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Gente de Opinião

Silvio Santos

Centenário da cidade de Porto Velho


Plagiando Paulo Queiroz – CENTENÁRIO FAJUTO e Antônio Cândido - O (NÃO) CENTENÁRIO DE PORTO VELHO.
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E ao mesmo tempo, colocando mais dúvidas sobre a verdadeira data do surgimento da cidade de Porto Velho.
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Se é para polemizar o negócio.
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Nem Antônio Cândido, nem professora Yedda. Nem os Matias da vida e nem mesmo os que se dizem historiadores e catedráticos da Unir estão contando a história correta sobre o surgimento da cidade de Porto Velho.
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Os próprios estudiosos do assunto se contradizem ao divulgarem suas teses ou opiniões a respeito da data correta do surgimento da nossa cidade capital.
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Tudo começa com uma outra polêmica.
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A da origem do nome da cidade.
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Que tem várias versões...
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Uns dizem que o nome se deu em função de um antigo agricultor que morava nas proximidades do local, chamado "Velho Pimentel", o qual tinha um pequeno porto onde as embarcações que se destinavam à Vila de Santo Antônio atracavam, para se abastecerem de lenha. Era o "Porto do Velho", e, portanto, mais tarde "Porto Velho".
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Outros afirmam que a origem vem da existência de um ponto de apoio estratégico deixado pelo Exército brasileiro durante a Guerra do Paraguai, quando essa fronteira se encontrava desguarnecida. A guerra acabou e o ponto logístico ficou, restando apenas a denominação "Porto Velho".
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Aí vem os Hugo Ferreiras da vida e afirmam que um trabalhador da Madeira-Mamoré lhe escreveu, descrevendo a solenidade que marcou o assentamento do último trilho da construção da Ferrovia em agosto de 1912 e nesse mesmo relato a fala de um Prego de Prata que foi pregado nas proximidades do SNM, hoje Enaro no dia 4 de julho de 1907 dando início à construção da estrada de ferro e, em conseqüência a fundação da cidade de Porto Velho.
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Viu aí como todos estão equivocados sobre a verdadeira data da fundação da cidade de Porto Velho!
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Mesmo se a solenidade do pregamento do PREGO DE PRATA tivesse ocorrido no dia 4 de julho de 1907, não quer dizer que a localidade passou a existir a partir daquele momento.
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Se pregaram um prego de prata, de latão, alumínio ou seja lá que material, foi porque aqui já existia uma localidade e se existia já morava alguém nela.
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Então, não foram os americanos da Madeira-Mamoré que aqui chegaram e criaram a cidade.
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Eles podem ter ampliado o que encontraram.
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Ampliaram construindo oficinas, galpões, casas e outras construções que, fizeram com que a colocação que segundo se sabe era habitada por lenhadores.
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Desde quando os lenhadores habitavam esse pedaço de terra às margens do rio Madeira, sete quilômetros abaixo da cachoeira de Santo Antônio que na época era chada de 1ª Cachoeira.
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Acho que mesmo antes da guerra do Paraguai alguém já morava por aqui.
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Vamos “viajar” na imaginação!
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Quando da primeira tentativa da construção da Madeira-Mamoré.
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Lá em Santo Antônio, aonde era que se conseguiam as caças que forneciam o alimento dos trabalhadores.
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Não era no “Ponto Velho” das caçadas.
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E esse “Ponto Velho” não ficava onde hoje é a nossa Porto Velho?
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Para encurtar a conversa, vamos ficar com a tese dos que defendem que a origem do nome da cidade vem do Porto Velho dos Militares.
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Esse Porto existiu durante a Guerra do Paraguai.
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A Guerra do Paraguai aconteceu entre 1864 e 1870.
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Então meus queridos e supostos “historiadores” ou “estoriadores”...
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Temos que pesquisar a data correta da criação desse posto avançado do Exército Brasileiro.
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Essa então, passará a ser a verdadeira data de fundação da cidade de Porto Velho.
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Se o Exército Brasileiro montou acampamento por essas bandas, teve que construir alojamentos para soldados, cabos, sargentos e oficiais.
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Se eles encostaram seus batelões, suas canoas ou botes por aqui, foi porque encontraram um ponto de atracação já pronto.
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O que quer dizer que, aqui alguém já morava muito antes da Guerra ou da chegada dos militares.
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Porém, vamos ficar com o Porto dos Militares.
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E se o Exército construiu casas ou galpões, caracterizou a formação de uma localidade.
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Que pode até ter sido conhecida como “Porto dos Militares”.
