Segunda-feira, 3 de setembro de 2018 - 21h08
Ernesto Melo e Aulenilda
habilitados pelo MinC
Os
projetos do compositor Ernesto Melo e Mãe Aulenilda de Oliveira foram
selecionados pelo Edital Prêmios Culturas Populares 2018.
Os dois
Projetos foram desenvolvidos pelo técnico em formatação de Projetos
Jadílson Dias. O resultado com a relação de todos os habilitados e não
habilitados pode ser conferido no site do MinC.
Veja a matéria distribuída pela assessoria do Ministério:
O
Ministério da Cultura divulgou nesta sexta-feira (31/8), no Diário
Oficial da União, o resultado de habilitação das inscrições do Prêmio
Culturas Populares 2018 - edição Selma do Coco. Ao todo, foram 2.227
inscrições, sendo 1.482 habilitadas: 784 de mestres, 367 de grupos e
comunidades, 296 de instituições privadas sem fins lucrativos e 35 de
herdeiros de mestres já falecidos (in memoriam).
Os candidatos
inabilitados terão cinco dias corridos a partir desta sexta-feira para
enviar pedido de reconsideração da fase de habilitação para o e-mail
coedi@cultura.gov.br por meio deste formulário. A próxima etapa é o
recebimento e o julgamento dos pedidos de reconsideração, que está
previsto para ser divulgado na segunda quinzena de setembro.
"Este
edital vem valorizar os fazedores de cultura popular, reconhecer o
importante trabalho feito por mestres, grupos e entidades. Além disso, o
repasse financeiro permite que as atividades desenvolvidas pelos
premiados tenham continuidade", destaca a secretária de Diversidade
Cultural do MinC, Magali Moura. "O prêmio também é importante para que
identificar quem são os fazedores de cultura popular do país, saber com
qual tipo de manifestação cultural eles trabalham e onde estão
localizados. Isso gera um rico material que serve de base para o
ministério trabalhar e pensar em políticas públicas mais efetivas e
direcionadas para esse importante segmento", completa.
Neste ano,
o valor da premiação passou de R$ 10 mil para R$ 20 mil, além de
incluir a inscrição de novas categorias (como a capoeira) e grupos
sociais (como ciganos e indígenas).
Após a habilitação, uma
comissão de seleção e avaliação irá avaliar o mérito das propostas.
Entre os critérios a serem analisados estão contribuição sociocultural
que o projeto proporciona às comunidades; melhoria da qualidade de vida
das comunidades a partir de suas práticas culturais; e impacto social e
contribuição da atuação para a preservação da memória e para a
manutenção das atividades dos grupos, entre outros.
Neste ano, a
premiação homenageia a cantora pernambucana Selma do Coco (1929-2015).
Nascida na cidade de Vitória de Santo Antão, Selma deixou como principal
legado a sua contribuição para a consolidação do coco, ritmo típico do
Nordeste brasileiro, como referência nacional. A artista gravou três
álbuns e participou de festivais internacionais nos Estados Unidos e na
Europa, além de ter ganhado o antigo Prêmio Sharp, hoje Prêmio da Música
Brasileira. (Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura)
As labaredas que destruíram o Museu Nacional no Rio e Janeiro, afetaram também o estado de Rondônia. Acontece que faziam parte do acervo do Museu, espécies de aracnídeos que foram coletados e catalogadas ha mais de 20 anos por expedições realizadas em nosso estado.
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Só para registrar a coincidência: Ontem dia 03, foi o dia do Biólogo e justamente no dia que o segmento festeja seu dia, várias espécies por eles descobertas em expedições as mais diversas, foram destruídas pelo fogo.
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Em entrevista a TV Rondônia o biólogo e pesquisador Flávio Terrassini disse que algumas espécies ainda não foram descritas pela ciência, pois estavam em processo de catalogação.
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Entre as espécies que provavelmente foram consumidas pelo fogo no Museu Nacional estava a “Carios Rondoniensis” que só foram encontradas em cavernas de Porto Velho.
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Enquanto as chamas destruíam o Museu Nacional aqui em Porto Velho – Rondônia fiquei matutando. Como determinadas ações são estranhas.
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Para destruir o Museu Nacional bastou uma faísca para acender o fogo que se transformou num vulcão em erupção, destruindo a História Brasileira guardada no Museu Nacional.
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Se parte da História do Brasil foi consumida pelas chamas na noite de domingo pra segunda, em Rondônia a destruição da História foi ao contrário.
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Aqui nossa História foi literalmente apagada. Apagada quando apagaram o FOGO da caldeira da locomotiva da Madeira Mamoré naquele 10 de agosto de 1972.
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O fogo que fazia o trem trafegar pelos 366 quilômetros da Ferrovia que ligava Porto Velho a Guajará Mirim foi apagado e com ele nossa história.
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Aqui o fogo destruiu o Mercado Municipal em 1966 mais sua história não se apagou, ao contrário despertou a vontade de conhecê-la cada mais.
