Quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015 - 07h09
A escola de samba Asfaltão festejou seus 44 anos de carnaval, realizando na terça feira 17, de carnaval, o “2º Baile a Fantasia”.
O evento aconteceu na famosa “Tenda do Tigre” e reuniu muitos foliões que brincaram ao som de marchinhas e sambas enredos.
O Asfaltão nasceu em 1971 como “bloco de sujo”, quando os funcionários da prefeitura de Porto Velho estavam executando a operação “Tapa Buraco” na avenida dos desfiles e resolveram do jeito que estavam, ou seja, todos melado de asfalto, passar pela frente o palanque oficial assim que a última escola de samba acabou de desfilar, daí pra frente, passou a se apresentar em todos os carnavais, e a cada ano o grupo ia aumentando. Na época concorria na categoria “Bloco de Originalidade”. Depois passou para Bloco de Empolgação, Escola de Samba do segundo grupo até conseguir se classificar como escola de samba do Grupo Especial.
O Asfaltão é o último campeão dos desfiles das escolas de samba de Porto Velho, título conseguido em 2012 último ano que a prefeitura promoveu o desfile.
Parabéns à família Asfaltão pelos 44 anos de carnaval!
Lenha na Fogueira
O carnaval de Porto Velho apesar de ainda acontecer desfile no próximo sábado 21, podemos dizer, foi um dos mais fracos dos últimos anos. Talvez em virtude da falta de maior apoio dos órgãos governamentais, no quesito divulgação.
O que vimos foi pouco folião brincando na pipoca dos blocos enquanto dentro da corda de isolamento, pouco brincavam vestidos com abadá.
No nosso caso tenho quase certeza que a culpa da falta de folião comprando abadá, foi dos órgãos da Defesa Civil, que promoveram e estão promovendo, o maior terrorismo, divulgado praticamente diariamente em tudo quanto é mídia, que o rio Madeira vai voltar a encher, alagando comunidades ribeirinhas e até bairros da cidade de Porto Velho. Coisa que eles sabem, não é verdade.
O folião ressabiado com o carnaval passado, quando comprou abadá e não viu o bloco sair no carnaval tradicional, com certeza ficou com a pulga atrás da orelha.
Por outro lado, com as usinas chegando a fase de acabamento, o número de trabalhadores diminuiu consideravelmente. Tem muita gente desempregada em Porto Velho.
Tanto que em todos os blocos, inclusive na Banda do Vai Quem, o número de vendedores ambulantes era muito grande. Teve gente que transformou o CARRÃO em carrinho de lanche (no caso de venda de bebida)
O interessante foi que a prefeitura através da secretaria afim, não tomou nenhuma providência, no sentido de organizar o posicionamento desses ambulantes. Tinha e muito, ambulante vendendo de churrasquinho no meio da multidão.
A respeito disso, gostei e peço autorização para repercutir parte do artigo publicado pelo jornalista Osmar Silva que até bem pouco tem era o DIRETOR do DECOM do governo estadual. Hoje fora do governo Osmar em seu artigo prova que estávamos certo quando dizíamos que faltava melhor atenção por parte do governo para com o setor da cultura. Acompanhe o que ele publicou:
O nosso Carnaval, outrora referência nesta Região do Norte, esboreou-se, fragmentou-se em pedaços e datas. Saiu dos salões do Ypiranga, do Ferroviário, dos camarotes do Botafogo para a Praça das Caixas d’Água, as pistas das Avenidas Jorge Teixeira e Migrantes e, agora, subsiste no Bairros Areal, Caiari e algumas pequenas manifestações na Jatuarana, na Zona Sul, e agora, na Avenida Mamoré, na Zona Norte. Em datas diferentes. Semana antes do Carnaval, durante a Festa de Momo e na semana após a festa do Rei da Folia.
Não temos mais local apropriado ou destinado para o Carnaval, durante os três dias de festas. Não temos arquibancadas, nem camarotes, nem decoração. NÃO TEMOS MAIS DESFILES DE ESCOLAS DE SAMBA NEM ESTÍMULOS PARA QUE ELAS SUBSISTAM. Esse ano, desfilarão muito após o Carnaval. Desrespeitando a Quaresma e corrompendo a Aleluia.
A Banda do Vai Quem Quer, que era a abertura do Carnaval, virou o próprio Carnaval. Carnaval de um turno do dia num único dia.
Qual papel e finalidade estão reservados ÀS SECRETARIAS DE CULTURA E DE TURISMO DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOS? Carecemos de uma urgente reflexão sobre isso sob pena de não encontrarmos utilidade para existência destes órgãos.
Esse é o desafio. E à falta de respostas, empobrecemos e nos tornamos um povo sem cultura e sem história. E sem isso, não temos identidade. Não merecemos respeito. Perdemos valor. Nada que produzimos ou fazemos vale nada neste mundo comandado, ainda, pelo dólar. Essa é a verdade. Escreveu Osmar Silva,
Nada como um dia atrás do outro. Obrigado amigo Osmar Silva!
Blocos e carnaval alternativo em Porto Velho
Com a nova estrutura organizacional do carnaval de rua de Porto Velho e a ausência de alguns eventos como o desfile do Galo da Meia, Carna Leste e o desfile das escolas de samba, fez com que o folião da capital optasse por brincar no chamados carnavais alternativos.
Entre os que mais se destacaram nesse quesito foram os Carnavais promovidos no Bar do Pernambuco pelo bloco “Concentra mais não desfila”, Bloco “Vem Pra Cá” comandado pelo Beto Cezar em frente ao pernambuco na Calama, Baile carnavalesco do Sesc e o Baile de Mascara promovido pela escola Asfaltão.
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