Terça-feira, 24 de julho de 2012 - 05h09
O V Festival Amazônia Encena na Rua começou pra valer na noite de domingo com as apresentações dos espetáculos: “La Imaginacion” com o grupo venezuelano Juglarte com o duo de palhaços Caramelo de Mente e Lalo que apesar da dificuldade em se comunicar com a platéia em virtude de se expressarem em espanhol, foram muito bem aplaudidos pelos mais de cinco mil expectadores que lotaram o anfiteatro da Madeira Mamoré. Chicão Santos e toda a equipe do grupo O Imaginário produtor do Festival, não escondiam a satisfação pela presença de tanta gente, o mago do teatro de rua Amir Haddad se disse admirado de com o teatro de rua em Porto Velho cresceu tanto. “Poucas são as cidades cuja platéia é tão grande como aqui em Porto Velho, vocês estão de parabéns”, disse Haddad. O segundo grupo da noite fazia parte do Festival de Dança que acontece juntamente com o teatro de rua. Yaporanga é o nome do grupo de Porto Velho que não se intimidou com tanta artistas de outros estados, e mandou ver um espetáculo recheado de rituais indígenas praticados geralmente durante as apresentações dos bois bumbas da Amazônia. Foi sucesso de levantar a platéia. (Mais fotos AQUI)
Acontece que ninguém esperava que após o show do Yaporanga algum grupo de dança fosse capaz de apresentar coisa melhor folcloricamente falando, pois o grupo Cia Lamira de Dança que veio de Palmas (TO) provou o contrário, ao apresentar em coreografia contemporânea um espetáculo de dança baseado em Repentes de repentistas do Nordeste brasileiro. Momentos de martelo agalopado, momentos apenas de repentes que a gente chama de improviso, momentos de muita criatividade por porte dos atores dançarinos e dançarinas. Por aproximadamente uma hora o público se encantou com o espetáculo do grupo de Tocantins, no final foram aplaudidos de pé por mais de três minutos.
Pelo festival de teatro de rua, entrou em cena o espetáculo “Carro Caído” com o grupo Cia de Teatro Nu Escuro que veio de Goiânia (GO) e conseguiu agradar o público.
A noite avançava e o público permanecia fiel na arena Madeira Mamoré, foi quando o mestre de cerimônia André anunciou o último espetáculo da Noite: “Com vocês o grupo Corpos de Teatro Independente e a peça ‘Auto da Folia de Reis”. O grupo veio de Teresina capital do estado do Piauí e mostrou um super espetáculo fazendo valer a espera. O auto da Folia de Reis só não foi mais aplaudida que a apresentação do pessoal de Tocantins com o espetáculo de dança “Do Repente’. E de repente a arena da Madeira Mamoré foi ficando vazia, as luzes começaram a se apagar e o público com saudade, deve retornar na noite de hoje para aplaudir novos espetáculos do V Festival Amazônia Encena na Rua.
Programação desta terça feira - 24/07
19h - Estilo: Forró
Cia. Parceiros do Ritmo Quente - Porto Velho - RO
19h30 - Amazônia e a Princesa da Mata
Grupo de Teatral do SESI - Porto Velho - RO
Traz para a cena uma abordagem sobre a preservação ambiental, envolvendo crianças e adultos com personagens da Mitologia Amazônica. Músicas inéditas compõem a dramaturgia sonora. É um convite à reflexão e à mudança.
20h30 - João Pé-de-Chinelo
Grupo Manjericão - Porto Alegre – RS
O espetáculo mostra o universo de João Pé-de-Chinelo, um papeleiro que vive nas ruas, praças e parques com seu carrinho catando papelão e outros materiais recicláveis, na busca de sobrevivência e sustento da família. João é mais um trabalhador fruto do êxodo rural que procura reagir com dignidade diante das mazelas dos grandes centros urbanos. O personagem apresenta sua casa e família ao público, narra histórias e aventuras vividas e sonha com dias melhores.
21h30 - TEKOHA – Ritual de vida e morte do Deus pequeno
Teatro Imaginário Maracangalha - Campo Grande – MS
O espetáculo narra a trajetória do líder indígena Guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. TEKOHA refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura Guarani. É no TEKOHA que os Guaranis vivem o seu modo de ser.
O festival de teatro Amazônia Encena na Rua está “pegando fogo” em Porto Velho.
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Tanto pelo sucesso de público, como pelas boas atrações que fazem parte da programação e pelo que está faltando!
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A arena da Madeira Mamoré pelo menos domingo, ficou pequena para a quantidade de público que compareceu para prestigiar os espetáculos apresentados naquela noite.
