Domingo, 16 de junho de 2013 - 07h48
Neste domingo 16, o município de Costa Marques cidade conhecida como “Princesinha do Vale do Guaporé”, completa 32 anos de emancipação. Atualmente administrado pelo prefeito Francisco Gonçalves Neto, o Chico Território o município espera dentro em breve, se transformar em pólo turístico referencia do estado de Rondônia. A festa de aniversário contou com várias atividades políticas e culturais.
O professor Carlos costamarquense apaixonado, foi em busca da história da cidade localizada no Vale do Guaporé que publicamos abaixo, numa homenagem especial do Diário da Amazônia aos costamarquenses:
COMO FERTILIZOU.
Não fui tão amigo de Luiz Ehrich de Menezes, mas o conheci bem e, várias vezes, por admirar sua inteligência e sapiência, conversamos e dele absorvi informações que me internalizaram eterno amor por esse lugar. Para eu sair daqui é só uma questão de tempo, o tempo de o Guaporé secar e a Serra mudar.
Do cabedal do citado e saudoso pioneiro, suscito reminiscências ao dizer que a origem de Costa Marques remonta o século XVIII, com o pequeno vilarejo de Santa Fé localizado a 5 km de Costa Marques, formado por um pequeno grupo de escravos fugitivos que trabalharam na construção do Forte Príncipe da Beira entre 1776 a 1783. Convém ressaltar que os governos coloniais preocupados com a extração do ouro e com a guarda fronteiriça, trouxeram para a nossa região consideráveis contingentes de negros para trabalhar em construções públicas como o Forte Príncipe da Beira e a cidade de Vila Bela de Santíssima Trindade, a primeira capital do Mato Grosso.
No século XIX os governos coloniais empobrecidos pela escassez do metal precioso, abandonaram a região deixando para trás seus escravos, os quais se reordenaram em diversos espaços como Pedras Negras, Santo Antônio, Santa Fé, Forte Príncipe e Comunidade Jesus, mantendo a cultura de suas matrizes quilombolas desmanteladas de quilombos como Quariterê, Mutuca, Joaquim Teles e Piolho. Tratando-se de Santa Fé, como disse, a comunidade se formou de Negros fugitivos trabalhadores da construção da fortaleza do Forte Príncipe e se agregaram a uma empresa peruana que comercializava o látex. Com isso, Santa Fé passa a ser um vilarejo, ponto de encontro de caucheiros.
FRACISCO CHIANCA FECUNDA O EMBRIÃO
Em 1900 o látex tem notoriedade no mundo. O Vale do Guaporé Nessa época, era um riquíssimo celeiro com seus inúmeros seringais. Em 1905, Francisco Chianca se estabelece na jusante do Rio São Domingos com o Rio Guaporé, onde hoje está localizada a bomba injetora de água da CAERD e passou a trabalhar com os seus agregados ribeirinhos brasileiros e bolivianos, na extração de lenha para o abastecimento das embarcações a vapor que trafegavam pelo Rio Guaporé de Guajará-Mirim a Vila Bela. Estava assim formado o vilarejo que o senhor Chianca chamou de Porto São Domingos, o porto precursor de Costa Marques.
No dia 20 de janeiro de 1906, Chianca hospedou em seu tapiri, o coletor de impostos, engenheiro e ilustre político mato-grossense Manoel Esperidião da Costa Marques, dotado de singular cultura e carisma, cativando, sobremaneira, Chianca. Contou-me Luiz Menezes que Chianca tratou de Esperidião por ter este enfermado de malária. Após a partida de Esperidião, O anfitrião impressionado com a cultura do visitante trocou o nome do lugar que antes era Porto São Domingos, para Porto Costa Marques, em homenagem ao seu ilustre hospede. Homenagem esta que levou a instituição do nome a este município. Em razão da data da chegada ao porto, no dia 20 de janeiro, o então Monsenhor Francisco Xavier Rey escolheu o Santo do dia, São Sebastião, como o padroeiro do lugar.
O EMBRIÃO SE DESENVOLVE
Quando da hospedagem do Senhor Manoel Esperidião da Costa Marques no tapiri de Chianca, este fez um pedido especial a Esperidião, que mandasse para cá um professor para ensinar as quase 50 crianças entre 6 a 12 anos que não estudavam. Em Santa Fé, as filhas do senhor Miguel dos Anjos – Angelina e Lídia ensinavam às crianças de lá, o que por esforços próprios conseguiram aprender. No fim de 1906, chegou ao Porto Costa Marques o professor Boaventura que ensinou neste lugar até 1924.
