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Silvio Santos

Diário da Amazônia e o Duelo na Fronteira


Lenha na FogueiraDiário da Amazônia e o Duelo na Fronteira - Gente de Opinião

A violência que toma conta do estado de Rondônia, chegou com força total ao Duelo na Fronteira na noite da última quarta feira, quando um marginal assassinou friamente o tecladista da banda do boi bumbá Flor do Campo o tecladista Márcio Menacho.

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O pior disso tudo, é que o assassino o máximo que pode ficar preso, é por três anos, pois trata-se de um menor de idade. Menor para matar, menor para ser tolerado pelos “Direitos Humanos”. Matou um pai de família muito considerado na cidade Pérola do Mamoré. Matou um professor que tinha como meta ensinar, educar os jovens.

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E mais o crime ocorreu justamente num momento nada propício para a cidade de Gaujará Mirim e seu maior evento cultural e turistico que é o Duelo Na Fronteira. Já não bastasse o MP ter proibido os grupos folclóricos de receber qualquer ajuda do governo estadual.

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Já não bastasse a empresa responsável pela realização do Festival em 2015, não ter apresentado a prestação de contas do arrecadado nas bilheterias do bumbódromo.

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Já não bastasse o MP também ter impedido a Associação dos Filhos e Amigos de Guajará de entregar o material adquirido de empresas especializadas em São Paulo com a emenda do deputado Dr. Neidson repassada pelo governo do estado via Sejucel.

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Ainda vem um marginal, e mata o Márcio da Paz Menacho, Márcio que até no sobrenome pregava a Paz.

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É como diz o dito popular: “Só o Duelo na Fronteira estando Cag... de Arara Baiana” com tanta zebra acontecendo”.

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Tava tudo certinho. Os bois iriam dar uma “banana” aos que tentaram atrapalhar suas apresentações ou a realização do Duelo na Fronteira. Trabalharam dobrado para mostrar a capacidade de criação dos artistas guajaramirenses e aí acontece uma tragédia dessas. É pra revoltar qualquer ser humano, por mais pacato que seja.

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Márcio estava chegando em casa, para logo sair para o ensaio geral da apresentação da segunda noite do Flor do Campo.

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É assim que acontece nesse estilo de festival. Cada noite é uma apresentação. Jamais um grupo de boi apresenta o mesmo ritual. Cada apresentação é um ritual.

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Tudo já estava praticamente montado na quadra do Colégio Almirante Tamandaré para o ensaio geral da apresentação da noite de domingo, quando chega a notícia que o Márcio acabara ser assassinado por um moleque.

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O moleque o matou para ficar com a motocicleta e mais, Márcio caiu morto praticamente na sala de sua residência, com sua esposa e filho assistindo tudo, enquanto o marginal se apossava da moto e fugia.

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Ainda bem que a polícia foi rápida e logo prendeu o meliante e recuperou a moto, assim como encontrou a arma do crime. Quem vê a foto do marginal preso. vê que ele não tá nem aí. Pra ele, matar é coisa normal.

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Ainda bem que esse crime foi logo desvendado, porque o outro, aquele que mataram o presidente do Flor do Campo se não me engano em 2012, até agora ninguém conseguiu saber quem foi realmente o assassino ou o mandante.

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Dessa vez a polícia agiu rápido e localizou e prendeu o assassino do Márcio. Prendeu mais não devolveu a alegria do Festival.

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É isso mesmo, hoje com certeza a apresentação do Flor do Campo não será feita com a alegria costumeira. Muita gente vai chorar a falta dos acordes executados durante a apresentação do Flor do Campo.

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Hoje a Banda do Flor do Campo não vai tocar. Toda a apresentação será através das músicas do boi, gravadas em CD.

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Vamos continuar duelando contra a violência que assola nosso estado e que irresponsavelmente, está afetando diretamente o 20° Duelo na Fronteira!




Diário da Amazônia
e o Duelo na Fronteira

Diário da Amazônia e o Duelo na Fronteira - Gente de Opinião

O jornal Diário da Amazônia através da coluna do Zekatraca, é o único meio de comunicação do estado de Rondônia, que cobre o Festival Duelo na Fronteira, desde quando começaram as disputas entre os bois Malhadinho e Flor do Campo no ano de 1997.

