Quinta-feira, 12 de abril de 2012 - 06h19
A organização de festas nos moldes populares é ma ótima forma de vivência coletiva
No próximo dia 19 estará se apresentando no Sesc Esplanada, em Porto Velho o músico, autor e pesquisador do folclore, Inimar dos Reis que aproveita para promover o lançamento do Livro Folias e Folguedos do Brasil – Ciclo Junino (acompanha CD).
A organização de festas nos moldes populares em escolas com a apresentação de cantos e danças da tradição brasileira, é uma ótima forma de vivência coletiva, envolvendo alunos, professores e pais, um convívio que vem sendo perdido em nossa sociedade individualista e veloz.
A lei 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas. O grande problema a partir daí passou a ser o da formação de professores na área específica das culturas populares, bem como a produção do material de apoio didático.
Atendendo esse último quesito, o brincante, pesquisador e professor de danças brasileiras Inimar dos Reis preparou a obra Folias e Folguedos do Brasil – Ciclo Junino, um autêntico mergulho na diversidade de sons e movimentos que é marca registrada de nossa cultura tradicional, tecida das memórias de tantos saberes e fazeres transmitidos de pai para filho por inumeráveis gerações.
Mais do que apoio para quem precisa transmitir informações e conhecimento às crianças, o projeto visa divulgar a cultura popular brasileira em suas raízes. Folias são grupos de pessoas que, nas comemorações de cunho católico saem desfilando, cantando e dançando para festejar a divindade e a força da vida. Folguedos são as danças dramatizadas nas manifestações populares, uma espécie de teatro popular encenado nas ruas. Inimar uniu os dois, pegando como tema um dos ciclos mais festivos do calendário popular brasileiro: O ciclo junino.
Acompanhado de um CD, a obra é, sem dúvida, um convite a experimentarmos os elementos e danças que compõem o quadro das celebrações de Benedito de São João, Folia de São João, Catira, Cana-verde, Dança do café, Coco, Ciranda, Cururu, Siriri, Fandango, Vilão, Carimbó, Araruna, Jongo, Bumba meu boi e Quadrilha. Inimar apresenta informações sobre a origem das danças, situando os contextos festivos regionais onde acontecem, sempre com letras e partituras das músicas.
Com tudo isso, Folguedos e Folias se revela um excelente manual de utilização prática das danças populares brasileiras em sala de aula, com atividades que podem ser trabalhadas transversalmente em disciplinas como educação artística, música, educação física, história, geografia, língua portuguesa e sociologia. Foi escrito num estilo em que em muitos momentos nos faz ouvir a fala saborosa do folgador popular, fato esse que denota a grande intimidade do autor com as tradições que aborda, muitas das quais traz de berço e, outras, da vivencia junto a importantes mestres desse nosso mundão Brasil. Em perfeita sintonia com o texto, os ilustradores Valdek de Garanhuns e Regina Drozina usaram xilogravuras para enriquecer a obra.
Inimar se apresenta dia 19 no Sesc e no dia 20 em programação da SEMED.
A obra pode ser adquirida na Livraria Paulinas a Rua D. Pedro II em Porto Velho ao preço de R$ 35,60.
Hoje os segmentos culturais do estado de Rondônia, começam a vislumbrar dias melhores para seus projetos. A Assembléia Legislativa de Rondônia apesar dos pesares “Termópilu’s”, realiza na manhã desta quinta feira dia 09, Audiência Pública para discutir os pormenores do Projeto de Lei de Financiamento da Cultura; Criação do Sistema Estadual de Cultura e a Criação do Fundo Estadual de Cultura.
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Desde quando Rondônia ainda era Território Federal do Guaporé que nós, os envolvidos com cultura, sonhamos com ferramentas que possam ser utilizadas em prol do desenvolvimento de projetos culturais.
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Graça à política cultural do governo federal que começou a ser implantada na gestão do Ministro Gilberto Gil, hoje vamos poder começar a discutir uma Lei que vai auxiliar e muito o desenvolvimento cultural do estado de Rondônia.
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Com a criação do Sistema Estadual de Cultura é obrigado a criação do Fundo de Financiamento da Cultura – Funcultura.
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Para esse fundo funcionar o governo estadual tem a obrigação de destinar parte da arrecadação estadual para fomentar os projetos culturais aprovados pelo Conselho de Cultura que também deve ser criado e vai contar com membros da sociedade civil e dos órgãos públicos.
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O pessoal encarregado da elaboração da minuta do Sistema que estará em discussão na manhã de hoje, na Assembléia Legislativa, sugere a implantação de 16 Câmaras Setoriais.
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Quem vai comandar como relatora a audiência pública, é a deputada Epifânia Barbosa que vem se reunindo com a turma da cultura quase que diariamente.
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A intenção com a realização das reuniões é chegar à discussão de hoje com o Projeto que cria do Sistema Estadual de Cultura com poucas arestas a serem aparadas.