Com a criação da escola do professor Boaventura, embrião da atual EEEF Gomes Carneiro, a maioria das famílias de Santa Fé mudou-se para o Porto Costa Marques a fim de que seus filhos estudassem. Assim, o vilarejo dava os primeiros sinais de crescimento. A extração da goma elástica fez florescer comercialmente o Vale do Guaporé e se estabeleceram em Guajará-mirim e Costa Marques os gregos Suriadakis, Russelakis, e Demétrio Mellas; os libaneses, sírios e turcos Hassib Cury, Massud Jorge, Abraham Ibañes, entre outros. Os casarões que teimosamente estão de pé à margem do Rio Guaporé testemunham tais figuras e esses momentos idos de prosperidade trazidos pelo látex à Costa Marques que continuou seguindo seu percurso de crescimento como distrito de Guajará-Mirim.
A CRIANÇA NASCE, CRESCE E AMADURECE
No dia 16 de junho de 1981, através da Lei Federal nº 6.921, sancionada pelo então Presidente João Baptista Figueiredo, Costa Marques torna-se município emancipando-se de Guajará-mirim. Até que houvesse eleição, já que vivíamos o período de ditadura militar, foi nomeado como prefeito tampão, o senhor Mário Jorge Duarte de Queiroz.A instalação do município se deu no dia 1º de fevereiro de 1983, concomitantemente com a posse dos primeiros vereadores eleitos no dia 15 de novembro de l982, entre eles, Luiz Ehrich de Menezes que assumiu a presidência do novel parlamento e Paulo Carrate Filho assumiu a vice- presidência.
No dia 31 de agosto de 1983 teve eleição para prefeito sendo eleito o senhor Ruy Rodrigues de Almeida que tomou posse no dia 10 de outubro do mesmo ano. Em função da vacância no parlamento deixada pelo senhor Ruy Rodrigues de Almeida, um dos eleitos vereador da primeira legislatura que agora assume como chefe do executivo, assume a vereança a suplente Neuza Mendes Cortez e na vaga deixada pelo vereador Francisco Justino Holanda por ter sido nomeado pelo novel prefeito como Administrador Distrital, assumiu o suplente Tadeu de Souza Silva.
Estamos nos primeiros meses do 9º mandato e pelo executivo municipal de Costa Marques passaram os seguintes prefeitos: Rui Rodrigues de Almeida de 1984 – 1988; Sebastião Teixeira de 1989 – 1992; Antônio Cassimiro da Silva de 1993, no terceiro ano o mandato do Sr. Antônio Cassimiro foi interrompido por sua renúncia e o interventor José Luiz governou até 1996; Élio Machado de Assis de 1997 – 2000; Raymundo Mesquita Muniz de 2001-2004; Élio Machado de Assis volta a governar de 2004-2008; Jacqueline Ferreira Góis de 2009-2012; Francisco Gonçalves Neto, o Chico Território, tomou posse no dia 1º de janeiro de 2013. O Chico Território também foi vereador ininterrupto da 2º e 3º legislatura - de 1989 a 1996 e foi vice-prefeito de 2001 a 2004.
No dia 07 de outubro de 2013, às 18 horas, soou a certeza da vitória da dupla Chico Território e Maricélia. Sua majestade o eleitor escolheu e a vontade do povo é soberana. Tem que ser respeitada.
CONCLUSÃO.
Costa Marques dista da Capital Porto Velho 756 km, faz fronteira com a Bolívia e com os municípios de Guajará-mirim, Seringueiras, e São Francisco do Guaporé. O Vale do Guaporé é riquíssimo em belezas naturais. O seu corredor se estende de Porto Velho a Costa Marques e foi estabelecido como um dos pólos ecoturístico da Amazônia culminando com a beleza deste Paraíso pela exuberância de sua fauna, flora, dunas, lagos, rio, cultura e singular espírito hospitaleiro de sua gente. O autor do hino de Costa Marques numa inspiração divina decantou que Costa Marques é o “Lugar onde Deus reuniu as belezas do mundo”.
Prof. Carlos (costamarquense apaixonado).
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