Governo não vai ajudar desfiles das agremiações

De acordo com a direção da União dos Blocos de Rondônia – Unibloco, o governo do estado não vai ajudar em nada os desfiles das agremiações filiadas à entidade.

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Benjamim Mourão presidente da entidade, ta pra perder o resto de cabelo que lhe resta, com tanta preocupação.

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Na realidade, o governo estadual não sinalizou pelo menos até a tarde de ontem 10, nenhuma possibilidade de abrir conversação para assinatura de convenio com a entidade, que representa os blocos de trio elétrico em Rondônia, mas especificamente em Porto Velho.

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Porém, a direção da entidade está tentando viabilizar através de algum deputado estadual uma emenda em prol da Unibloco ou dos blocos de Porto Velho.

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Sendo emenda parlamentar, com certeza, o governador autorizará a Secel ou outra secretaria a firmar convênio com a Unibloco no valor da emenda.

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Nem tudo está perdido, resta uma luz (que não é do sistema Eletrobrás) no fim do túnel da Jatuarana, da Campos Sales e da BR.

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A mochila do Mourão ta mais pesada que o “pescoço” do Chicão!

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Por outro lado, a entidade que representa os blocos de trio elétrico em Porto Velho está na expectativa de receber da Fundação Iaripuna a noticia de que pelo menos os Trios, serão contratados pela prefeitura municipal de PVH.

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Se assim não for, fica difícil colocar o bloco na rua,

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É como diz o Zezinho do Maria Fumaça – “Se formos cumprir o que determina a Lei 190, nenhum bloco tem como desfilar”. E muita taxa pra pagar.

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Basta lembrar, que a Eletrobrás encaminhou uma tabela de preço à Unibloco dando conta, de que cada eletricista utilizado para levantar os fios que cruzam as ruas por onde os blocos vão desfilar. Custa. Vejam bem:

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R$ 1.800 Mil. Cada trio tem que ter no mínimo 2 eletricistas e cada bloco no mínimo dois trios. Quer dizer, cada bloco vai ter que desembolsar só com eletricista, 7.200 Mil.

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Pra levantar os fios que a própria Eletrobrás já deveria ter levantado, pois sabe muito bem, que todo ano acontece desfile de bloco carnavalesco, marcha para Jesus, parada gay, marcha de Zumbi e outros eventos que utilizam trio elétrico.

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Não estamos aqui contestando a cobrança em si, estamos apenas achando que a taxa é muito alta.

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Até porque, a Eletrobrás não escala para fazer esse tipo de trabalho o eletricista mesmo, quem vai é o auxiliar do eletricista e tenho quase certeza, que esse profissional não ganha mais de R$ 2 Mil por mês. Como é que a empresa de energia quer cobrar por no máximo quatro horas de trabalho desse profissional, R$ 1.800.

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Tem alguma coisa errada nesse cálculo.

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No caso do Galo da Meia Noite e Banda do Vai Quem Quer a despesa aumenta porque esses blocos colocam Três Trios Elétrico na avenida.

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Para um bloco ensaiar deve recolher por ensaio uma taxa de mais R$ 400.

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Isso quer dizer que a prefeitura dar com uma mão e tira com a outra.

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Se formos colocar na ponta do lápis, as taxas obrigatórias que um bloco tem que recolher aos cofres municipais para garantir o direito de desfilar, supera o valor que a prefeitura paga por um trio elétrico para servir o bloco.

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Quer dizer, a turma dos blocos de trio está pagando para brincar carnaval.

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Por falar nisso, hoje tem reunião no gabinete do prefeito em exercício Emerson Castro.

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A reunião é para se arranjar um meio de amenizar as taxas e exigências constantes na maldita Lei 190.

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É a segunda reunião que trata do assunto. Hoje as entidades envolvidas devem apresentar a minuta de um novo Projeto de Lei que substituirá parte das exigências da 190.

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A discussão vai ser boa e se eu fosse você que atua nos segmentos culturais que utilizam os espaços públicos como ruas, avenidas e praças não faltaria a essa reunião.

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Apesar de a discussão ter sido provocado pelas entidades carnavalescas o assunto diz respeito a todos os segmentos culturais.

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Aqui temos que elogiar a atitude do Emerson Castro por acatar a solicitação dos carnavalescos e colocar o assunto em discussão oficial.

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A 190 existe há alguns anos, foi criada para prejudicar o Bloco Maria Fumaça e seu carnaval Fora de Época e acabou pegando todo mundo.

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Basta lembrar o caso da artista Ceiça Farias que foi multado em mais de R$ 5 Mil, durante um show no Teatro Um do Sesc Esplanada cujos fiscais foram lá e alegram que estavam cumprindo o que reza a 190.

