Domingo, 12 de janeiro de 2014 - 09h44
A atriz bonequeira, arquiteta e estilista Maria Luiza Silva conhecida no meio cultural como Lu Silva, criou e vive durante o carnaval, a personagem “Maria da Chave”, que acompanha o Rei Momo 1º e Único e sua Corte por tudo quanto é canto durante a folia. Maria da Chave não é personagem tradicional da Corte, por isso despertou nossa curiosidade e a de muita gente, sobre sua origem e por que a Corte do Rei Momo. Procuramos a Lu Silva para saber a história da Maria da Chave.
História
Segundo a bonequeira: Sempre ficava apreciando as apresentações da Corte do Rei Momo, principalmente quando acontecia a solenidade de abertura do carnaval e o prefeito num ato solene, passava simbolicamente, a Chave da Cidade para às mãos do Rei. Logo após a cerimônia o Rei passava a Chave para um dos integrantes de sua Corte, em geral o Bobo, que logo se desfazia dela entregando pra outro e esse pra outro e até abandonarem a Chave em cima de uma mesa e até nas caixas de som. O certo, é que ninguém queria ficar com a Chave, porque seu tamanho atrapalhava na hora da apresentação. Foi então que surgiu a idéia da criação da Maria da Chave.
Quem é a Maria da Chave
Maria da Chave aparentemente, segundo Lu Silva, representa uma “Dama” da alta sociedade portovelhense, que no carnaval se disfarça de moradora de rua e vestida numa fantasia vistosa, acompanha a Corte do Rei Momo segurando a Chave desprezada pelos demais membros da Corte. Porém, Lu prefere outra história que diz:
Maria da Chave é uma prostitua decadente. Ela durante sua juventude, era a preferida dos ‘coronéis’ seringalistas e depois dos garimpeiros bamburrados, que chegavam a fechar o ‘puteiro’ e a escolhiam como acompanhante preferida. Eles pagavam muito caro pela “Chave” do quarto do lupanar, para passar alguns minutos com Maria.
O tempo passou a idade foi tomando conta e ofuscando sua beleza e os ‘manda chuva’ dos prostíbulos, elegiam outra prostituta para satisfazê-los e então, para não ficar totalmente no ostracismo, Maria resolveu tomar conta da Chave da Cidade desprezada pelos membros da Corte do Rei Momo.
Montagem
Com maquiagem ‘pesada’ para que ninguém a reconheça e usando um dos seus melhores vestidos, apesar de já estar ‘desbotado’ pelo tempo, Maria da Chave passou a se apossar da Chave da Cidade logo após a solenidade de abertura do carnaval. Ela sempre vai à frente da Corte, de costas para o Rei Momo com sua Chave na mão, fazendo gestos, como se estivesse abrindo o caminho para a Corte Passar, ou querendo dizer, que o Povo da cidade recebe com muita alegria Sua Majestade Rei Momo 1º e Único para brincar o carnaval.
Pendenga
Essa história de que Maria da Chave é uma prostituta decadente, quase tira a personagem da Corte. Lu Silva conta como aconteceu a pendenga.
A Maria da Chave nasceu no carnaval de 2010 e logo de cara fez um enorme sucesso, pois era o diferencial da Corte. Com isso, despertou a curiosidade da imprensa especializada, que passou a entrevista-la com frequência. Numa dessas entrevistas, o prefeito ouviu que a Maria da Chave era uma prostituta disfarçada de ‘Madame’ da alta sociedade de Porto Velho. A entrevista ainda estava no ar quando o prefeito convocou o presidente da Iaripuna (Funcultural) Altair Lopes - Tatá para uma reunião urgente.
No gabinete do palácio Tancredo Neves, exigiu que Tatá retirasse da Corte a Maria da Chave, pois não queria nenhuma ‘prostituta’ dando entrevista sobre um evento de responsabilidade da prefeitura municipal de Porto Velho. “Isso fere os princípios morais da nossa sociedade”, disse o prefeito. Após ouvir o discurso do alcaide, Tatá calmamente ponderou: “Prefeito, o senhor sabe quem criou a Maria da Chave? Pois bem, trata-se da Lu Silva que o senhor conhece muito bem que não tem papas na língua. Se o senhor quiser, eu tiro a Maria da Chave da Corte do Rei Momo, agora vai ter que se preparar para ouvir as ‘cacetadas’ que a Lu vai desferir em cima da sua gestão a respeito de sua discriminação e preconceito para com as prostitutas. Quer?
O prefeito passou a mão no queixo pensou, pensou e numa daquelas saídas demagógicas de todo político, respondeu. “Convida a Maria da Chave para uma caldeirada de tambaqui lá em casa”!
A presidente atual da Funcultural Jória Lima ao ficar conhecendo a história da Maria da Chave ficou encantada. “Lu minha amiga, essa é uma história fascinante que precisa ser valorizada por toda a população carnavalesca de Porto Velho, vamos transformar a Maria da Chave a partir do carnaval do centenário do município, em personagem oficial da Corte do Rei Momo”.
Salve a representante das prostitutas, dentro da Corte do Rei Momo 1º e Único! Salve ‘Maria da Chave’!
Lenha na Fogueira com o filme "O Pecado de Paula" e os Editais da Lei Aldir Blanc
A Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), realiza neste sábado (16), o ensaio para a gravação do filme em linguagem teatral "O Pecado de Pau
Lenha na Fogueira com o Museu Casa Rondon e a eleição da nova diretoria da FESEC
Entrega da obra do Museu Casa Rondon, em Vilhena. A finalidade do Museu é proporcionar e desenvolver o interesse dos moradores pela rica história
Lenha na Fogueira com o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças
Hoje os católicos celebram o Dia de Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil. Em Porto Velho as celebrações vão acontecer no Santuário de Apareci
Jorgiley – Porquinho o comunicador que faz a diferença no rádio de Porto Velho
Tenho uma maneira própria de medir a audiência de um programa de rádio. É o seguinte: quando o programa ecoa na rua por onde você está passando, dando