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Do Marabaixo dos macapaenses Beto Oscar e Helder Brandão ao mestre cerimônia André que queira ou não, é um espetáculo a parte, pelos improvisos que é obrigado a colocar em prática. Pelo menos isso foi o que aconteceu no primeiro dia, quando a programação oficial estava marcada para começar as 19h30 na Praça das Caixas D’água e começou muito antes, com o cortejo saindo em direção a arena Madeira Mamoré aonde chegou por volta das 19h00 com uma hora de antecedência do inicio do show do grupo de Macapá que apresentou o espetáculo “São Batuques”, por sinal muito bom!
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Foi aí que entrou a veia improvisadora do André e então os integrantes dos grupos que participaram do cortejo passaram a ser chamados para a arena para apresentar alguma coisa, só para segurar o público até o inicio do show São Batuques.
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Domingo foi que o bicho pegou de vez, pois muito antes do inicio do primeiro espetáculo marcado para as 18h00, era difícil se encontrar uma vaguinha nas arquibancadas do anfiteatro.
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Mais de cinco mil pessoas marcaram presença para prestigiar os espetáculos: La Imaginacion apresentado pela Cia Juglaste da Venezuela cujos protagonistas são o Palhaço Caramelo de Mente e seus delírios de grandeza e sua partner Lalo que, por aproximadamente uma hora imaginaram que estavam agradando ao público presente. Tenho minhas dúvidas!
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Acontece que era só a preparação ou o esquenta, para o público receber, aí sim, um show de dança folclórica espetacular proporcionado pelo grupo Yaporanga de Porto Velho. Esse merece todos os elogios pela beleza e harmonia na apresentação.
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Era tanta gente que ficava difícil até para os atores passarem o chapéu por falta de espaço para caminhar.
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Foi nesse clima que o mestre cerimônia André anunciou o espetáculo “Do Repente” com o grupo Lamira Cia de Dança de Palmas (TO).
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As jovens de Tocantins foram aplaudidas de pé por mais de três minutos, foi um espetáculo fora de série. A seleção de repentes e repentistas nordestinos de primeira linha levam o público a fazer uma viagem, pelo mundo do sertanejo do nordeste brasileiro, através da coreografia muito bem desenvolvida pelos tocantinenses de palmas. Foi o espetáculo da noite.
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Isso não quer dizer que o grupo que se apresentou depois Cia de Teatro Nu Escuro com o espetáculo “Carro Caído” não seja bom. Muito pelo contrário, o show desse grupo também levantou a platéia.
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O último espetáculo da noite de domingo, aquele que por ser o último era esperado com grande expectativa, não decepcionou ninguém.
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O “Auto da Folia de Reis”, do grupo Corpos Teatro Independente de Teresina (PI), agradou em cheio a platéia que permaneceu até o fim das apresentações.
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O espetáculo surge com a intenção de resgatar a expressão do reisado do Piauí. O texto traz um levantamento realizado pelo trabalho de pesquisa sobre as expressões populares nas mais diversas área da cultura nordestina. Só não foi melhor que a dança do grupo de Tocantins.
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Terminou a segunda noite do Amazônia Encena na Rua mas, ficaram alguns questionamentos.
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Por exemplo: Qual dos parceiros do O Imaginário ficou responsável pela colocação de banheiros químicos no entorno no ambiente. Se a todo inicio de espetáculo roda uma vinheta dizendo que “São parceiros do O Imaginário a prefeitura municipal de Porto Velho e o governo do estado de Rondônia.
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Seria bom, já que estamos em tempo de “transparência”, que também se divulgasse qual a parceria firmada com cada um.
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Por exemplo, no caso dos banheiros químicos que deveriam ser colocados a disposição, para evitar que o público transforme as poucas árvores que existem na praça da Madeira Mamoré em miquitório e os vagões da ferrovia como vaso sanitário. Não seria da responsabilidade da prefeitura municipal de Porto Velho!
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Não sou só eu quem está reclamando não, ouvimos essa reclamação de muitas pessoas na noite de domingo. Mulheres com vontade de fazer xixi sem saber pra que lado levantar a saia e mostrar o bumbum.
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Não sei por que as pessoas acham que este colunista tem a ver com certas coisas em todos os eventos. Por exemplo: Zekatraca por que os artistas não estão usando microfone auricular durante as apresentações? Domingo só quem usou foi o Grupo Corpos Teatro Independente de Teresina (PI).
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Chicão Santos anota isso aí e corrige, por favor!
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