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Vale lembrar que o ingresso era apenas R 5,00 e o Teatro só comporta 150 pessoas e não estava com a lotação completa.

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Então vamos todos procurar sanar esses problemas comparecendo à reunião de hoje, no gabinete do Emerson Castro a partir das 8h30.

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Qual é o pó? Pergunta a letra da marchinha do bloco Mistura Fina;

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E a resposta é: “Araruta, Maizena e Arrozina”.

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Inté!
 

ENREDO

Samba da Portela é coroado melhor do ano

Para especialistas em Carnaval que avaliaram os hinos o da Azul e Branca já é um clássico

Rio - O samba-enredo da Portela foi eleito o melhor do Grupo Especial neste ano por seis especialistas escolhidos por O DIA. A composição que vai embalar o enredo “... E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual”, que fala da Bahia, perdeu apenas 1 décimo na avaliação do júri. A Vila Isabel, que exaltará Angola, ficou em segundo lugar. Para Luís Carlos Magalhães, pesquisador e comentarista de Carnaval, a obra era o que a Azul e Branca precisava para voltar a protagonizar a festa: “É o samba da esperança para os portelenses e para os cultores do samba-enredo. Bom para cantar, bom para dançar: um samba de luz!”

A opinião é compartilhada pela escritora e vice-presidente do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, Rachel Valença: “Samba excelente, desses que a gente canta como se já conhecesse há muito tempo e não se cansa de cantar. Um clássico”.

O compositor Naldo atribuiu o primeiro lugar aos traços baianos: “A gente misturou o gingado carioca com o ritmo da Bahia”. Integrante da parceria, Wanderley Monteiro também comemorou: “A expectativa é enorme, e de um grande Carnaval da Portela. Esse samba uniu a escola”.

Para os jurados, o samba da Vila, que tem Arlindo Cruz entre os compositores, também merece destaque. “Uma obra que mistura um professor, um poeta e profundos administradores e conhecedores de Carnaval só poderia receber nota máxima”, elogia Paulinho Mocidade, ex-intérprete da escola.

Para Jorginho do Império, a Vila traz um tom diferente este ano: “É um bom samba com a pegada original da escola”, elogiou.

Na obra, Arlindo, que já venceu diversas vezes no Império Serrano, estréia com pé direito na agremiação de Martinho, tendo como parceiros os feras André Diniz, Evandro Bocão, Leonel e Artur das Ferragens.

Outro destaque é a composição da Mangueira, que foi gravada por bambas como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Dudu Nobre.

Grande Rio e Porto da Pedra ficam na lanterninha

Grande Rio e Porto da Pedra amargaram os últimos lugares da tabela. A tricolor de Caxias falará sobre superação, enquanto a Vermelho e Branca de São Gonçalo contará a história do iogurte. “A Grande Rio apresenta melodia pobre que em nada lembra o tema da superação”, lamentou Bruno Filippo, diretor do Instituto do Carnaval e colunista de O DIA na Folia.

Outra que não agradou foi a Porto da Pedra. “Com um enredo pífio, o que se pode esperar do samba? Os otimistas esperavam um milagre, que não veio”, avaliou Rachel.

O CD do Grupo Especial foi gravado ao vivo na Cidade do Samba e conta com a participação de integrantes de todas as escolas.

“... E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual”

Autores: Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Toninho Nascimento e Naldo

Meu Rei
Senhor do Bonfim alumia
Os caminhos da Portela
Que eu guardo no meu patuá
Eu vim com a proteção dos meus guias
Com Clara Guerreira à Bahia
Cheguei, eu cheguei pra festejar
Deixa lavar, nos altares e terreiros
Tem jarro com água de cheiro
Vou jogar flores no mar

No mar
Procissão dos Navegantes
Eu também sou almirante
De Nossa Senhora Iemanjá

Vou no gongá
Bater tambor
Tezo no altar
Levo o andor
Vem chegando os batuqueiros
Desce a ladeira, meu amor
Que a patuscada começou
Eu vim pra rua
Que o samba de roda chegou

Iaiá
De saia rendada em cetim
Bota o tempero na festa
Oi, tem abará e quindim

Portela cheia de encantos
Acolhe a Bahia em seu canto
De festas, rezas, rituais
Vestido de azul e branco
Eu venho estender o nosso manto
Aos meus santos do samba que são orixás

Madureira sobe o Pelô...tem capoeira
Na batida do tambor...samba Ioiô
Rola o toque de Olodum...lá na Ribeira
A Bahia me chamou