Domingo, 23 de junho de 2013 - 06h33
Foi aberta na noite da última sexta feira 21, a III Conferencia Municipal de Cultura, cujo tema geral é: “Uma política de estado para a cultura – Desafio do Sistema Municipal de Cultura”.
Com as dependências do Teatro Banzeiras parcialmente lotadas. “Cadastramos 200 pessoas na noite de hoje”, disse a presidente da Funcultural Jória Lima, a cerimônia de abertura do evento começou com a formação da mesa, onde tomaram acento. o representante da sociedade civil Judilson Dias, Gerente de Cultura da Secel professora Nazaré Silva, historiadora Yedda Bozarcov, deputada estadual Epifânia Barbosa, presidente da Funcultural Jória Lima, vereador Leo Moraes, vereador Everaldo Fogaça e o representante da Setorial da Cultura Popular e Folclore Silvio Santos.
Após os discursos de praxe, foi apresentado em slides o Regimento Interno da Conferencia e a programação que acontece até este domingo 23, durante o dia, no Instituto de Educação Carmela Dutra, onde os grupos de trabalho estarão discutindo os quatro eixos temáticos e seus sub eixos.
O show cultural ficou a cargo do grupo de dança de toada de Boi Bumbá Yaporanga cuja apresentação foi aplaudida de pé pelos presentes.
Hoje 23, como consta da programação, as 17h00 acontecerão à apresentação das propostas para formação do relatório final, aprovação de documentos e escolha dos delegados para a Conferencia Estadual.
O encerramento da III Conferencia Municipal de Cultura, começa as 19h00 deste domingo no Teatro Banzeiros, com a entrega simbólica do Documento ao Legislativo e Executivo Municipal com proposta de forma de financiamento e outros. Escolha da Comissão que vai elaborar o documento final do Plano Municipal de Cultura, posse dos Conselheiros e avaliação final. As 20h00 espetáculo de Teatro “Lete”.
“Chegou a hora de passar fogueira, de dançar quadrilha e brincar boi bumbá...”
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...No tempo que televisão era só para rico, quando nem se sonhava com a Internet e principalmente com as chamadas redes sociais, as festas juninas, principalmente na véspera e dia de São João, as fogueiras e os rojões pipocavam pelos quatro cantos da cidade de Porto Velho.
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Até meados da década de 1980, a brincadeira mais popular nas festas juninas era a dança do boi bumbá.
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Os comerciantes e os empresários mais abastados, contratavam grupos de bois bumbás para dançar em frente suas residências.
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Naquele tempo, praticamente todas as casas de Porto Velho tinha quintal e ali se acendia a fogueira e convidava o boi bumbá para se apresentar.
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Já nos arraiais dos clubes sociais como Ypiranga, Bancrévea, Guaporé, Danúbio Azul e Imperial quem se apresentava, eram os grupos de quadrilhas, formados em sua maioria com os sócios presentes à festa.
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Na década de 1960 o proprietário do Serviço de Alto Falante “A Voz da Cidade” senhor Fuad Nagib em parceria com o radialista e sócio Humberto Amorim realizava na avenida Sete de Setembro o Festival Folclórico com a participação apenas dos grupos de bois bumbas.
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Os grandes rivais entre os bumbas era o Flor do Campo de Luiz Amaral e o Corre Campo do Galego. Se apresentavam também os bois Garantido, Fortaleza, Pai do Campo, Brilhamante, Rei do Campo e Malhadinho.
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Tinha uma tradição, todos os bois antes desse festival, se apresentavam em frente a casa do Governador (hoje Memorial Jorge Teixeira).
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O amo do boi bumbá Flor do Campo Augusto Queixada certa vez cantou em frente a casa do governador os versos em ritmo de toada:
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“Eu queria essa beleza, pra ser um homem educado! Eu queria dar um viva ao governador do estado”.
Quando o Brasil foi Tri Campeão do Mundo a toada foi:
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“Brasil tri campeão do mundo, Brasil no futebol é o melhor, assim acontece em Rondônia, no festival boi Flor do Campo é o maior”.
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Veja que ele usa o termo “estado”, mesmo sendo Rondônia ainda Território Federal.
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O grande festival de dança de quadrilha acontecia nas quadras dos colégios.
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O mais famoso arraial entre os colégios que naquele tempo eram chamados de “Grupo Escolar”, era o do Grupo Escolar Barão do Solimões.
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Na década de 1970 a brincadeira de boi bumbá em virtude de muitas brigas entres integrantes de grupos rivais, foi proibida, ficando apenas o bumbá “Malhadinho” que ensaiava na rua Princesa Isabel com a Joaquim Nabuco no bairro Tucumanzal.
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Foi justamente com a intenção de se resgatar a brincadeira de boi bumbá em Porto Velho que em 1982, a equipe de cultura da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo - SECET resolveu realizar na quadra do colégio Rio Branco a 1ª Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Estado de Rondônia.
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Entre outros grupos de bumbas a turma conseguiu resgatar o Flor do Campo, Fortaleza além do Malhadinho e se não estou enganado o Pai ou Rei do Campo.
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Bom! O que queríamos mesmo era lembrar o tempo que se acendia fogueira na noite de São João. Onde se assava milho e banana comprida, se passava fogueira e se comia bolo de macaxeira com aluá e degustava um saboroso mungunzá.
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Hoje nem mesmo o Flor do Maracujá acontece no mês de junho
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“Saí correndo para a beira da fogueira, ver meu rosto na bacia, água se derramou...”.
A poética & a cena em discussão no Tapiri
Aproveitando os festejos juninos e o aniversário de 50 anos do ator, diretor e produtor cultural Chicão Santos, o grupo O Imaginário montou uma programação repleta de atividades culturais em sua sede, o Tapiri, e também na Arena Madeira Mamoré.
Neste domingo (23) o Tapiri recebe o espetáculo Tabule: Uma Tragicomédia Árabe, da Cia. Peripécias, com participação de Thallisson Lopes. Zahara, vivida pelo ator Junior Lopes, é a protagonista, que desde cedo reconhece todo o preconceito e desigualdade que existe em ser mulher e deseja ativamente que essa injustiça seja corrigida. Durante o velório do marido Salim, Zahara conta aos seus convidados a sua trajetória cheia de momentos alegres e tristes, enquanto serve o seu saboroso tabule.
Recém saída de uma temporada na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a peça Lete, da Beradeira Companhia de Teatro tem direção de Rodrigo Vrech também fará parte da programação na segunda-feira (24).
Quarta-feira (26), o aniversário de Chicão Santos será comemorado com uma apresentação da peça A Ferrovia dos Invisíveis - Narrativas do Outro Lado, que estreou ano passado durante o V Festival Amazônia Encena na Rua e já esteve em temporada na Praça das Caixas D’água.
Compõe ainda a programação uma conversa com diretores cênicos de Porto Velho, na quinta (27), a partir das 20h no Tapiri.
Encerrando a semana cultural, no sábado (29), O Imaginário realiza o II Tapiri na Roça, festa junina em comemoração a São Pedro, com comidas típicas, fogueiras e quadrilha, a partir das 18h. Toda a programação tem entrada franca.
Vale ressaltar que Chicão é diretor do Grupo O Imaginário e produtor do Festival Amazônia Encena na Rua, cuja sexta edição acontece este ano, de 23 a 28 de julho.
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