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Talvez a discussão maior, por incrível que possa parecer, vai ser quanto a Setorial da Culinária.
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Quais os pratos que podem ser considerados típicos da culinária rondoniense.
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Se fosse apenas a culinária de Porto Velho estava resolvido.
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A culinária no estado de Rondônia é muito vasta. Se na capital temos a Caldeirada de Tambaqui e Dourado, além do Açaí e do Tacacá que podem ser considerados prato típico regional da capital.
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Nas cidades cujos habitantes em sua maioria vieram dos estados do sul, os pratos típicos são o Churrasco, a Polenta e o Chimarrão.
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As cidades colonizadas pelos nordestinos com certeza vão querer que seus pratos típicos sejam a Buchada de Bode e Carneiro, o Cuscuz entre outros.
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A discussão será vasta e pode ser acirrada com cada um puxando a brasa para debaixo do seu prato.
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A cultura popular também vai ser tema de grande discussão; Se em Porto Velho Guajará e Candeias, temos Boi Bumbá e Quadrilha.
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Nos demais municípios as danças são outras, é a Catira, o Vaneirão, o Fandango, a Dança do Café e tantas outras.
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Para encurtar a conversa, divulgamos alguns itens do projeto encaminhado a Assembléia pelo governo do estado de Rondônia:
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Art. 1º Fica instituído, no âmbito do Estado de Rondônia, o Sistema Estadual de Financiamento à Cultura – SEFIC, composto pelo conjunto de mecanismos de financiamento público destinado às políticas culturais do Plano Estadual de Cultura e demais objetivos do Sistema Estadual de Cultura – SEC.
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Art. 2º O Sistema Estadual de Financiamento à Cultura – SEFIC tem como objetivo captar e destinar recursos para projetos culturais compatíveis com as finalidades do Sistema Estadual de Cultura – SEC e:
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I – estimular a distribuição regional equitativa dos recursos a serem aplicados na execução de projetos culturais e artísticos;
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II - apoiar projetos dotados de conteúdo cultural que enfatizem o aperfeiçoamento profissional e artístico dos recursos humanos na área da cultura, a criatividade e a diversidade cultural estadual;
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III – contribuir para a preservação e proteção do patrimônio cultural e histórico brasileiro;e
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IV – favorecer projetos que atendam às necessidades da produção cultural e aos interesses da coletividade, considerados os níveis qualitativos e quantitativos de atendimentos às demandas culturais existentes, o caráter multiplicador dos projetos através de seus aspectos sócio-culturais e a priorização de projetos em áreas artísticas e culturais com menos possibilidade de desenvolvimento com recursos próprios.
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Art. 3º O Fundo Estadual de Desenvolvimento da Cultura, constitui-se no principal mecanismo de financiamento das políticas públicas de cultura do Estado, com recursos destinados aos programas, projetos e ações culturais implementados de forma descentralizada, em regime de colaboração e co-financiamento com a União e com os Municípios do Estado de Rondônia.
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Art. 4º Os recursos do Sistema Estadual de Financiamento à Cultura – SEFIC, destinados à formação de recursos humanos em áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento da cultura do Estado, serão transferidos ao Fundo Estadual de Desenvolvimento da Cultura.
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Art. 5º Ao Conselho Estadual de Política Cultural, por meio da Comissão Estadual de Incentivo à Cultura, compete à distribuição dos benefícios entre as instituições credenciadas, conforme os critérios estabelecidos nesta Lei.
AUDIENCIA PÚBLICA
Em discussão o Sistema Estadual de Cultura
Hoje a partir das 9h00, os envolvidos com os segmentos culturais em Rondônia devem lotar as dependências da Assembléia Legislativa onde participam da discussão em Audiência Pública, sobre a implantação do Sistema Estadual de Cultura. A relatora da matéria deputada Epifânia Barbosa teve a preocupação de convidar oficialmente praticamente todos os produtores culturais residentes em Porto Velho e até de alguns municípios. “Precisamos unir forças para que o Sistema Estadual de Cultura seja implantado sem maiores delongas”, disse a deputada do PT. Epifânia analisou o Projeto encaminhado pelo executivo que foram discutidos e trabalhados por representantes das várias linguagens culturais do estado de Rondônia.
A audiência pública de hoje vai discutir: Projeto de Lei de Financiamento da Cultura; Criação do Sistema Estadual de Cultura e a Criação do Fundo Estadual de Cultura.
O Projeto do governo estadual sugere a criação de 16 Câmaras setoriais entre elas a da Culinária, Teatro, Música, Audiovisual, Dança, Cultura Popular, Artesanato, Artes Plásticas e outras.
O secretário da Secel Francisco Leilson – Chicão também convoca todos os envolvidos nos segmentos culturais do estado de Rondônia a se fazerem presentes no auditório da ALE as 9h00 desta quinta feira. “É de vital importância a presença de todos nessa audiência pública”, disse Chicão
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