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Silvio Santos

Carlos Colla se apresenta no clube Jamari


Considserado um dos melhores compositores brasileiros, Carlos Colla vai se apresentar em Porto Velho no dia 7 de agosto no Clube Jamari. O grande compositor vem à capital rondoniense atendendo convite do cantor e compositor Beto Cezar. O compositor que tem mais de quarenta sucessos gravados pelo Rei Roberto Carlos, esteve em Porto Velho em julho do ano passado, quando se apresentou no Portal das Américas. Na oportunidade, ao tomar conhecimento da obra musical do Beto Cezar se ofereceu para produzir o CD do cantor portovelhense e inclusive, compôs algumas músicas que farão parte do disco.

O show musical que será apresentado no Clube Jamary no dia 7 de agosto, vai contar com o repertório constante no DVD “50 anos de música” lançado em 2009.

Beto Cezar informa aos interessados que o convite/Mesa para quatro pessoas, já está a venda. “Quem quiser é só ligar para 9223-4450”.
Biografia de Carlos Colla

Filho de imigrantes italianos, Carlos Colla, como é conhecido, nasceu em agosto de 1944 em Niterói, no Rio de Janeiro, e hoje vive na capital fluminense. Desde muito jovem, interessou-se por música. Aos 14 anos mudou-se com a família para Teresópolis, região serrana do Rio, onde conheceu e fez amizade com o violonista Alfredo Pessegueiro do Amara.
Durante anos, Carlos Colla custeou os estudos se apresentando nas noites do Rio, até ser convidado por Mauricio Duboc para participar do conjunto musical O Grupo.

Compositor de Roberto Carlos - Foi numa apresentação do conjunto O Grupo no Canecão que Carlos Colla e Roberto Carlos se conheceram. Acompanhado de Maurício Duboc, Colla foi pedir ao Rei uma música e, prontamente, Roberto Carlos respondeu: "tudo bem, desde que vocês façam uma pra mim".

Carlos Colla se entregou ao desafio de corpo e alma e compôs com Maurício as músicas A Namorada e Negra, que Roberto Carlos gravou em 1971. Nascia o compositor e a parceria de grandes sucessos, Colla e Duboc. Desde então, Carlos Colla figura entre os compositores preferidos do Rei, com mais de 40 sucessos gravados por ele.

Em 1977, Roberto Carlos explodia nas rádios com mais uma composição de Carlos Colla, o eterno sucesso Falando Sério. A repercussão foi tamanha que, tempos depois, Falando Sério seria gravada por inúmeros artistas, em vários idiomas.

De advogado, a eterno poeta - Em 1974, Carlos Colla graduou-se bacharel em Direito. Durante dez anos, exerceu brilhantemente a carreira de advogado, mas não abandonou o amor pela música e tampouco a inquietação de compor as canções encomendadas pelo mais importante intérprete brasileiro, Roberto Carlos.

Obra - Carlos Colla emplacou vários sucessos e produziu muitos artistas, dentre os quais, o cantor mexicano Luis Miguel, e a turnê Brasil do grupo musical Menudo, fenômeno porto-riquenho.

Como intérprete, gravou suas composições em dois trabalhos: um LP, pela gravadora Som Livre, e um CD, pela Transcontinental. Em 2009 lançou seu primeiro DVD "50 Anos de Música", pela Diamond, onde comemora seus 50 anos de carreira e seus grandes sucessos.

Até hoje, intérpretes, grupos musicais, bandas e inúmeras duplas sertanejas, gravam canções de Carlos Colla.

Serviço:
O que – Show Carlos Colla
Local: Clube Jamari
Dia: 07.08.2010
Hora: 22h00
Pré Show – Stand Up “Ossos do Orificio” (humor)


 




 

Esta coluna anda fazendo sucesso lá pras banda de além mar.

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Acontece que a artista plástica Rita Queiroz está passando férias em Portugal e inquieta como ela é, resolveu montar uma exposição para mostrar o trabalho que vem sendo executado no seringal Santa Catarina onde está funcionando o Ponto de Cultura Arte e Vida Rio Madeira.

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Direto da terra dos nossos “colonizadores” Rita nos enviou o seguinte e-mail

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Ola amiga ZEKATRACA,

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Estou em Portugal iniciando minhas merecidas férias. Em anexo algumas fotos: no Castelo do primeiro rei de Portugal, exposição de artes em museu e festa folclórica. Tudo muito belo. Estou redescobrindo Portugal, matando a saudade da minha caçula e vou levar muitas novidades. Beijos! Rita.