No início a sigla do festival era “Fefopem” que quer dizer, Festival Folclórico Pérola do Mamoré, nome sugerido pelo seu verdadeiro criador Adécio Mendes à época, presidente da União Municipal de Associações de Moradores – UMAN com o apoio da Unir e da Funcetur. Seu Adécio esteve em Parintins assistindo a disputa entre os bois Garantido e Capricho e ao retornar a Guajará, convocou os presidentes dos bois Flor do Campo professora Georgina e Malhadinho Leonilson Souza e fez a proposta de transformar a apresentação dos bumbás da Pérola do Mamoré no estilo Parintins.

Durante os três primeiros anos da festa, não aconteceu disputa, era apenas uma Mostra do que poderia ser o futuro Festival.

Em 1997 aconteceu realmente a primeira disputa entre os bois Flor do Campo e Malhadinho, quer dizer, o primeiro “Duelo na Fronteira”. A arena foi montada na quadra da AABB que ficava em frente a sede da UMAN.

As alegorias dos dois bois foram confeccionadas pelo seu Adécio na carpintaria existente na UMAN.

Quem ganhou maior número de títulos

Até o ano 2012 a disputa estava empatada. Com cada grupo detentor 8 títulos. Nos anos de 2013 o festival não aconteceu e em 2014 foi apenas Mostra, a disputa voltou a acontecer de verdade em 2015, quando o Flor do Camoo numa virada sensacional, venceu o Malhadinho na segunda noite de sua apresentação, ficando com 9° títulos do Duelo na Fronteira enquanto o contrário Malhadinho tem apenas 8 títulos.

Durante todos esses anos do Festival o Diário da Amazônia só não cobriu a festa de 2004 e é claro, as que não aconteceram, ou seja, em 2013 e 2014 (apenas apresentação fora do bumbódromo).

XX Festival Duelo na Fronteira

Este ano, mais uma vez o Diário da Amazônia se fará presente na festa com o fotógrafo Roni Carvalho e o colunista cultural Silvio Santos - Zekatraca. “Assim como a família Menacho e a família Flor do Campo e a população de Guajará Mirim, também estamos bastante sentidos com o covarde assassinato do músico tecladista Márcio Menacho, porém, como se diz no popular, apesar dos pesares a festa tem que continuar. Mais uma vez estaremos cobrindo o Duelo na Fronteira que começa hoje com a apresentação do boi Flor do Campo as 21 horas no bumbódromo de Guajará Mirim, prossegue amanhã - sabado com a apresentação do boi Malhadinho e termina domingo dia 9 com o espetáculo dos dois bumbás.

Comunicado oficial

Associação Folclórica e Cultural do Boi Bumba Malhadinho CNP.I: 02.616.78"/0001-02 e Associação Folclórica E Cultural Do Boi Bumbá Flor Do Campo CNPJ: 0".268.711/0001-15 Comissão Organizadora - CO Nota da Comissão Organizadora do XX Festival Folclórico de Guajará-Mirim.

A Organização do XX Festival Folclórico de Guajará-Mirim vem a público informar e confirmar a realização do evento nos dias 7. 8 e 9 de Outubro. A cultura de Guajará-Mirim sofreu uma grande perda com a brusca partida de Márcio Paz Menacho, um dos seus mais icônicos músicos. As duas nações estão de luto e, mesmo abaladas. conclamam a todos os brincantes e simpatizantes do duelo na Fronteira para prestarem uma grande homenagem a esse artista que tanta falta fará. ambientando com os seus acordes o Festival. A homenagem será feita na sexta-feira, no bumbódromo, o mesmo palco ondc ele sempre brilhou por 21 anos, com o consentimento e apoio da família. Vamos todos tomar o duelo na fronteira a maior e melhor homcnagem à memória de Márcio Paz Menacho. Guajará-Mirim, 6 de Outubro de 2016. Edileusa Mendes Presidente da Comissão Organizadora/2016.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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