Terça-feira, 10 de julho de 2012 - 06h15
A programação cultural reuniu dezenas de pessoas em volta do curral de dança no pátio da igreja
Nos dias 06 e 07, a equipe do Diário da Amazônia esteve fazendo a cobertura do Festejo de São Pedro no distrito de Nazaré no baixo rio Madeira. A programação começou sexta feira à noite, com a realização da quermesse no pátio da igreja com leilão de frango, bolos, aparelhos eletrônicos, além de bingo, culminando com o forró que foi até a madrugada de sábado.
O grande dia do festejo foi o sábado 07, cuja programação começou à tarde com a realização do tornei de futebol masculino e feminino com equipes de Nova Vitória, São Carlos, Santa Catarina e Nazaré saindo vencedores no naipe feminino a equipe de São Carlos e no masculinos o time de Nazaré.
O ápice da festa no sábado começou com as apresentações culturais do boi bumbá Curumim, show do cantor Caribé, dança do Seringandô, exibição do vídeo da Velha Guarda de Nazaré, show do cantor Artemis, apresentação do grupo Waku’mã com a dança “Xiou o Boto”, fala do Silvio Santos, dança do Carimbó, apresentação do grupo de quadrilha do distrito de São Carlos e grupo de quadrilha “Flor da Laranjeira” do distrito de Nazaré.
Já dissemos aqui por diversas vezes, que o distrito de Nazaré é a capital cultural de Rondônia. Pela programação acima, o leitor pode conferir o que dissemos. Tim Maia e sua família juntamente com a diretoria do Instituo Sócio Ambiental e Cultural Minha Raízes foram os responsáveis pela coordenação da festa, que contou com a assessoria técnica do Paulinho Rodrigues diretor do Grupo Waku’mã e apoio do governo estadual através da Secel, prefeitura via Fundação Iaripuna, Sindprof, Asfaltão, Emater, Administração de Nazaré, Epifânia Barbosa, E.M.E.F. Manoel Maciel Nunes, Napra. Amazônia Brasil, Nosso Bar, JP Bar e Semagrif.
A equipe do Diário da Amazônia contou com o colunista cultural Silvio Santos o Zekatraca e com o fotografo Roni Carvalho.
Foi um final de semana dos melhores, o que passamos na festa de São Pedro do distrito de Nazaré.
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O barco recreio no qual viajamos, zarpou do porto do Cai N’água em Porto Velho exatamente as 11h30, da última sexta feira dia 6 e atracou no porto de Nazaré por volta das 18h30. Vale salientar que o barco faz linha até Calama, porém, noventa por cento dos passageiros daquela viagem, desembarcou em Nazaré. Aliás, foram dois barcos lotados naquele dia. Sábado muitas outras pessoas desembarcaram inclusive o casal Golda e Carlos Levy da Associação Curta Amazônia, sem contar com universitários que participam de pesquisas com apoio do Núcleo de Apoio a População Ribeirinha da Amazônia – Napra.
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Não sei a população de Nazaré, mas, creio que vi duplicou durante a festa de São Pedro. Inclusive todas as pousadas estavam com lotação esgotada e até barracas de camping vislumbramos ao longo da “passarela”.
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Não tem como não concordar, que Nazaré é a capital rondoniense da cultura popular. Tim Maia e família (irmãos e filhos, sobrinhos e sobrinhas e esposa), é o responsável por tudo que acontece relativo à cultura popular em Nazaré.
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Através do Instituto Sócio Ambiental e Cultural Minhas Raízes, são desenvolvidas oficinas de dança, canto e música de onde saem as dançarinos e dançarinas do Seringandô, Carimbó, Boi Curumim e é claro, o grupo musical Minhas Raízes e ainda tem o grupo de teatro.
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Esse pessoal organiza o festejo de São Pedro que este ano excepcionalmente, aconteceu nos dias 6 e 7 de julho e não no dia do 29 de junho dia de São Pedro oficialmente.
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O que assistimos principalmente na noite de sábado, foi uma verdadeira aula de como se produz cultura popular com parcos recursos e o melhor, com todos os grupos muito bem paramentados.
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Do boi bumbá Curumim que não é mirim e sim juvenil, à dança da quadrilha “Flor da Laranjeira”, passando pela dança do Carimbo e a dança que atualmente só é praticada em Nazaré dança do Seringandô, notamos que o figurino das indumentárias foram muito bem trabalhada, cada uma dentro das características tradicionais das danças apresentadas.
A Dança do Seringando em Rondônia só é apresentada no distrito de Nazaré |
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A dança do Seringandô como dissemos acima, é exclusiva de Nazaré, foi o pai do Tim Maia saudoso professor Maciel quem a trouxe da localidade de Uruapiara no interior do Amazonas e introduziu em Nazaré. Seus filhos Tim Maia, Túlio, Teimar e Taiguara após sua morte, em especial o Tim Maia resolveram revitalizar a dança que a muito não era apresentada, para isso reuniram jovens e passaram a coreografia e os cantos que lhes foram ensinados por Maciel.
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A coreografia da dança Seringandô é praticamente a mesma do Carimbo apenas com uma mudança. No Seringandô a mulher (dançarina) dança com um lenço (laço) cujo objetivo, é laçar o cavalheiro que depois de laçado é subjugado pelas mulheres. Segundo Paulinho Rodrigues pesquisador das danças populares praticadas no baixo Madeira. O Seringandô é uma dança indígena praticada pelos índios que habitavam a região chamada de Uruapiara que ao ganharem os combates, levavam os inimigos para a aldeia e esses, eram subjugados pelas mulheres índias, daí quando a dançarina laça o cavalheiros todas as demais dançarinas simulam esse ato, usando o jovem laçado.
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É uma dança muito sensual que precisa ser mais divulgada. Pensando nisso o secretário da Secel convidou o grupo a se apresentar na abertura do Arraial Flor do Maracujá no dia 24 de agosto em Porto Velho.
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Outra apresentação que nos chamou a atenção foi a do boi bumbá Curumim. A juventude de Nazaré mostrou que sabe brincar e muito bem boi bumbá.
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As toadas todas de autoria do Tim Maia são da melhor qualidade musical.
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Além dos personagens que conhecemos na brincadeira de boi bumbá o boi Curumim apresenta duas exclusivas. A Rainha do Boi e a Rainha do Lago (Peixe Boi).
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Outro grupo que se destacou na festa, foi o Waku’mã que se apresentou com a coreografia “Xiou Boto”. O grupo composto apenas por jovens do sexo feminino residentes em Nazaré, participou das oficinas de dança ministradas pela coreografa Livian Luíza. Salientamos a seriedade com a qual Paulinho Rodrigues administra o Prêmio Klauss Viana (Funarte), que possibilita a Waku’mã há cinco anos a realizar oficinas no distrito de Nazaré. A Waku’mã ensina à dança clássica as jovens de Nazaré sem perder o foco das raízes das danças caboclas. Assim, a gente teve a oportunidade de apreciar a coreografia para uma música regional de autoria dos compositores de Nazaré, que em vários momentos, nos lembravam o balet clássico. É a tal da dança da toada na sapatilha de ponta, criada pelo Waku’mã. Parabéns ao Paulinho Rodrigues e sua equipe.
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Porém gostaria de chamar a atenção dos amigos leitores, para a abertura do Flor do Maracujá no dia 24 de agosto, quando será apresentada a Dança do Seringandô. Essa é muito boa, bonita e sensual!
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