Sexta-feira, 22 de junho de 2018 - 21h30
O Festival de Parintins vai acontecer no próximo final de semana, ou
seja, nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho, na Ilha Tupinambarana
Amazonas. O evento será transmitido ao vivo pela TV A Critica de Manaus e
TV Cultura para todo o Brasil e Mundo.
Ordem de apresentação
O
boi-bumbá Caprichoso vai abrir e fechar o Festival Folclórico de
Parintins 2018 nas noites dos próximos dia 29 e 1°. O sorteio da ordem
de apresentação da 53ª edição do Festival foi realizado na noite de
Santo Antônio dia 13 último. O evento contou com a presença de
representantes das diretorias dos dois bumbás. Conforme o sorteio o
Garantido abre a segunda e a terceira noite, nos dias 30 de junho e 1º
de julho.
Temas para 2018
O boi Garantido trabalha
este ano com o tema “Auto da Resistência Cultural”. Em 2018, o Garantido
renova seu compromisso com a realização de uma “Brincadeira de São
João” que se constituiu como um espetáculo de resistência pela arte.
O
Conselho de Artes da Baixa do São José afirma que o espetáculo deste
ano vai trazer marcas do passado e do presente do Garantido, porque na
nação encarnada está vivo o sentimento do fundador, Lindolfo Monteverde,
de resistir culturalmente.
O Caprichoso, por sua vez, leva para a
Arena do Bumbódromo o espetáculo “Sabedoria Popular – Uma Revolução
Ancestral”. A proposta do bumbá é levar a atmosfera multicultural da
Amazônia para as três noites do festival, fazendo uma nova viagem com os
protagonistas que aqui estavam e os que aqui chegaram com nova
dramaturgia para uma identidade regional, rica por ser diversa e aberta
ao diálogo universal, afirmando ao mundo que a sabedoria cultural do seu
povo.
Origem
O Festival Folclórico de Parintins
nos moldes como acontece hoje foi criado em 1965, mas os Bois Garantido e
Caprichoso existem desde 1913. Muitas versões falam sobre a origem dos
Bois de Parintins. Estudiosos dizem, porém, que não há histórias
documentadas sobre a fundação de cada Boi, e o que se sabe vem
principalmente da tradição oral. De qualquer maneira, uma coisa é certa :
cada Boi defende ter sido o primeiro a surgir5.
Conta-se que o
Boi Garantido teria sido criado em 1913 por Lindolfo Monteverde. O Boi
Caprichoso teria sido criado logo em seguida pelo parintinense Furtado
Belém e pelos irmãos cearenses Roque e Antônio Cid. No início, os Bois
brincavam nos terreiros e saíam às ruas, o que acarretava inevitáveis
brigas entre os dois. Algumas pessoas, as mais ricas, chegavam a pagar
para que os Bois passassem diante de suas casas. Já o formato atual foi
criado por um grupo de amigos ligado a Juventude Alegre Católica (JAC),
Xisto Pereira, Lucenor Barros e Raimundo Muniz, então presidente da JAC.
Após uma reunião entre eles, surgiu a ideia de reunir esses dois grupos
folclóricos. Naquela época, as brincadeiras estavam com baixa
popularidade, sob pretexto de que os Bois eram para os pobres. A criação
do Festival foi, então, um divisor de águas na história dos Bumbás, que
aos poucos retomaram sua popularidade.
Antigamente, quando as tradições do nosso povo eram mais respeitadas, no dia de hoje 23 de junho, véspera do dia de São João, a cidade “ardia” com tanta fogueira. Os bois bumbás desfilavam pelas ruas, rumo as residências dos chamados “categas” onde se apresentavam, em troca de pagamento de cachê,
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Geralmente os “categas” montavam um arraialzinho e convidavam os mais chegados para apreciar, além das danças folclóricas, as iguarias regionais tipo munguzá, bolo de macaxeira, aluá de milho, quentão, pato no tucupi e vatapá, enquanto a juventude brincava de passar fogueira de compadre e comadre, padrinho e madrinha e até namorado e namorada.
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Os donos da casa contratavam um trio de forró com Sanfona, Zabumba e Triângulo para animar a festa após a apresentação do boi bumbá. Isso acontecia em muitas casas. Como já disse os “categas” mais famosos em promover esse tipo de encontro era: O seringalista Paiva (pai do Chiquito e do Janjão), Pedrinho do Bar do Canto, Teodorino Torquato Dias dono da Casa Saudade, Mourão Paulo e irmãos proprietários do Armazém Tico Tico, Girão José Machado dono da Casa Girão, José Oceano Alves, Tufy Matny isso entre os comerciantes.