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Ao apagarem o fogo que fomentava a caldeira da locomotiva da EFMM, apagaram quase toda a nossa história.
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Enquanto o acervo do Museu Nacional dificilmente será recuperado, nosso acervo cultural, representado pela Estrada de Ferro Madeira Mamoré, aguarda a tomada de consciência das nossas autoridades para voltar a funcionar.
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Enquanto faltou água para apagar a chama que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro. Em Porto Velho, lutamos para salvar nosso patrimônio histórica de tanta água que veio com a CHEIA DE 2014.
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No Rio de Janeiro, o prédio do Museu, com certeza, será restaurado porém, a maioria das peças que compunham seu acervo, não poderão ser mais visualizadas.
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Enquanto em Rondônia em especial na capital Porto Velho, as peças das composições que formavam o Trem da Madeira Mamoré só dependem da boa vontade das nossas autoridades para voltarem a trafegar pelos lendários trilhos.
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Nosso Museu (a céu aberto) supera inclusive, o FOGO irresponsável das queimadas que destroem nossa floresta.
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Nosso Museu que já completou um século, só não funciona, porque existe um bocado de gente que vive com a cabeça na fogueira da imbecilidade, discutindo a preservação, que só não é preservada, por culpa delas mesmas.
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Lamentamos o incêndio que destruiu parte da história do Brasil guardada no Museu Nacional
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“Perdemos uma instituição de relevante importância para o desenvolvimento educacional e científico não apenas do Estado do Rio de Janeiro, mas, também do Brasil, da América Latina e do mundo”.
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“”O incêndio queimou conhecimento. As chamas tiraram de todos nós milhares de anos em registros de inestimável valor para a humanidade”. (José Inácio Ramos - Presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie)
CRÍTICA:
Amor de Mãe, sonho possível
de um cinema rondoniense?
Por Humberto Oliveira (*)
O sonho de se fazer cinema em Rondônia ganhou uma nova estrela em sua jovem constelação. Estreou na noite desta sexta-feira, 31, no Cine Veneza, em Porto Velho, a produção cinematográfica genuinamente rondoniense – o curta metragem Amor de mãe -, dirigido pelo ator Anselmo Vasconcelos, um ícone do cinema nacional e também da televisão brasileira, que descobriu Rondônia, se apaixonando por nossas belezas e talentos.
Presente na abertura do evento, o jornalista Domingues Junior foi sábio ao citar o genial diretor japonês Akira Kurosawa, que via os filmes como sonhos. Amor de mãe seria a pedra de toque do sonho possível de uma cinematografia rondoniense? O público presente para as duas sessões do filme confirmam isso.
Baseado numa ideia do jornalista e empresário da comunicação, Paulo Andreoli – que assina o roteiro -, Amor de mãe tem em seu elenco e equipe técnica talentos da terra, como dizem, prata da casa. E pelo que assistimos, eles fizeram bonito para contar uma história com cores regionais, mas com apelo indiscutivelmente universal.
Enchem os olhos as belas paisagens, a fotografia impecável do filme também merece destaque. Quanto ao elenco, com exceção de Anselmo Vasconcelos, todos são amadores, mas deram conta do recado e não comportem o resultado final. A produção se esmerou na parte técnica, caracterizações, cenografia, edição, som, trilha sonora e figurino. Quanto ao roteiro, não podemos deixar de mencionar que foi o primeiro escrito pelo jornalista Paulo Andreoli, ainda um neófito na carpintaria da arte de escrever roteiros.
As cenas que abrem o filme nos remetem a Silvino Santos, português de nascimento, que atravessou o Atlântico e aportou em Belém e depois se radicou em Manaus – onde testemunhou a chegada do cinema no Amazonas, onde trabalhou como fotografo. Uma de suas mais importantes obras chama-se No país da Amazonas (1922), notável documentário de longa metragem, que certamente inspirou a produção das belas imagens aéreas dos rios Amazonas e Madeira, 96 anos depois do pioneirismo do mestre Silvino Santos, o cineasta da Amazônia.
Como articulador deste projeto, vale ressaltar a ousadia e coragem de Andreoli, seu empreendedorismo e espirito de aventura ao agregar tantas pessoas e juntos mergulharem de cabeça na realização de um filme, uma das coisas mais difíceis e complicadas de se fazer, ainda mais em terras de Rondon. Pontos para Andreoli e toda a equipe. Pontos para Anselmo Vasconcelos por acreditar na concretização do projeto.
Nesta noite de estreia, Paulo Andreoli deveria se sentir, pelo menos é o que imagino, como o cineasta François Truff aut na estreia de seu primeiro longa metragem, Os incompreendidos (1959), quando se consagrou como o melhor diretor no Festival de Cinema de Cannes, daquele ano. Assim como o personagem principal, o menino Antoine Doinel é o alter ego de Truffaut, o jornalista Paulo, protagonista da produção rondoniense, é o alter ego do pai da ideia e autor do roteiro, Paulo Andreoli.
(*) O autor é cinéfilo e jornalista
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