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Quando a turma do Farquar decidiu começar a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, sete quilômetros abaixo da cachoeira de Santo Antônio já encontraram a localidade em plena atividade.
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Ali estavam morando e trabalhando alguns lenhadores.
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Que abasteciam de lenha os vapores que transportavam mercadorias que iam para a Bolívia ou de lá vinham.
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Então, porque estamos querendo que Porto Velho tenha nascido no século XX quando na realidade já existia desde meados da década de sessenta do século XIX?
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Porto Velho, na minha humilde opinião, nasceu entre os anos de 1864 e 1870.
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Então, Porto Velho está para completar 150 anos.
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Para ser mais preciso está entre os 143 e 147 anos de idade.
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Atenção Júlio Yriarte.
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Vamos repensar o Seminário sobre a data da fundação da cidade de Porto Velho.
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Vamos deixar de focar o início do século XX e partir para o final do século XIX.
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Aliás, 46 anos antes do final do século XIX (1864).
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São Carlos do Madeira ou será do Jamari é muito mais velha que Porto Velho.
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Assim como qualquer localidade do baixo Madeira.
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Samuel (a cachoeira) já existia como localidade desenvolvida muito antes de Porto Velho.
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Enquanto que Porto Velho era apenas um ponto de apoio das embarcações que subiam ou desciam de Santo Antônio.
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Citei São Carlos e Samuel, porque as cidades à margem dos rios da amazônia que não são municípios, são chamadas de localidades ou porto.
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Então, é quase certo que a localidade de Porto Velho já existia muito antes da Madeira-Mamoré resolver começar a construção da estrada de ferro por aqui.
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Vamos discutir esse lado da história
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E deixar de frescura.
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Aliás, agora vamos deixar essa discussão de lado e partir para o que realmente interessa.
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Simone Norberto está divulgando a seguinte matéria:
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Um ano após o lançamento de Isca Arisca, CD gravado pelo projeto Quinta Cultural do Basa, o músico e poeta Binho, sobe aos palcos para mostrar ao público de Porto Velho o show “Depois das Chuvas”, que estréia no dia 13 de julho, no Teatro Um do Sesc, inaugurando o projeto Sesta Cultural.
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Trata-se de um espetáculo que mistura música, poesia, intervenções de artes plásticas e vídeo, costurados com a sensibilidade e inventividade do artista.
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“São composições e poemas desde o lendário movimento Grito de Cantadores, na década de 80, até canções inéditas, ainda não apresentadas ao público”, explica Binho, ao comentar o repertório do show.
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O artista construiu uma trajetória musical sólida, apesar de ter gravado o primeiro CD solo só no ano passado.
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Antes fez participação em gravações coletivas como “Porto das Esperanças” e “Amazônia em Canto”, discos de grande sucesso, sobretudo pela participação na trilha do vídeo de Beto Bertagna.
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“Descendo o Madeira” e “Lavadeiras” são canções dessa época. Já “Baião a dois” e “Rapbumbaião” são hits de Isca Arisca.
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A carreira de Binho como músico sempre esteve aliada à poesia – ele é professor de literatura na Universidade Federal de Rondônia e teve um de seus livros “Arabescos Aéreos” indicado como obra de dois vestibulares da Unir – por isso não deixa de acrescentar nas apresentações a performance de poemas.
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Versos como “Nem vem que não tem”, do poema eXtação, são trabalhados de forma original, com a participação do público.
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Além de recitar, com jeito bem próprio, Binho também vai mostrar uma música feita para o poema “Canção de barco e de ouvido”, do poeta gaúcho Mário Quintana.
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Outra “apropriação” consentida é “Mera Lenda”, de Rinaldo Santos compositor e vocalista da banda Soda Acústica, um dos convidados de “Depois das Chuvas”.
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Ceiça Farias, intérprete que no momento grava três canções de Binho em seu CD, é outra participação especial.
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Obras de artistas plásticos locais, Júlio Carvalho, Flávio Dutka e Joesér Alvarez, além do fotógrafo Mário Venere, serão projetadas em vinhetas durante o show.
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Para acompanhar o artista, músicos de reconhecida competência como Remis Michel (flautas, ritmos e efeitos percussivos) e Ronald Vasconcelos (cavaquinho, guitarra e violão).
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Tudo isso no dia 13 às 20h30 no Teatro Um do Sesc Esplanada.

Fonte: zekatraca@diariodaamazonia.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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