Quarta-feira, 15 de junho de 2011 - 08h21
Se Cusco está a quase 4 mil metros acima do nível do mar, a comunidade de Amaru – povo contemporâneo dos Incas – vive a 4,3 mil. É um frio de lascar! Contam os historiadores locais que os dois povos andinos eram rivais, especialmente em disputas culturais, perpassando pela agricultura, confecção de artefatos e estratégia de guerra. Sinais nítidos dessa competitividade, seria a preocupação de cada etnia em se manter fiel a sua cultura e costumes, desde 5 mil anos aC. Polêmicas à parte, o Peru andino é uma região única recheada de exotismo e mistério.
Foi na quarta-feira (9), em Amaru, a penúltima atividade do FestCineamazônia Itinerante em terras peruanas. Mais de duzentos estudantes e a comunidade em geral deram forte ressonância à mostra de filmes e à peculiar performance do Palhaço Xuxu, personagem do ator Luiz Carlos Vasconcelos, que já atuou em dezenas de filmes e seriados de televisão, mas é ao Xuxu por quem ele diz ter especial carinho.
A grata surpresa lá no alto da montanha Amaru foi a resposta retumbante da comunidade, como eco ao que propõe o Festival, com relação ao comportamento do homem diante da natureza. Todo grupo está afinado com a causa: eles demonstram profunda preocupação com a integridade ambiental e do seu povo.
Começou a polemica e os pedidos de direito de resposta, coisa que não é muito do feitio desta coluna, porém a ética diz que devemos acatar, assim como papel aceita qualquer coisa, passamos também a aceitar os pedidos dos leitores que se acharem “denegridos”.
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Assim aconteceu com o amigo Fred Perillo que questionou sobre a palavra Quadrilha e recebeu a resposta sem problema nenhum.
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Agora a leitora Leda cunhã poranga do bumbá Diamante Negro e filha do Presidente e Amo do Boi Aluizio Guedes.
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Nos enviou o seguinte bilhete, contestando o que escrevemos na coluna de ontem sobre as toadas que serão cantadas durante a apresentação do Diamante Negro no Flor do Maracujá deste ano.
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Escreve Leda:
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“Queremos ressaltar àqueles que tentam denegrir a imagem do Diamante Negro e de nossos compositores, que temos um grande potencial criativo, principalmente quando se trata de composição: Aluizio Guedes e Walci são considerados uns dos melhores compositores. A inveja do contrário é a sua própria derrota. Se meu pai vai a Manaus e mantém o bom relacionamento com os artistas amazonenses, parabéns para ele e para todos nós de Rondônia, pois só assim temos certeza de estar fortalecendo o tradicional e o moderno. Chora contrário!”
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É mas, depois disso, o Cleverson Santana popularmente conhecido como Buchada, encarnou na Leda e ela admitiu que algumas das toadas que serão cantadas pelo levantador do Diamante (que também vem do Corre Campo de Manaus), são de compositores de Manaus. Justificou a cunha do campeão: “Cantamos, mas, pedimos autorização pra cantar, coisa que o Az de Ouro não faz perante os compositores de Parintins”
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Isso prova que o Zekatraca não denegriu a imagem de ninguém, muito pelo contrário deu um furo de reportagem ao publicar em primeiríssima mão sobre as toadas do Diamante Negro.
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Agora essa acusação em cima do Az de Ouro é verdadeira, ano passado o levantador Jair Monteiro apresentou a “Sinhazinha da Fazenda” do boi do Silfarney cantando uma toada do Boi Caprichoso de Parintins.
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Este ano o Az de Ouro encomendou seis toadas ao Melkias que morou em Porto Velho e tem um grupo de toada numa cidade vizinha a Parintins. Melkias que é um bom compositor, pois já atuou no Corre Campo quando morava em Porto Velho, aproveitou algumas toadas do seu Boi Bumbá que segundo o presidente do Az de Ouro Silfarney nos informou que utiliza as mesmas cores do Az de Ouro, ou seja, azul e branco e apenas fez a adaptação e mandou o CD com as toadas que o Jair Monteiro vai cantar no Flor do Maracujá. São apenas seis toadas, mas, seis todas de um Boi Bumbá que não é de Porto Velho e nem de Rondônia.
