Segunda-feira, 30 de julho de 2012 - 09h08
A história da construção da Madeira Mamoré, contada pelos alunos do Grupo O Imaginário fez a diferença no final da V Festival de Teatro Amazônia Encena na Rua. A apresentação aconteceu na noite de sábado 28. O trabalho desenvolvido pelos oficineiros do O Imaginário e em especial dos seus diretores Chicão Santos e Zaine Diniz junto aos jovens que pretendem seguir a carreira artística no naipe ator e atriz de teatro, pode ser considerado como dos melhores, principalmente para quem teve a oportunidade de assistir a estréia da peça,“A Ferrovia dos Invisíveis, Narrativas do Outro Lado” uma pesquisa baseada em fatos verídicos vividos pelos que participaram da construção da lendária Ferrovia. 22 alunos contando com os músicos levaram a platéia, que lotou literalmente o anfiteatro da Madeira Mamoré a momentos de muita emoção. A peça que apesar de contar apenas com atores iniciantes, que tiveram pouco tempo de ensaio. “Um mês e dias apenas”, mostrou o trabalho que O Imaginário vem desenvolvendo no espaço Tapiri com jovens que pretendem se profissionalizar nas artes cênicas é dos melhores e mais. a peça apresentada é de autoria dos membros do grupo que vem se destacando nos últimos anos nacionalmente, basta lembrar que eles correram parte do Brasil apresentando a premiadíssima peça “Filhas da Mata”. A “Ferrovia dos Invisíveis, Narrativa do Outro Lado” tem tudo para seguir o caminho de premiação de “Filhas da Mata”.;
Vale destacar o trabalho do artesão Ismael Barreto e equipe que colocou nos “trilhos”, a miniatura da locomotiva 12, apitando a fazendo fumaça. O espetáculo foi aplaudido de pé por mais de cinco minutos, emocionante!
Se fossemos avaliar como jurado do Festival, daríamos Nota Dez para a peça apresentada pelo O Imaginário de Porto Velho.
Deixa-me puxar um pouco da brasa para minha sardinha. Afinal de contas, quem parte e reparte e fica com a menor parte, diz o ditado: “Ou é burro, ou não entende de arte”!
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Bem! O “veinho’ aqui, há mais de 50 anos vem compondo músicas entre elas, samba enredo para as escolas de samba de Rondônia e até de fora do estado como é o caso da escola de samba “Praça da Bandeira” de Boa Vista (RR), Vitória Régia de Manaus e Unidos do Moqueio do Pará, além de ter participado em parceria com o compositor carioca Mazinho da Piedade do concurso de samba enredo da escola de samba Portela em 1993.
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Isso sem falar nas marchinhas de carnaval da Banda do Vai Quem Quer (mais de 25), das toadas de boi bumbá (mais de 50), e dos forrós que inclusive fazem parte do repertório da Banda Os Cobras do Forró, além dos estilos MPB, brega, e outros como reggae.
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São mais de 400 composições. E o que estamos querendo, qual nosso “choro”.
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Acontece que até a presente data, não conseguimos um patrocínio, seja do governo estadual ou do governo municipal e nem mesmo de empresas privadas ou de um padrinho, para registrarmos esse acervo em CD ou DVD.
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Aliás, entre a famosa Trinca de Reis, Silvio, Bainha e Ernesto Melo só o Ernesto conseguiu, graças ao saudoso Manelão gravar um CD com suas músicas sobre Porto Velho.
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Eu e o Bainha não conseguimos nada até hoje. Acho que nós dois mais o Cabo Piaba merecemos atenção melhor sobre esse assunto.
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Essa lamentação veio em virtude da homenagem que a escola de samba fez a mim e ao saudoso Neguinho Menezes. Menezes compositor rondoniense dos melhores e que também não teve a oportunidade de deixar seu trabalho gravado em sua voz para a posteridade.
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Por isso fiquei pensando, por que não fazer um apelo em causa própria, quem sabe alguma autoridade cultural, leia e decida colocar um projeto, nos beneficiando com a gravação de pelo menos um CD, com nossos melhores samba enredo. Pois para registrar a obra toda, seriam necessários no mínimo 4 CDs e mesmo assim, ainda ficaria muita coisa de fora.
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É como dizem, seria melhor gravar uma “Caixa’ com toda a obra, aí ficaria muito caro.
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Seriam quatro CDs da seguinte maneira: Um com os melhores sambas enredo; Outro com Toadas de boi bumbá, o Terceiro com MPB e o quarto de Forró e Brega.
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Se colocássemos 20 músicas em cada (O que não é aconselhável) registraríamos apenas 80 das mais de 400 músicas de nossa autoria.