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Tinham os “categas” do bairro Caiari que também promoviam seus arraiais e contratavam grupo de bois bumbás para dançar.
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O interessante era a maneira de como essas pessoas, pagavam o cachê do grupo. Era assim: Durante a apresentação do boi bumbá se realizava o ritual do Auto do Boi que consiste no desejo de Catirina em comer a língua do boi e esse desejo é atendido pelo seu marido Pai Francisco (Nego Chico), que mata o boi e depois acusa seu compadre Cazumbá. O Amo do Boi convoca então os vaqueiros e rapazes para prenderem os dois “Nego” Escravos e estes alegam que os “Negos” Véios eram muito valente e então o Amo manda chamar o Diretor (Tuxaua) dos Índios que com seus cabos prende Nego Chico e Cazumbá junto com Catirina e Mãe Maria. Nessas alturas Nego Chico tira a língua do boi e oferece ao dono da casa que a compra por um valor previamente combinado. Assim era pago o cachê do Boi Bumbá naquele tempo.
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Não falei em quadrilha junina, porque as apresentações desses grupos, aconteciam em sua maioria na quadra dos colégios. Naquele tempo a brincadeira mais valorizada era a de Boi Bumbá.
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Hoje os grupos folclóricos, tanto de Boi Bumbá como de Quadrilha, passam por dificuldades para confeccionarem suas indumentárias, para se apresentar no Arraial Flor do Maracujá.
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Ha alguns anos, o governo estadual e o governo municipal não destinam recursos para os grupos investirem em suas apresentações, no Arraial Oficial.
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Aqui temos que abrir um parêntese, para elogiar a atitude dos dirigentes da empresa MARQUISE que desde o ano passado, vêm colaborando com os grupos folclóricos de Porto Velho, destinando recursos para estes adquirirem suas fantasias.
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A MARQUISE segundo seus dirigentes, entende que o investimento em cultura, é fundamental para a preservação da tradição de um povo. Talvez por ser uma empresa nascida em Fortaleza (CE), onde o folclore é valorizado, a Marquise vem colaborando com nossos grupos de Bois e Quadrilhas.
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Segundo a direção da Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia – Federon a Marquise já se comprometeu, a repassar para os grupos folclóricos que irão se apresentar na XXXVII Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás – Arraial Flor do Maracujá o valor de R$ 200 MIL
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Tanto o governador Daniel como o prefeito Hildon estão empenhados em conseguir juntos a outras empresas, mais recursos para nossos grupos folclóricos. Tudo indica que eles vão conseguir.
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E Viva São João!
FOLCLORE
Concurso Casal de Noivo, Rainha Junina e
Rainha da Diversidade de Rondônia
A Associação União Junina Portovelhense – UNAJUP em pareceria com a Federon, vai nrealizar no próximo dia 8 de julho, os Concurso: Casal de Noivo. Rainha Junina e Rainha da Diversidade.
Os grupos de quadrilhas filiados a Unajup já podem solicitar inscrição na sede da Federon na Cidade da Cultura (Parque dos Tanques) com o presidente Delídio.
O Casal de Noivo e a Rainha da Diversidade vencedores do concurso, vai representar Rondônia no Festival Nacional que será realizado no dia 21 de julho no Piauí.
A Rainha Junina eleita representará Rondônia no Festival Nacional que será realizado em Manaus (AM) no dia 26 de julho, ambos sob a coordenação da Confederação Nacional de Quadrilhas – CONFEBRAQ.
Segundo a coordenação da Unajup o evento conta com o apoio da prefeitura de Porto Velho através da Funcultural. Os vencedores além da premiação em troféus e faixa ganham passagem e estadia nos locais das disputadas nacionais. “Nossos representantes sempre que participam do Festival Nacional da Confebraq conseguem boa classificação, inclusive nossas delegações são esperadas com grande expectativa, pois sempre apesentamos novidades espetaculares”, disse Delídio.
Vale salientar que o Concurso Nacional tanto do Casal de Novo, Rainha da Diversidade e Rainha Junina acontecerão antes do início do Arraial Flor do Maracujá em Porto Velho. “Quer dizer que om público vai assistir no Flor do Maracujá, quem sabe, os melhores do Brasil”, confirmou a secretária Mary Cianne.
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