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Pelo menos nesse naipe, o Boi Vencedor não peca, pois, seus compositores Fábio Góes e Cléo são muito bons e jamais aceitariam cantar músicas de grupos do Amazonas.
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O Corre Campo nem se fala, os compositores Silvio Santos e seu filho Silvio José dispensam comentários.
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Basta lembrar, que de 1990 para cá, Silvio Santos já ganhou 13 troféus de Melhor Toada do Flor do Maracujá.
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Este ano, todas as toadas do Corre Campo são de autoria da dupla pai e filho.
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Para encerrar.
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Atenção moçada envolvida com cultura em Porto Velho, amanhã acontece audiência pública para se discutir o PPA do governo estadual. Todos nós precisamos marcar presença no auditório da Ulbra a partir das 8h00, para não deixar os poderosos esquecerem que CULTURA não é despesa, é investimento!
DANÇA
Recriando o gestual dos banzeiros
Em Recriando o gestual dos banzeiros, de Lívian Luíza, as ações aconteceram no Distrito de Nazaré
Com este título, a professora Lívian Luíza encerrou no último sábado (11), no Distrito de Nazaré (Baixo Rio Madeira-RO), a Oficina de Dança, cujo projeto foi premiado em 2010 pelo Governo Federal através do Minc/Funarte. Em ações específicas dos Micro Projetos da Amazônia Legal, o trabalho de Lívian (pesquisadora e coordenadora do Grupo Waku’mã de Danças), concentrou seus trabalhos no Distrito de Nazaré (Antiga Freguesia da Boca do Furo), dando continuidade às atividades que já se estendem por mais de cinco anos. Na área de Artes Cênicas, o Edital do Minc/Funarte, buscou ações que contemplassem espetáculos, oficinas, aquisição de materiais e outras formas de criação e espetáculos, garantindo ao público de forma gratuita, o acesso à obra originária da pesquisa e da Oficina realizada, alcançando e mantendo as linguagens, costumes e o cotidiano do lugar, dentro da esfera das artes cênicas, no caso presente, através da dança.
Em Recriando o gestual dos banzeiros, de Lívian Luíza, as ações aconteceram naquele Distrito, em continuidade a outros projetos, e, onde já existe um núcleo de danças que vem sendo trabalhado em parceria com a Waku’mã Produções Artísticas e Culturais e o Grupo Minhas Raízes. As Oficinandas foram: Andreza, Adréia, Camila, Carolaine, Jacilane, Maria Aparecida, Mirlane, Mirlene, Rafaela, Talita, Yasmim e Poliana, que em noite festiva para a comunidade de Nazaré, apresentaram o fruto do seu trabalho, em espetáculo cheio de talento e emoção. Na programação, além das coreografias (Caiari a Dança dos Banzeiros, Povo Moreno e Gigante Sagrado), desenvolvidas durante a Oficina, emprestaram seu talento os artistas Timaia, Tálisson (Grupo Minhas Raízes), Paulinho Rodrigues e nas flautas (quenas andinas), a participação especial do professor Pedro Afonso Marques da Emater.
Após o espetáculo, a Oficineira Lívian Luíza (em parceria com a Waku’mã, Grupo Minhas Raizes e o professor Raimundo, diretor da Escola Manoel Maciel Nunes), ofereceu às oficinandas, professores, músicos, autoridades da comunidade, pais e alunos, um coquetel com iguarias regionais. O espetáculo aconteceu no espaço da Da. Margarida e seu Getúlio, sendo bastante aplaudido a cada apresentação. Lívian informou que “... cumprindo as metas do Projeto, o resultado desta Oficina será reapresentado de 01 à 10 de julho próximo, durante os festejos tradicionais do Distrito, tendo como local o campo da usina, e, também, no Arraial da Escola Manoel Maciel no dia 15 de julho”.
Para o acervo local, o projeto entregou equipamento eletro eletrônico, e trinta e seis novos figurinos, para compor o guarda roupa do grupo de danças formado pelas oficinandas, o que virá abrilhantar ainda mais as apresentações e espetáculos locais e ao longo das localidades encravadas nas barrancas do Rio Madeira. “Aqui,... o rio comanda a vida..., por isso, contemplar a natureza que a cada dia, engalanada, acorda mais cedo para festejar o milagre da vida, nos leva através da dança, a imitá-la, recriando o gestual dos fortes banzeiros do Madeira...”, finalizou Lívian Luíza.
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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