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Enquanto isso de Pernambuco o Leonildo escreve o seguinte:

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Olá amigo Silvio Santos, um grande abraço. Vi uma foto na net. no teatro de rua. É a Profª Ursula? Foi minha Professa aí em Porto Velho. Um abraço fraterno na querida MESTRE. Leonildo Bezerra/Recife/PE.

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Hoje é o dia dos e-mails (se fosse no tempo do Carlinhos Maracanã seria Cartinha).

Vejam o do Chicão Santos.

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Olá Colaboradores do Amazônia Encena na Rua 2010,

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Estamos construindo o relatório de prestação de contas do Amazônia Encena na Rua de 2010. Todas as etapas do Amazônia Encena na Rua são de suma importância e agora estamos precisando de sua manifestação avaliando, opinando e sugerindo. Solte o verbo! Mande email com sua participação.

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Com sua participação podemos fazer bem melhor em 2011.

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Estamos aguardando sua manifestação.

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Chicão Santos - Produtor do Amazônia Encena na Rua 2010

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Acesse o site www.oimaginarioro.com.br

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Informações: 69 9979 0048

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Tai a oportunidade que você tem para elogiar ou xingar os produtores do Amazônia Encena na Rua.

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Inclusive fomos informados, que alguns “artistas”, andaram criticando os organizadores, por não terem sido selecionados para se apresentar no Festival.

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Aí fui analisar se realmente os desgostosos, tinham razão e descobrir, que nenhum deles tem espetáculo montado.

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Então não tinham como ser convidados e nem tão pouco selecionados

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Ou queriam apenas aparecer, depois que viram à praça lotada todas as noites?

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Se o problema era esse, bastava pendurar uma melancia no pescoço e pregar uma faixa dizendo que aquilo era uma azeitona.

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Bababo mesmo aconteceu no Mercado Cultural quinta feira passada.

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No decorrer do show de seresta que é apresentado toda quinta feira no Mercado Cultura cuja atração maior, é a cantora Fátima Miranda.

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Um funcionário da Fundação Iaripuna, ninguém soube explicar o motivo, porém sabemos que ele é percussionista também.

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Passou a tratar com palavras de baixo galão alguns músicos que se apresentam sem receber cachê.

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O funcionário da Iaripuna bradou pra todo mundo ouvir: “Quem manda aqui sou eu e vocês não tocam mais nesse projeto enquanto eu tiver coordenando”.

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O negócio fedeu a chifre queimado.

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Para encurtar a conversa, quem saiu queimado foi ele o funcionário da Fundação Iaripuna.

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Nem mesmo a responsável pela programação, essa sim a representante oficial da Fundação, entendeu o porquê de tanto nervosismo do cidadão.

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Na realidade, só vamos ficar sabendo se o “cara’ manda mesmo, amanhã, durante mais uma Seresta no Mercado Cultural.

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Por falar em Mercado Cultural.

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O show do Grupo Kizomba realizado sexta feira passada 16, como principal atração do “A Fina Flor do Samba” foi o que levou o maior número de sambistas até hoje ao projeto.

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Era gente saindo pelo ladrão. O Kizomba estava sem se apresentar faz muito tempo e mesmo assim, ainda é o grupo mais querido de Porto Velho.

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Na próxima sexta feira dia 23, o show especial será com o articulador dessa coluna também conhecido como Silvio Santos.

 



 

AMAZÔNIA EM CENA NA RUA

Diversidade na adversidade

Por Adailton Alves (*)

A terceira edição do festival Amazônia em Cena na Rua, realizado pelo grupo O Imaginário, possibilitou-me o contato com a produção teatral e a realidade do norte do país, ainda desconhecida para mim. Dificuldades imensas, como em outras partes do Brasil, mas que fez da praça a ágora do agora, inundando-a com poesia.

Chicão Santos, membro do grupo realizador do evento, vem chamando a atenção para o custo amazônico. Citarei dois exemplos para ilustrar do que se trata: um grupo da região estava indo para apresentar-se no festival, ficava no Estado ao lado de Rondônia, mas teve que viajar até o sudeste para pode chegar ao festival, demorando nove horas. Se houvesse vôos locais chegaria em uma hora no máximo. Um dos atores presentes ao evento relatou que precisou enviar uma correspondência, um simples documento, uma folha de sulfite, desembolsou R$ 40,00, em seu Estado costuma pagar a metade desse valor.

