DUELO DA FRONTEIRA: Personagem dos bois Malhadinho e Flor do Campo

Ênio Melo Cantando Paulinho da Viola

Por Antônio Serpa do Amaral Filho

Cantando na calçada do Bar do Zizi, Ênio de Oliveira Bento de Melo revelou-se um dos melhores porta-vozes da música de Paulinho da Viola em Rondônia e passou em revista a obra do compositor, inundando de magia e malemolência o centro histórico guaporé. Ele não nasceu pro samba. Nasceu pra jogar basquete. A exemplo do revolucionário Tchê Guevara, sofreu e lutou contra a asma por um bom tempo. Cantava miúdo e para dentro, hoje canta pra fora em bem dosada vocalização: nem tão sustenido que pareça boçal e agressivo ao bom ouvido da platéia, nem tão descaído em profundo bemol que lhe deixe aquém do tom ideal. Em perfeito diapasão com a performance de um gentleman falando musicalmente em nome de um lorde da Portela, Ênio Melo mostrou-se um eloqüente intérprete que não abre mão da decência e fidalguia na hora de servir à mesa do ouvinte o gênero inventado por Donga, Ismael Silva e Sinhô. Sua apresentação na sexta-feira passada, dia 06, no projeto Fina Flor do Samba, defronte ao Mercado Cultural, atraiu uma enorme quantidade de gente e bambas da mais nobre estirpe musical e fez o centro histórico de Porto Velho respirar os bons ares da poesia do autor de Pecado Capital, Foi um Rio Que Passou em Minha Vida e tantas outras pérolas negras da música popular brasileira. Babá, Dadá do Cavaco e Neguinho Meneses olharam bem fundo nos olhos do intérprete e copiosamente choraram, lembrando o que disse Vinícius: fazer samba não é contar piada/quem faz samba assim não é de nada/um bom samba é uma forma de oração!

A missão honrosa de fazer a abertura do show coube ao Presidente da Fundação Cultural Iaripuna, Altair dos Santos, o Tatá, que, mesmo sem a bendita iluminação artística no palco que mais vende a imagem do Mercado Cultural, não se fez de rogado e apresentou ao público a atração da noite, narrando em síntese um pouco da trajetória de vida do filho de Dona Tereza e do seu Esmite Bento de Melo, o Príncipe do Real Segredo Maçônico de Rondônia e um dos poucos a ter, in memorian, cadeira cativa no tradicional Bar do Zizi. Quanto ao despojamento, nota dez para o Tatá. Quanto à atitude administrativa de providenciar luzes para o show, a nota crítica não poderia ser outra: ZERO.

Sabendo que cantar Paulinho da Viola não é fazer um pagode qualquer em boteco de pé de esquina, Ênio se cercou de todos os cuidados musicais possíveis na produção do seu show e conseguiu o melhor dos resultados: interpretar com maestria a obra do grande compositor, sem pagar tributo nem ao culto exagerado à imagem do artista nem ao romantismo intenso que flui das construções poéticas de suas letras. Ninguém precisa empurrar o rio Madeira abaixo, pois ele corre pachorrentamente sozinho - é sabido. Na gestalt musical de Ênio Melo deu-se a mesma coisa: Paulinho da Viola jorrou naturalmente no leito cadencial dos acordes bem articulados do sargento Ney, com o auxílio luxuoso do pandeiro de Válber, do apurado tamborim de Edmilson Night, do tantã bem colocado de Neguinho, o ganzá e o reco-reco dos serenos Sérgio e Beto Ramos e o surdo hiperbólico de Álvaro, ex-integrante do Kizomba. Jogando no meio de campo desse time de bambas, via-se Oscar Night batucando em síncopes seu requintado repique de mão.

Ênio Melo, a grande atração musical da última exibição do Fina Flor do Samba, é um intuitivo. Irmão de Ernesto Melo e marido de Dona Rosa, ele ingressou de forma transversa no domínio do violão, pois antes de saber ele já sabia que sabia. Hoje, com 5.0 de idade, reconhece, para o deleite do folclore popular, que seu caso de amor com a música e com a viola nasceu mesmo num ataque de birra provocado pelo amigo Ademir Romano, o Bacuri, que, medíocre e monocórdio, passava horas e horas encafifado num dó maior e não conseguia finalizar a música iniciada. Indignado, Ênio passou a estudar harmonia e execução, venceu a asma e soltou a voz. Por isso é hoje belo e inspirador, empunhando com altivez a viola e cantando o samba como ele deve ser cantado: com paixão e encantamento, como se todas as canções fossem dedicadas à mulher amada e o mundo fosse se acabar um minuto depois do último acorde dissonante.

No dia em que Ênio Melo se arvorou a mostrar a arte e o talento de Paulinho da Viola no centro histórico de Porto Velho, a noite só poderia mesmo terminar com uma bela homenagem a um monstro sagrado da musicalidade tupiniquim – e assim foi feito, diz a lenda. No plano espiritual, saiba Adoniran Barbosa que sua passagem na terra não foi em vão: a Saudosa Maloca, o Samba do Arnesto e o Trem das Onze continuam semeando, em todos os quadrantes, sentimentos os mais sublimes no coração da gente brasileira. E assim, com Ernesto Melo e Hudson no vocal, entoando o sambista da garoa, teve fim mais um capítulo da maior novela musical de todos os tempos em Rondônia: a Fina Flor do Samba. Salve o Bar do Zizi!

 

Quem está bombando desde terça feira, é o “Arraiá do Areá”

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O evento está acontecendo no campo da AFA e além do concurso de quadrilha, um dos mais cobiçados pelos grupos de quadrilhas de Porto Velho pela boa premiação.

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Todo dia tem show musical.

