Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013 - 05h02
O poder público do estado de Rondônia e município de Porto Velho, numa atitude considerada por alguns, como “excesso” de preciosismo e por outros como falta de sensibilidade e respeito para com os foliões, impediu a realização do “Carnaleste”, na noite de terça feira 12, último dia de carnaval.
Tudo estava correndo na maior tranqüilidade, os DJs tocando músicas que embalavam os foliões que iam chegando à Amador dos Reis local da concentração e desfile dos blocos que integram o Carnaleste, até que um contingente da Cia de Transito chegou e fez de tudo para impedir a saída do corso. Um oficial da corporação militar do estado de Rondônia se dizendo também diretor da Semtran, primeiro exigiu que o responsável por um dos blocos apresentasse a documentação autorizando o desfile, o cidadão dirigente do bloco apresentou apenas o recibo do recolhimento da taxa, argumentando que devido a correria não teve tempo de ir buscar o documento liberando o desfile. Insatisfeito com esse argumento e vendo que realmente a taxa da liberação havia sido recolhida, o oficial então passou a exigir a documentação do Trio Elétrico com o devido aval do Corpo de Bombeiros, esses documentos estavam colados no pára-brisa do veículo. Mais uma vez o policial não se convenceu e então solicitou a CNH, no momento só quem estava presente era o encarregado pela sonorização do Trio, que apresentou sua Carteira de Habilitação que não lhe autorizava a conduzir carreta, mesmo com o técnico informando que ele não era o motorista do trio, o comandante da operação solicitou que um subordinado registrasse o que considerou de “irregularidade”, até que o verdadeiro motorista chegou e ficou tudo esclarecido. Agora nada mais poderia impedir o desfile do Bloco, mesmo assim, o oficial ou aspirante a oficial ainda procurava um motivo, veio o comandante geral da operação e após as explicações apenas da parte oficial, vimos que o comandante acatou as explicações, para não desmoralizar seu comandado junto aos presentes e sugeriu que a música fosse liberada somente até as 21h00 e que o trio permanecesse parado.
Mais de 10 mil pessoas estavam na avenida Amador dos Reis na iminência de brincar carnaval até a meia noite, como vem acontecendo a Sete Anos. “Infelizmente a atual administração municipal ta fazendo de tudo para acabar o carnaval de Porto Velho e o pior, é que discrimina a população da Zona Leste”, disse o organizador do evento Sidney.
História do Carnaleste
O carnaval na Zona Leste começou a ser realizado em 2007 com a apresentação dos blocos “Broto do Açaí” e Bloco Jamaica. Já em 2008 a prefeitura de Porto Velho através da Fundação Iaripuna oficializou o evento, o denominando “CarnaLeste” e então passou a ajudar os blocos, contratando carros de som para puxar cada bloco, assim o Bloco Jamaica, Broto do Açaí., escola de samba Gaviões da Guaporé, Accunerá e outros passaram a desfilar na Amador dos Reis num carnaval que podemos considerar como “pitoresco” e gostoso de se brincar, porque juntava diversos estilos musicais num mesmo local e evento. Marchinhas, reggae, axé, funk, dance e samba enredo, tudo tocando ao mesmo tempo, cada um em seu bloco e todos brincavam na maior harmonia.
A partir do ano de 2010 o Sidney mudou o nome do bloco Broto do Açaí para bloco “Carnaleste” confundindo o CarnaLeste evento coordenado pela Iaripuna, mesmo assim, o evento continuou sendo realizado com grande sucesso. Outros blocos surgiram na região como o Leva Eu, Bloco Cacique, Bonde Axé Folia e outros, só que estes, não fazem parte do “CarnaLeste” apesar de desfilarem na Amador dos Reis, pois cada um optou por desfilar em um dia específico. No Verdadeiro CarnaLeste ficaram apenas o antigo Broto do Açaí e o Jamaica que agora é Carna Reggae.
Vale salientar que o Bloco que agora é conhecido como “Carnaleste” pelo menos este ano, não comercializou abada, assim sendo, não teve como cumprir a exigência firmada no TAC da colocação de grades e banheiros químicos.
Ausência da Coordenação
Em nenhum momento, a Comissão de Carnaval (será que existia) da prefeitura de Porto Velho, marcou presença no CarLeste o que deixou o responsável pela Cia de Trânsito na área, a vontade para agir em assuntos que não lhes diziam respeito, como impedir que o responsável pelo trio ligasse o som. Outra ausência notada foi o da diretoria da Uniblocos, quer dizer, os blocos da Zona Leste ficaram a mercê das decisões de apenas um policial que pelo jeito, detesta ver o povo se divertindo. (Silvio M. Santos).
E a folia do carnaval chegou ao fim. Com isso, segundo o dito popular: “No Brasil, o ano só começa após o carnaval”.
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“Ai quarta feira ingrata, chega tão depressa só pra contrariar...”
