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Silvio Santos

Caçambada Cutuba estreia hoje no Teatro Guaporé + 45ª Edição do Projeto Samba Autoral +


Caçambada Cutuba estreia hoje no Teatro Guaporé + 45ª Edição do Projeto Samba Autoral +  - Gente de Opinião

Lenha na Fogueira

 

O dia 13 de setembro não é apenas aniversário de fundação do Diário da Amazônia, da |Rede Rondônia de Televisão e a implantação do Serviço Social do Comércio – Sesc em Rondônia entre tantas comemorações que festejamos neste dia.

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Na realidade, todos esses eventos tiveram inicio num dia 13 de setembro, para perpetuar a data da criação do Território Federal do Guaporé, cuja Lei foi promulgada pelo então presidente Getúlio Dorneles Vargas no Palácio do Catete na capital federal no Rio de Janeiro no dia 13 de setembro de 1943.

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O primeiro governador do recém-criado Território foi o Coronel Aluízio Pinheiro Ferreira o responsável pela criação do Território ao convencer o Presidente Getúlio Vargas a vir a Porto Velho ainda no ano de 1940 quando Getúlio proferiu a seguinte frase:

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“Em Porto Velho cada soldado é um operário e cada operário um soldado com o objetivo comum de trabalhar pelo engrandecimento da Pátria”.

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Segundo os historiadores a visita do presidente seria apenas de Três Horas, porém, ele gostou tanto da recepção do povo da província, que foi ficando e terminou por passar três dias em Porto Velho.

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Três anos após sua visita a Porto Velho ele convidou o Major Aluízio Pinheiro Ferreira para assumir o cargo de governador da mais nova unidade da Federação o Território Federal do Guaporé.

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A solenidade aconteceu na manhã do dia 13 de setembro de 1943, no Palácio Rio Negro, em Petrópolis.

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A posse de Aluízio ocorreu no dia 24 de novembro de 1943, no Salão Nobre do Ministério do
Interior e Justiça, no Rio de Janeiro, e a solenidade e instalação do cargo foi efetuada em Porto Velho, no Grupo Escolar Barão Solimões, a 24 de janeiro de 1944.

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Pois é daí pra frente começaram as disputas políticas, o negócio pegou de verdade quando em 1950 Joaquim Vicente Rondon rachou com Aluízio e lançou sua candidatura a deputado federal pelo PSP, contra Aluízio Ferreira candidato da posição.

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Depois surgiram as facções Cutuba (Aluizistas) e Pele Curta (Rondonistas e Renatistas). As disputas politicas passaram a ser super acirradas o que em 1962 chegou ao ápice com o episodio que ficou conhecido como “Caçambada Cutuba”.

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Parte dessa história será apresentada na noite desta sexta feira no Teatro Guaporé (19h30), através do documentário “Caçambada Cutuba” produzido pelo jornalista Zola Xavier.

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Vamos lá que a entrada é franca! O Teatro Guaporé fica a rua Tabajara em frente ao SENAC. Nas Pedrinhas.

Caçambada Cutuba estreia hoje no Teatro Guaporé 

Após vários anos, pesquisando sobre o episódio que mudou o resultado do pleito na eleição para deputado federal de 1962, em Rondônia, o jornalista Zola Xavier apresenta na noite desta sexta feira 13 de setembro, as 19h30,  no Teatro Guaporé, o Documentário “Caçambada Cutuba”.

O fato que gerou o Documentário,  aconteceu na noite do dia 26 de setembro do ano de 1962, durante passeata, do candidato Dr. Renato Clímaco Borralho de Medeiros, líder da facção conhecida como Pele Curta, que disputava com o candidato da facção Cutuba Coronel Ênio dos Santos Pinheiro na rua Lauro Sodré no bairro da Olaria

De acordo com vasta pesquisa desenvolvida pelo Zola Xavier da Silveira, na Biblioteca Nacional e depoimentos de pessoas que participaram daquele fatídico comício. “Um veículo tipo caçamba, chapa branca, pertencente à prefeitura municipal de Porto Velho, dirigida pelo motorista Wilson que estava vindo do comício dos Cutubas, no bairro do Areal, foi lançado contra os partidários do então candidato a deputado federal Renato Medeiros. “Os mais velhos dizem que muita gente morreu, mas não se tem até hoje, a contabilidade desses mortos”.

O escritor e colunista Antônio Serpa do Amaral em crônica publicada recentemente sobre o Documentário escreve. “Com certa dose de ironia a atormentar a amnésia dos guaporés, está escrito em latim na capa do que restou dos registros penais do episódio da Caçambada Cutuba que o processo criminal é do tipo Ad Perpetuam Rei Menoriam, isto é, para a perpétua memória do fato. Vale registrar para os anais da história que foi o advogado Fouad  Darwich Zacharias o causídico que arrolou e requereu a inquirição dos guardas territoriais José Faustino de Oliveira, José Rodrigues Maciel e Ladislau Nunes de Araújo, como testemunhas.

Para uma quarta testemunha a depor no processo, o senhor João Marques Vasconcelos, também da Guarda Territorial, o diálogo dele com o motorista da caçamba teria sido o seguinte: “Compadre, você que é chefe de família, como é que foi meter-se numa enrascada dessa?” Então o preso respondeu “aproximadamente com essas palavras: fui mandado para distribuir o pessoal do comício e ao chegar próximo do lugar, quando vi a massa procurei estacionar o carro mas o freio enganchou no acelerador e quanto mais pisava no freio, mais acelerava o carro”. Não  há nos documentos pesquisados nem a peça de interrogatório do motorista da caçamba nem a sentença, condenando ou absolvendo o réu. A justiça rondoniense deve saber explicar o porquê!

 

NOTAS

Para os que acham que a Caçambada Cutuba é um delírio inventado ao sabor do revanchismo histórico, a voz da perpétua memória do fato fala mais alto nos dizeres que um serventuário da justiça deixou escrito na folha de rosto do documento conseguido por Zola Xavier.

 

“Obs: O sr. Wilson de Tal, motorista da Prefeitura Municipal de Porto Velho, investiu com o caminhão contra o povo num comício político. Segundo testemunhas, o criminoso alega ter sido a mando de alguém”.

Tudo isso e muito mais, quem assistir o Documentário, vai ficar sabendo.

SERVIÇO

Documentário – Caçambada Cutuba

Exibição – Hoje as 19h30

Local – Teatro Guaporé a rua Tabajara

Ingresso – Franqueado ao público.

Caçambada Cutuba estreia hoje no Teatro Guaporé + 45ª Edição do Projeto Samba Autoral +  - Gente de Opinião

45ª Edição do Projeto Samba Autoral 

Excepcionalmente a 45ª edição do projeto Samba Autoral, acontecerá amanhã dia 14 de setembro, a partir das 15hs, no tradicional Bar do Calixto.

Se você já conhece, continue prestigiando e valorizando o que nasce e floresce em nossa casa e em nossa cidade.

Se ainda não teve oportunidade de ir ao reduto do samba, agende para conhecer e sentir de pertinho a boa energia, a harmonia e a poesia existente naquele ambiente, fruto da inspiração de poetas e poetisas de Porto Velho.

A comunidade do samba está sempre de braços abertos para receber os amigos e amigas que chegam para somar e prestigiar.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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