Segunda-feira, 21 de novembro de 2011 - 06h38
O Festival de Cinema e Vídeo Latino Americano terminou sábado com a entrega do Mapinguari
A festa de encerramento da 9ª edição do Festcineamazonia, ocorrida na noite e sábado, proporcionou ao público que compareceu ao Teatro Banzeiros, dois grandes momentos. Esse momentos de prazer vieram através de duas mulheres negras: A professora rondoniense Úrsula Depeiza Maloney e a rainha Quelé Clementina de Jesus. A atriz Ingra Liberato responsável pelo cerimonial do Festival que tem como produtor Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, abriu a noite convocando ao palco o poeta amazonense Thiago de Melo para fazer a entrega do troféu Mapinguari a homenageada Ursula que em seu discurso de agradecimento falou sobre sua vida profissional como educadora e de como exercendo essa função, contribui com a implantação do estado de Rondônia. Thiago de Melo se disse lisonjeado em ter sido convidado a fazer à entrega da comenda a tão importante figura da história da Amazônia e do Brasil. “Fica decretado que a partir de agora, vale a verdade de Ursula Maloney”, fazendo um parâmetro do seu intencional poema “Estatuto do Homem” com a vida da homenageada.
Úrsula possui Licenciatura Curta em Comunicação e Expressão pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS),
Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Orientação Educacional (Rio de Janeiro),
com 42 anos de experiência pedagógica e passagem por diversas escolas públicas e privadas de Porto Velho.
Sua vasta experiência na carreira de educadora garantiu a ocupação de cargos importantes na Secretaria de Estado da Educação de Rondônia, departamento do Ministério da Educação e em outras instituições e organismos governamentais.
É pós-graduada em Orientação Educacional e Metodologia do Ensino Superior.
Clementina de Jesus
Para completar, a produção do Festival presenteou todos que estavam no Teatro Banzeiros com o Documentário, “Clementina de Jesus” de Eriton Kermes com roteiro de Mirian Carlos que terminou recebendo menção honrosa da comissão de jurados. O filme conta a história de uma das melhores cantoras brasileiras, Clementina de Jesus que foi descoberta, por Hermínio Belo de Carvalho quando já estava com mais de 60 anos de idade e mesmo assim, conseguiu encantar não só os brasileiros, mas, habitantes de várias nações do nosso planeta. O documentário conta com depoimentos de vários artistas de renome nacional e internacional como é o caso de Paulinho da Viola, João Bosco e Carlinhos Vergueiro entre outros. Ao final da exibição do vídeo a platéia aplaudiu de pé deixando seus produtores bastante emocionados.
A entrega do troféu Mapinguari aos vencedores do 9º Festecineamazonia então teve inicio, sendo o vídeo “Ilha do Jacó” do Movimento Madeira Vivo o grande vencedor da categoria vídeo rondoniense. A maioria dos presentes lamentou a não inclusão no rol dos premiados do documentário sobre os Bastidores das Escolas de Samba de Porto Velho, dirigido pelo Bill Marques com fotografia de Ronaldo Nina.
A semana da Consciência Negra este ano em Porto Velho, não contou com uma programação digna,
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Nos anos anteriores, as entidades que defendem a cultura afro-brasileira e suas raízes, foram mais atuantes, promovendo palestras e até trazendo para participar dos encontros, figuras de destaque nacional como foi o caso da então Ministra Benedita da Silva e tantas outras personalidades importantes do Brasil que de uma maneira ou de outra, tem a ver com o movimento negro.
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Este ano o que vimos foi apenas a “Marcha Zumbi”, que contou apenas com integrantes das religiões afros como candomblé e umbanda que não passou do Mercado Cultural.
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Este ano, meia dúzia de Pais, Mãe e Filhas e Filhos de Santo chegaram ao Mercado Cultural. Quem realmente animou os integrantes da Marcha, foram os sambistas que estavam se apresentando na “Roda de Samba do Beto Cezar”.