Todas essas dificuldades não é impedimento apenas para os moradores da região, mas para todo o Brasil, já que, assim como os cidadãos locais, os demais brasileiros se vêem impedidos de se deslocar e conhecer melhor aquela região que representa mais da metade do território brasileiro. Pois é isso, a Amazônia legal, devido seus altos custos, tem impedido que muitos brasileiros usufruam mais das delicias e da cultura produzida naquela região.

Para além das dificuldades relatadas, o Amazônia em Cena na Rua se consolida como evento de grande relevância não apenas para a região, mas para todo o Brasil. Além de reunir artistas de todos os Estados da Amazônia legal, estavam presentes fazedores de teatro de rua de outras regiões do Brasil. O festival reuniu ainda pesquisadores em um seminário que discutiu estética, pesquisa, organização política e ensino de teatro. Esse ano mais uma novidade acrescentou-se ao evento: a realização de um festival de dança, também ocorrido na praça.

O Seminário, do qual tive a felicidade de participar, proporcionou aos presentes um debate de alto nível, levantando assuntos diversos que não se esgotaram naquele encontro, mas que, com certeza, abalou algumas verdades. Constatou-se a precariedade material dos fazedores de teatro de rua, bem como a força da rede como organização política, a multiplicidade de problemas em todo o Brasil, nas suas múltiplas realidades. Quem ainda desconhecia tomou contato com a Rede de Teatro da Floresta, que visa organizar, discutir e apresentar o teatro que é feito na região amazônica. Questionou-se que teatro de rua se faz por ali, já que adentram tribos, comunidades ribeirinhas, onde as ruas são trilhas, crateras etc. Numa tentativa de resposta, ainda que não definitiva ou absoluta, mas buscando unificar em um conceito essas multirrealidades, penso que isso que é o teatro de rua: um teatro que está nos espaços abertos, seja uma praça, a beira de um rio, uma trilha ou uma rua propriamente, é isso que o faz marginal (à margem do que é oficial e oficializante), pois ocupa os espaços que não foram pensados para a fruição teatral, entretanto, o artista, teimosamente, cria um espaço de magia e troca de experiências. Ao ocupar esses espaços com teatro, os artistas o re-funcionalizam, impulsionando e instigando quem faz e quem vê a novas possibilidades.

Novas possibilidades de criação e de magia é isso que o teatro de rua nos aponta. Daí sua marginalidade, pois desorganiza organizando, isto é, ao re-funcionalizar o espaço para o qual não foi pensado ele está desorganizando a função primeira, ao mesmo tempo em que organiza uma nova ordem dentro do espetáculo. Como bem afirma Amir Haddad, “não é o mundo que nos organiza, mas é o espetáculo que organiza o mundo.”

Acompanhei apenas dois dias de espetáculos, pois tinha outros compromissos, mas pude constatar essas possibilidades na diversidade dos espetáculos apresentados. Desde o diálogo do palhaço/mestre (Léo Carnevale) de cerimônias do evento que a todos encantava com suas tiradas, ora ácidas, ora picantes; a poesia que invadiu a praça em uma linda noite de luar. Poesia presente não só na Colombina do grupo Será o Benedito?! que bailava no ar com sua lira, mas na poesia que começou tímida, retirada de uma caixinha posta em cena, à poesia que brotou das pessoas que lá assistiam e passaram a ser protagonistas do espetáculo. Ou ainda do bêbado/poeta que ocupou a cena do espetáculo d`Os Tawera criando naquele instante um cordel, que tornou-se poesia pura quando ao finalizar o ator convidou-o a dançar juntamente com o público, naquele momento ocorreu a verdadeira troca de experiências, segundo o conceito de Walter Benjamin, ou, para citar o mestre Amir Haddad novamente, naquele momento fez-se uma bolha em torno de todos nós, marcando-nos aquela experiência. Naquele momento apontou-se para novas possibilidades. Certamente aquele cidadão, o ator e todo o público presente, jamais esquecerão aquele instante de magia. Magia essa proporcionada pelo Amazônia em Cena na Rua. Que venham as próximas edições.

(*) Adailton Alves - Mestrando em Artes e ator do Buraco d`Oráculo

 

Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com  
 
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