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Francisco Borges da Costa popularmente conhecido como Gato presidente da AFA está de parabéns pela organização do 8º Arraial do Areal.

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De acordo com a programação distribuída pela coordenação do Arraial os grupos: Quadrilha Mirim Rodopio do Nacional e as adultas JUABP; Cabuletê e Girassol das Três Marias.

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Provavelmente o Boi Corre Campo também se apresenta na noite de hoje!

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Então, antes de embarcamos para a Pérola do Mamoré para cobrir o Duelo da Fronteira, vamos cantar Boi Bumbá na AFA.

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E aí já se inscreveu para o curso de formatação de projeto culturais no modelo do MinC.

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Não! Hoje é o último dia, procura Emille na Secel e te inscreve ou então liga para 3216-5133.

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Vem aí a jornada literária do Sesc.

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Na próxima segunda feira dia 16.

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Se você está interessado em participar procura leia o regulamento que está postado no site WWW.ro.sesc.com.br

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Ou então vai até o Sesc esplanada e conversa com a Ceiça Farias ou qualquer pessoa no Departamento de Cultura.

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O Antônio Casamenteiro o homem das bibliotecas faz o seguinte apelo:

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Estão jogando livros no lixo!!!!!!!!!!

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Sou criador e coordenador do projeto evolução, que desenvolve trabalhos sociais desde o mês de fevereiro de 2.002, nos bairros carentes de Porto Velho, além de instituições as mais diversas e associações de moradores.

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Atualmente, iniciei campanha para arrecadação de livros (mínimo de 20.000) para criação de 10 novas bibliotecas comunitárias, que serão instaladas em localidades do baixo madeira, distritos, presídio feminino e masculino e bairros da zona leste.

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Estou necessitando formar rede de parcerias, pessoas físicas e jurídicas, visando mais agilidade neste trabalho.

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Iniciei a divulgação deste trabalho, através da Rádio Tranzamazônica e, posteriormente, nas TVs Record e RedeTV-Ro, nos programas do Léo Ladeia e Dalton Di Franco.

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Amanhã estarei na TV Rondônia (Rede Amazônica).

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Dada a alta relevância deste projeto, necessito do apoio de todos os meios de comunicação, tais como: jornais, rádios, TVs, sites e também dos blogueiros e twiteiros, acionando sua rede de relacionamentos e divulgando este trabalho.

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Tenho, até o momento a parceria do Senac, Academia Rondoniense de Poesia, Instituto Supera Brasil e Igreja Evangélica Assembléia de Deus, cujas igrejas estão à disposição para receber as doações de livros, velhos ou novos, revistas, apostilas, etc...

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Espero poder contar com a parceria de todos os pastores, no sentido de que movimentem seus (suas) fiéis, no sentido de que também contribuam no sentido de doarem livros para esta ação.

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Quem é empresário, poderá afixar cartazes em sua empresa no sentido de mobilizar seus funcionários.

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Quem é funcionário, poderá obter licença junto ao seu chefe para divulgar esta ação junto aos seus colegas;

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Quem é estudante, poderá movimentar sua escola/faculdade.

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Cartazes nos quadros de avisos podem ser uma boa opção.

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Blogueiros e twiteiros serão importantes nesta ação.

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Os livros, revistas, apostilas, fitas/vídeos, poderão ser entregues em qualquer igreja da Assembléia de Deus.

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Caso possam estabelecer uma base de arrecadação em sua empresa, escola, faculdade, igreja ou residências, poderão fazê-lo, comunicando-nos o enderêço para que possamos apanhar as doações.

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Caso os(as) possíveis doadores(as) não tenham condições de entregarem os livros nas igrejas da Assembléia de Deus, comuniquem-nos para que possamos apanhá-los.

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Qualquer informação suplementar, poderei prestá-la através do telefone 9286-1626 ou E-mail: antoniocasamenteiro@gmail.com.

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Importante: Cada uma destas bibliotecas levará o nome de uma pessoa que tenha sido ou que seja importante dentro de seu segmento de atuação, seja na música, artes plásticas, atividade social, esportes, etc...

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Aceitaremos sugestões: - Um grande abraço. Antonio Casamenteiro.

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Taí um projeto super legal!

 
DUELO DA FRONTEIRA

Personagem dos bois
Malhadinho e F. do Campo

O Malhadinho ensaia hoje no bumbódromo e o Flor do Campo no Almirante Tamandaré

O grupo folclórico Boi Bumbá Malhadinho de Guajará Mirim realiza na noite de hoje no bumbódromo, seu ensaio geral, quando faz os últimos acertos para a apresentação do tema: “Amazônia Sempre Livre”, no 16º Festival Folclórico Pérola do Mamoré (Fefopem), que este ano, está sendo coordenado pela Biblioteca da Integração da Amazônia – BIA que tem como dirigente o Leonardo (Leo) Argentino e o João Moura.

Os personagem do Boi Azul são: Cunhã Poranga Jeniffer Souza; Porta Estandarte Tainara Argolo; Rainha do Folclore Erida; Pajé Cleiton Lopes; Sinhazinha da Fazenda Naiara; Amo Beto Sá; Levantador de Toada Tany Melhem, Animador Alexandro; Apresentador DJ Pirata.

Hoje também o Boi Flor do Campo reúne suas tribos e personagens na quadra do Colégio Almirante Tamandaré e promove os ajustes finais, para apresentação do tema: “Guajará Celeiro de Cultura e Arte”. Os principais destaques do Boi Vermelho são: Apresentador Ricardo Meira. Cunhã Poranga Pollyana Lataliza; Porta Estandarte Rayla Motta; Rainha do Folclore Juliana Castro; Levantador de Toadas Sandro Menacho; Sinhazinha da Fazenda Ana Paula Lima; Animador Frank e Pajé Reginaldo Lopes.

 

Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com  
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