Exposição: Cores, formas e encantos das artes

Os artistas de artes plásticas João Zoghbi e J Messias abrem na noite desta sexta feira 31, a temporada de exposições 2011 da Galeria Afonso Ligório da Casa da Cultura Ivan Marrocos. A solenidade de abertura está marcada para acontecer as 19h30 de hoje com a presença do secretário da Secel Chicão Leilson e equipe da gerencia de Cultura que tem a frente à advogada Chândrica Madalena Bebel e convidados dos dois artistas.

A exposição será composta com mais de 40 obras entre telas, instalações e esculturas.

Enquanto João Zoghbi tem um trabalho voltado para as coisas regionais da Amazônia como é o caso do painel “Guernica Beradeira” onde é retratada a saga da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. J Messias, é um especialista no estilo Naife com o qual retrata paisagens do seu Nordeste querido destacando as festas populares de seu estado Pernambuco e do Bumba-Meu-Boi do Maranhão.

A exposição fica na galeria Afonso Ligório até o dia 2 de maio.

Dia 1º de abril, o dia da MENTIRA.

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Na realidade, o brasileiro vive mentira durante os 360 dias do ano.

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Sempre tem alguém passando a perna num cidadão brasileiro nesse país do faz de conta.

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E assim vamos levando a vida do jeito que a vida é.

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É como diz a letra do samba do Nelson Sargento:

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“Você finge que me ama e eu finjo que acredito”.

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Portanto, o funcionário finge que trabalha e o governo finge que paga bom salário.

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A empresa construtora da usina de Jirau finge que está tudo bem e oi trabalhador fingia que acreditava.

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Assim como o governo finge que vai tudo bem na cultura e os produtores e artistas realmente não conseguem fingir que acreditam.

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Por falar em governo de Rondônia, é de total falta de criatividade a logomarca que estão utilizando para identificar o atual governo.

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Os caras tiveram a petulância de copiar mal copiada, a LOGO da Copa do Mundo de 2014.Plágio descarado e se é plágio, é roubo.

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Isso esta acontecendo justamente num governo cujo principal mandante é juramentadamente intelectual.

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Pior mesmo, é a frase que estão utilizando para marcar as obras e todos os impressos do governo estadual.

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Vejam que preciosidade:

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GOVERNO DA COOPERAÇÃO

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Estão cooperando com a paralisação das obras das usinas do Madeira.

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Estão cooperando com a falta de investimento na educação, saúde e segurança.

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Estão cooperando com a falta de investimento no setor cultural e esportivo.

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Estão cooperando com o aumento de salário dos secretários e do governador.

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Estão cooperando com a falta de cooperação em tudo quanto é setor.

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Estão cooperando com a bandidagem ao não cooperarem com as contratações dos agentes penitenciários concursados.

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Estão cooperando com um bocado de coisa mal feita.

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Estão até cooperando com um determinado colunista político, que quer porque quer, que outro cidadão cuja saga, é apenas faturar em cima dos clientes, e o colunista quer que ele seja candidato a prefeito de Porto Velho,

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E outro que deveria voltar para a zona, mas, que iludido com o que escreve o respeitado colunista, está também querendo ser candidato a prefeito da capital quando o correto seria correr pra Mata.

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É assim que estamos vivendo em Rondônia.

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O governo diz que o progresso chegou e a gente finge que acredita.

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A esperança está nos tais Cem Dias de Governo.

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Dizem que muita gente vai arrumar os “paninhos de bunda” e embarcar no primeiro “Busu” no rumo do Jamari.

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Esperamos que tudo isso não passe de pegadinha de 1º de abril!

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Agora, o que não é mentira, é o sucesso da Fina Flor do Samba que acontece toda sexta feira no Mercado Cultural.

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E sendo assim, hoje tem Fina Flor do Samba com Ernesto Melo e sua turma.

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Outro evento que não é mentira e está bombando de verdade, é o “PÉ NA COVA”.

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Pé na Cova é o encontro de amigos que acontece todos os sábados, ao som de boa música ao vivo no Posto São Paulo ou na lanchonete do Paulinho Siripiti que fica ali na Rogério Weber com a João Alfredo na Baixa da União.

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Porém, sem nenhum fingimento e sem contar com nenhuma cooperação.

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A pedida de hoje a partir das 20h00, é a Fina Flor do Samba no Mercado Cultural!

MENINO BARRIGUDO

Dia 31 de março de 1964

Por Silvio M. Santos

Agora o Menino Barrigudo já é um rapaz formado, vivendo dias de sucesso como apresentador de três programas na Rádio Caiari, o primeiro entre as seis e as sete horas da manhã, “Avisos Para o Interior”, o segundo das onze ao meio dia, “Sua Música Preferida” e o de maior audiência“Telefone para 272 e Escolha Sua Música”, o primeiro programa de uma rádio de Porto Velho que atendia os ouvintes ao vivo pelo telefone, que ia ao ar entre as 14 e as 16h00.

O garoto agora dava suas escapadas à noite pelas boates Anita, Maria Eunice, Tambaqui de Ouro, Mãe Preta e tantas outras casas que abrigavam as chamadas “Mulher Solteira”. Barrigudo já não era mais saqueiro na feira livre e nem dava uma de carregador de produtos, que chegavam na Lancha do Beiradão e do Trem da Feira. Continuava com o “bucho” quebrado, nada que a camisa não disfarçasse.

Barrigudo havia participado da reunião que criou a escola de samba “Império do Samba Pobres do Caiari”, que aconteceu no dia 28 de fevereiro e sempre estava na boutique “Viadinho de Ouro” do amigo José Carlos Lobo que ficava no Mercado Municipal (hoje Mercado Cultural) bem ao lado da lanchonete do seu Mário e de frente para a praça Getúlio Vargas.

Aquele dia 31 de março transcorreu normal como qualquer outro dia, a não ser, pelas aprontações que estavam bolando para o dia da Mentira 1º de abril. Inclusive, a turma estava querendo fazer uma alvorada para o Dr. Dermeval considerado à época, como o maior mentiroso do pedaço.

À noite, já com sua turma da feira, Menino Barrigudo foi assistir um filme no Cine Teatro Reski e de lá foi para o Clube Ferroviário que a época, funcionava num barracão de madeira existente ao lado da praça Mal. Rondon onde a juventude se reunia para dançar Yê Yê Yê ao som do Conjunto “The Clevers” de São Paulo, que passou uma temporada em Porto Velho vindo de Rio Branco Acre por não ter dinheiro para comprar a passagem de retorno.

Era uma terça feira, os Clevers tocando Beatles, Roberto Carlos e os sucessos da época e o Menino Barrigudo na paquera. De repente, o Conjunto para a música e um oficial do Exército já no palco, comunica que todos tem uma hora para se recolher as suas casas. Isso era aproximadamente onze horas da noite, o salão ficou repleto de soldados, que com aquela “educação” de militar, com a coronha de seus fuzis, empurravam no rumo da única porta de saída (e de entrada), os jovens que estavam se divertindo. 

Assim, o Menino Barrigudo presenciou e foi vítima, da primeira ação da Revolução de 1964 em Porto Velho.

Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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