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Porém, a “contrariação” chegou muito antes da quarta feira, principalmente para alguns dirigentes de blocos e eventos carnavalescos.
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Na realidade, o último dia de carnaval, não foi nada bom para os coordenadores dos Blocos Arerê & Cia, Urubuzada e principalmente para o CarnaLeste.
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Sobre este último escrevemos alguma coisa aí ao lado. No Arerê & Cia (o bloco que foi puxado pelo melhor trio elétrico na atualidade em Porto Velho o do Wando), o quiprocó veio, segundo seus organizadores, com um erro da Comissão de Carnaval da Prefeitura por parte da Semtran que informou a Policia Militar, que o desfile do Bloco teria que terminar a Uma Hora da madrugada quando o correto era Duas Horas.
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Depois disso, o bloco foi impedido de começar a se deslocar em virtude da falta de autorização para utilização do “Carro de Apoio” dentro do bloco. Esse impasse fez com que o bloco, cujo inicio do desfile estava marcado para as 21h00 só saísse às 23h00.
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Isso depois de muita discussão entre os dirigentes do Arerê & Cia com os policias que estavam cumprindo normas (a maioria sem cabimento), constante do “famigerado” TAC do carnaval.
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Meu amigo Chagas Perez vice presidente da Funcultural, ouviu poucas e boas de um dirigente do Arerê que dizia; “Você é a única autoridade da prefeitura aqui presente, por isso tem poder para chegar com essas pessoas e dizer que o bloco está liberado, você tem que ser homem e tomar uma decisão”. Chagas apenas disse que não podia intervir numa decisão da Cia de Trânsito, que aquilo não tinha a ver com a prefeitura. Até uma senhora se dizendo vereadora em Humaitá (AM), protestou achando que “Isso é abuso de autoridade, sou vereadora e vou tomar as providencias devidas”.
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Na realidade, como já escrevemos na matéria sobre a não realização do CarnaLeste, o TAC assinado por todos os dirigentes dos blocos de trio elétricos de Porto Velho, proporcionou todos os incidentes ocorridos entre os policiais (que apenas cumpriam determinação previamente acordada) e os dirigentes de blocos.
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Acontece que na maioria das vezes, o bom senso prevaleceu, porém em alguns casos, como no CarnaLeste e no Bloco Arerê & Cia houve excesso de preciosismo no cumprimento do dever. Faltou o famoso “Jeitinho brasileiro”.
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Na nossa opinião quem deveria estar a frente dessas ações era a Comissão de Eventos de Grande Porte (ainda existe essa comissão?) e não a diretoria da Funcultural.
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No dia do Bloco Banda dos Imigrantes a Semtran de inicio, impediu a saída do bloco por falta das famigeradas grades. Quem resolveu o problema foi a Presidente da Funculural Jória Lima.
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Como a equipe da Funcultural é pequena, não pode estar em todos os eventos. Foi o caso do CarnaLeste onde só a Cia de Trânsito marcou presença e como já dissemos, por excesso de preciosismo, não deixou o desfile e nem o carnaval daquela Zona da cidade acontecer.
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É necessário que se crie uma Comissão de Carnaval com bastante integrantes e que no inicio do desfile de cada bloco, essa comissão se faça presente, para que fatos lamentáveis como os da Zona Leste e do Bloco Arerê sejam resolvidos com antecedência e não na hora do bloco começar a desfilar.
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Já o Bloco Urubuzada quase não desfila porque, segundo seu presidente Domingos a Uniblocos não colocou o nome do bloco como beneficiário na utilização de Trio Elétrico por conta da emenda parlamentar cujo convenio foi firmado com a Secel.
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“O Mourão não atende telefone e nós estamos aqui sem saber o que fazer. A Bá (dona do trio), só libera o trio se tiver a anuência da Uniblocos”, dizia o desesperado presidente do Urubuzada.
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Foi então que a secretária da Secel Mara Alves foi acionada e compareceu ao local da concentração e autorizou a empresa proprietário do trio Predador a puxar o bloco dos “Framenguistas”. Quer dizer, a Urubuzada só brincou carnaval graças a intervenção de uma VASCAINA.
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Depois de tantos entreveros, o ultimo dia de carnaval em Porto Velho conseguiu colocar nas ruas do centro histórico de Porto Velho, uma legião de foliões brincando carnaval até as primeiras horas da quarta feira de cinzas.
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O pessoal da Funcultural deve estar comentando: Ufa graças a Deus terminou o carnaval!
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Porém, nem só de problemas viveu o carnaval de Porto Velho. Alguns eventos são dignos dos melhores elogios entre eles a BATALHA DE CONFETE que aconteceu no Mercado Cultural com o apoio irrestrito da prefeitura através da Funcultural. Esse merece ficar no calendário de eventos da cidade. Amanhã tem muito mais!
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