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Aliás, o Beto não gostou nada quando o pessoal da comunidade afro-brasileira tomou conta das dependências do Mercado Cultural com seus cantos que são conhecidos como “Ponto”.
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Daí pra frente o som foi desligado, mas os sambistas pegaram seus instrumentos e passaram a acompanhar os cantos “negros”, o que salvou o encerramento da “Semana da Consciência Negra” em Porto Velho.
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Quem começou esse negócio de festejar o dia de Zumbi em Porto Velho foi o pessoal do Grupo Cabeça de Negro lá pelos idos dos anos 1980. Dada, Bubu, Júnior, Jorge do Areal, Ataíde, Carlinhos Maracanã, Neguinho Orlando, Paulinho e muitos outros como os sambistas Bainha, Silvio, Leônidas, Ernesto Melo, Oscar Knigthz, Caula, seu João e muitos outros.
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Tá certo que o negócio era mais para o lado do samba, capoeira e da culinária. Pouco se divulgava a cultura dos “batuques”. E olha que essa cultura há muito é praticada em Porto Velho.
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Veio com a Mãe Esperança que criou o Batuque de Santa Bárbarae a Mãe Chica Macaxeira do Batuque de São Benedito que também era conhecido como Batuque do Samburucu.
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Depois veio o “Pai” Albertino que assumiu o Santa Bárbara e o levou para a Vila Tupi local onde funciona até hoje.
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Veio o Celso e criou o Batuque de São Sebastião ali na rua Jacy Paraná.
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Recentemente quem vem promovendo os encontros dessa cultura é a Associação Accuneraa que tem a frente o negro Silvestre que coordena a Marcha Zumbi.
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Não sabemos o que está acontecendo, mas, achamos que o movimento negro em Porto Velho está muito aquém do que já foi e do que é necessário ser.
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Por falar em cinema! O Festcine Amazônia chegou ao fim de mais um edição somando grande presença de públicos nos Terreiros, no Circo, nas Escolas e principalmente no Teatro Banzeiros.
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Jurandir Costa e Fernando Kopanakis venceram mais uma etapa do Projeto. A contagem regressiva para a 10ª edição já começou.
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Durante a solenidade de premiação, o público super aplaudiu a homenagem a professora Ursula Maloney.
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Ursula é um exemplo a ser seguido, copiado, imitado, enfim, como disse o poeta Thiago de Melo “A partir de agora vale a verdade de Ursula Maloney”
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O que estranhamos foi a falta de vibração da platéia para com os vencedores do Festival.
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Por exemplo, um filme eleito como o melhor no segmento Júri Popular, é porque o público o escolheu e se assim é, ou foi, fica a seguinte pergunta que não quer calar:
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Por que ao ser anunciado o filme “A Dama de Vermelho” como vencedor do Júri Popular a platéia não se manifestou ou se manifestou com raríssimas palmas? Será que o público que estava no Banzeiros na noite de sábado, não foi o que votou no filme carioca. Ou o júri popular só foi popular para os jurados?
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To assim indignado, porque o filme pelo qual eu estava torcendo não recebeu nem mesmo uma citaçãozinha durante a premiação.
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Tenho certeza que na noite de sua exibição, poucas foram as pessoas que votaram em outra “película” e tenho mais certeza ainda, que o público das outras noites não foi tanto quanto o da noite de quarta feira.
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To lamentando a falta de consideração para com o documentário: “Bastidores do Samba – Espetáculo da Cultura Popular”, um filme muito bem produzido pela equipe dirigida pelo Bill Marques
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Lamentamos pela não premiação da produção, porque defendemos ferrenhamente o movimento das escolas de samba em Porto Velho.
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Porém, não podemos deixar de parabenizar os produtores do documentário vencedor, “Ilha do Jacó”.
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Nosso protesto é quanto a premiação do júri popular!
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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