a aparecer na novela Malhação numa cena que foi gravada no Ceará junto com a Banda Aviões do Forró. Participo muito com ex BBBs quando saem da casa a gente sai fazendo turnê. Participo de carnaval fora de época nos camarotes tocando. Camarote Vips da Brahma etc.

Zk – E agora você está retornando a Porto Velho por quê?

Luciano – Primeiro estava fazendo treze anos que não via minha mãe. Sou católico, verdadeiramente católico, participo da Eucaristia, faço palestras. Nunca curti droga nenhuma, hoje não bebo e nunca fumei. Voltei porque minha mãe já esta de idade e, além disso, passei por momentos depressivos, após perder uma filha que significou perder tudo e então passei por um processo e foi nesse processo que comecei a crescer e vim através da minha família, porque minha mãe sempre rezava. Faço parte do maior Santuário Mariano do Nordeste que é o de Nossa Senhora de Fátima e eu era diretor administrativo de uma rádio católica AM e vim deixar um padre aqui e minha mãe quando me viu ficou muito feliz e me disse: “Filho, sempre rezava quando estava toda família junta e dizia, ta todo mundo unido, só falta um que era você, agora espero que você complete minha oração”. Assim dona Noêmia de Araujo Evangelista me fez voltar para casa.

Zk – Falando em volta, quem quiser contratar o DJ Luciano Júnior faz o que?

Luciano – Pode ser com você que pode assumir como meu empresário, através do telefone 9972.6624 ou pelo 9203-4996 (TIM) ou então 9233-7778 (Claro) ou atrvavé3s do site www.djlucianojunior.com.br

Zk – Para quais eventos:

Luciano – Me especializei na área de formatura, passarela, desfile de moda em qualquer tendência, faço a criação musical. Tenho um estúdio de gravação, tenho uma torre pra fazer CDs de lembranças (capacidade para gravar 1000 CDs dia). Na minha área como DJ sou produtor, remix, radialista. Não faço pirataria.

 

Gente de Opinião

Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com

Gentedeopinião / AMAZÔNIAS / RondôniaINCA / OpiniaoTV / Eventos
Energia & Meio Ambiente
/ YouTube / Turismo / Imagens da História

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Lenha na Fogueira com o filme "O Pecado de Paula" e os Editais da Lei Aldir Blanc

Lenha na Fogueira com o filme "O Pecado de Paula" e os Editais da Lei Aldir Blanc

A Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), realiza neste sábado (16), o ensaio para a gravação do filme em linguagem teatral "O Pecado de Pau

Lenha na Fogueira com o Museu Casa Rondon e a eleição da nova diretoria da FESEC

Lenha na Fogueira com o Museu Casa Rondon e a eleição da nova diretoria da FESEC

Entrega da obra do Museu Casa Rondon, em Vilhena.  A finalidade do Museu é proporcionar e desenvolver o interesse dos moradores pela rica história

Lenha na Fogueira com o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças

Lenha na Fogueira com o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças

Hoje os católicos celebram o Dia de Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil. Em Porto Velho as celebrações vão acontecer no Santuário de Apareci

Jorgiley – Porquinho o comunicador que faz a diferença no rádio de Porto Velho

Jorgiley – Porquinho o comunicador que faz a diferença no rádio de Porto Velho

Tenho uma maneira própria de medir a audiência de um programa de rádio. É o seguinte: quando o programa ecoa na rua por onde você está passando, dando

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)