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O Bainha é outro que merece um registro desses, afinal de contas, no próximo dia 11 de agosto, ele vai completar 74 anos de vida e até a presente data, não registrou com sua voz suas composições em CD.
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Que me desculpem os amigos, mas, acho que merecemos maior consideração nesse sentido. Obrigado pela compreensão!
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E o Festival Amazônia Encena na Rua chegou ao fim de sua 5ª versão em grande pompa.
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Se nada tivesse acontecido de bom, bastava à apresentação da Peça “A Ferrovia dos Invisíveis, Narrativas do Outro Lado” para o Festival ser considerado dos melhores.
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Porém, a grande maioria dos espetáculos apresentado durante os dez dias do festival foram bons.
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Eu destaco o grupo Yaporanga de Porto Velho, o Grupo que apresentou “O Repente” que veio de Palmas Tocantins o Grupo de Mato Grosso, Vivarte de Rio Branco Acre, O Grupo de Manaus, além do grupo “Será O Benidito?!” e os palhaços comandos pelo Bob Sorriso.
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Daria nota sofrível para o grupo Locômbia Teatro de Andanças - Boa Vista – RR. O espetáculo Odissi foi muito cansativo. Não é teatro de rua infelizmente!
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Os elogios vão para a equipe do O Imaginário e os apoios da Secel e da Fundação Iaripuna e em especial para a parceria do Sesc-RO.
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Só quem tem contato com o Chicão Santos diariamente como é o nosso caso, pois trabalhamos na mesma repartição, sabe o quanto foi difícil a realização da 5ª edição do Festival.
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Primeiro porque o principal patrocinador, que praticamente bancava tudo até o ano passado. Meses antes comunicou que não mais contribuiria com o Projeto. Aí o Chicão ficou mais vermelho do que já é. Virou camarão rosa!
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A sorte foi que de última hora o Rumos Itaú entrou na parada e o Sesc firmou a parceria que juntando com o apoio do governo estadual através da Secel e da prefeitura de Porto Velho através da Fundação Iaripuna e da Semed, mais a participação do Minc/Funarte através da Lei de Incentivo, o Festival aconteceu. Tenso mais foi!
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Por essa e por outras, é que a equipe do O Imaginário e aí leia-se Zaine Diniz e Chicão Santos merecem nossos parabéns.
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Pra completar, eles ainda produziram o super espetáculo teatral A Ferrovia dos Invisíveis, Narrativa do Outro Lado que foi aplaudida de pé pelo público (o melhor do festival), que lotou a Arena da Madeira Mamoré! Valeu cambada!
SHOW
Samba de raiz é sucesso no Asfaltão
A escola de samba Asfaltão tem proporcionado aos amantes do samba de raiz em Porto Velho, grandes momentos. Sexta feira passada 27, a programação começou com a apresentação do Grupo Guaporé interpretando sambas que pela qualidade, até hoje são cantados até mesmo nas rodas de pagode que acontecem pelos quatro cantos da capital rondoniense. Já passava das 22h00 quando a mestre de cerimônia da escola Silvia Pinheiro iniciou a solenidade em homenagem aos compositores Francisco Dias de Menezes e Silvio Macedo do Santos. Primeiro contando parte da história do saudoso Neguinho Menezes compositor e cavaquinista que nasceu em Fortaleza do Abunã e por alguns anos morou no Rio de Janeiro. Logo em seguida convocou o presidente da escola Reginaldo Makumba e o presidente da Fundação Iaripuna Altair dos Santos Lopes – Tatá para fazerem a entrega do troféu em homenagem ao compositor Silvio Santos. Daí pra frente o comando da festa ficou por conta de Silvio que acompanhado pelo excelente grupo “Só Bambas”, fez uma breve viagem pelas suas composições de samba. “Quando digo breve viagem, é porque vou apresentar apenas algumas de minhas composições”, disse o compositor. Além de suas composições Silvio apresentou algumas do Neguinho Menezes seu amigo. “Na véspera de seu falecimento, Neguinho Menezes me entregou uma letra e pediu que eu musicasse, pois se tratava do samba enredo da escola de samba O Triângulo Não Morreu para o carnaval de 1978, no dia seguinte às sete horas da manhã, recebi um telefonema informando que o Neguinho havia morrido” lembrou Silvio antes de cantar algumas músicas do Menezes.
O samba varou a madrugada e o compositor que mais títulos ganhou como compositor de samba enredo em Rondônia saiu super ovacionado pelo público que lotou a tenda do Tigre e agradeceu emocionado a diretoria da escola Asfaltão pela homenagem.
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