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Silvio Santos

História do Barão do Solimões no Palácio das Artes


 História do Barão do Solimões no Palácio das Artes - Gente de Opinião

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Barão do Solimões, em Porto Velho, terá lembrados personagens contando um pouco de sua história em um show musical programado para a esta sexta-feira (18), a partir das 19h, no palco do Teatro Palácio das Artes Rondônia. Sessenta alunos e servidores da escola serão as estrelas da noite. O espetáculo com entrada franca mostrará composições de autores regionais, incluindo-se carimbó, baião, rap e reggae.

 “Direção e alunos promovem esse resgate que também mostrará ao público aspectos da criação do Território Federal do Guaporé anteriores ao Território e ao Estado de Rondônia”, disse o diretor da escola, Marcelo Lima de Araújo.

O projeto musical “Barão do Solimões – 90 anos. Faço parte desta história”, foi elaborado com a equipe dos programas Mais Educação e Mais Cultura, com repertório de autores regionais, coral, percussão, violino e violões.

“Na verdade, são milhares de histórias convergentes neste marco da educação de Rondônia”, explicou a coordenadora do projeto, professora Jussara Assmann.

O projeto musical foi finalista entre mais de mil inscritos no Prêmio Arte na Escola, competição nacional promovida pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).

As solenidades alusivas ao aniversário começaram no dia 25 de agosto, com a celebração de missa solene pelo arcebispo emérito de Porto Velho, dom Moacyr Grechi, e no dia seguinte, sessão solene na Assembléia Legislativa. 

Quem foi o barão, patrono da escola?

Manuel Francisco Machado, “primeiro e único barão de Solimões, foi advogado formado pela Universidade de Coimbra (Portugal) e jornalista editor de ‘O Liberal’, jornal aliado ao Partido Republicano Liberal. Paraense de Óbidos, ele foi também advogado e proprietário rural”.

Recebeu o título de barão em setembro de 1889. Era comendador da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo. Presidiu a Província do Amazonas, de 1º de julho a 21 de novembro de 1889, após a Proclamação da República, e depois, senador e constituinte de 1890 a 1900.

Em seu curto governo dedicou especial atenção à instrução pública. Recebeu o título de barão, por decreto do imperador dom Pedro II, em 25 de setembro de 1889″.

Terceiro lugar no ENEM

Se a conquista do terceiro lugar entre escolas estaduais no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) entusiasmou a escola, também preocupou a direção. “Já temos fila de pessoas buscando vagas para os filhos em 2016”, relatou a diretora pedagógica, Simone Piltez.

História

A escola inicialmente funcionou em prédios provisórios, abrigando filhos de ferroviários. As obras do atual prédio só foram concluídas em 1º de agosto de 1940, depois de sucessivas tentativas de mobilização da sociedade para angariar fundos. A direção da EFMM apoiava a construção, exigindo, contudo, a incorporação ao patrimônio da empresa.

Depois de ser empossado no cargo de governador do ex-Território Federal do Guaporé, em ato solene no gabinete do Palácio Presidente Getúlio Vargas, na então Capital Federal, Rio de Janeiro, o coronel Aluízio Ferreira assumiu o governo de Rondônia no dia 24 de janeiro de 1944, na sala onde hoje se encontra a Diretoria da escola. (Fonte: da redação e Montezuma Cruz – Secom).

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Serviço

Show  - Barão so Solimões 90 anos – Faço parte dessa história

Local – Teatro Palácio das Artes Rondônia

Dia – 18.09.2015

Hora – 19h00

Ingresso – Entrada Franca


Lenha na Fogueira

A matéria sobre o show que vai acontecer hoje, no Palácio das Artes Rondônia em comemoração aos 90 anos de existência da escola Barão do Solimões, me fez lembrar meu tempo de menino, estudante do Grupo Escolar Barão do Solimões.

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Minha história no Barão do Solimões começa em 1951, quando fui matriculado no Jardim da Infância “Chapeuzinho Vermelho” que fazia parte do Grupo Escolar. Acontece que minha família morava numa casa que era colada ao muro do Barão e tinha uma janelinha (entrada de ar) na parte que ficava pra cima do muro e eu com meus quatro anos de idade, ficava olhando a meninada brincando no quintal da escola e disse pra mamãe que também queria estar ali com aqueles meninos.

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Fui matriculado, porém já no primeiro dia de aula, não entrei de jeito nenhum no prédio, chorando escandalosamente, então mamãe resolveu desistir de me lavar. Durante todo aquele ano ficava olhando os meninos do Jardim brincando no pátio do Colégio e em 1952 realmente comecei a freqüentar o Jardim

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Estudei todo o primário no Grupo Escolar Barão do Solimões. Na minha turma estudavam entre outros Vitor Sadeck – Vitinho, Samuel Castiel, Silvio Galberto, Ana Castro, Paulo França, Hiran Brito Mendes, Jorge Canduri, Sulivan e muitos e muitos outros.

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Lembro das professoras Aurélia Banfield, Odaleia Sadeck (que era a diretora), dona Baba (esposa do seu Vivaldo Mendes), Maria dos Prazeres, Judite Holder, Luzanira (esposa do professor Enos Eduardo Lins) é claro que muitas outras professoras faziam parte do quadro, porém não lembro seus nomes.

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Na minha época, o Barão do Solimões era o Grupo Escolar mais disputado pelos pais na hora de matricular seus filhos. O grande concorrente era o Duque de Caxias.

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Aliás, a rivalidade entre os Grupos Barão do Solimões e Duque de Caxias se acentuava mesmo, quando chegava a Semana da Pátria. Muitas vezes após os desfiles de Sete de Setembro a discussão era tanta, que os alunos saiam na porrada mesmo.

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Como eu morava colado ao colégio, minha vida era jogar bola na quadra que até hoje existe ali pelo lado da Carlos Gomes e no campinho (que já não existe) que ficava pro lado da D. Pedro II.

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Por muitos anos fiz parte da Banda (Fanfarra) do Barão que era considerada uma das melhores entre a dos Grupos Escolares.

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Quando terminei o primário (quarta série), fui estudar no Senai e quando sai fui fazer o chamado Ginásio na Escola Modelo depois Presidente Vargas, que funcionava no prédio da Escola Normal Carmela Dutra (hoje Instituto).

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Porém, por problemas de malandragem, acabei por concluir o ginásio (ultima série), estudando no Colégio Estudo e Trabalho que funcionava a noite no prédio do Barão do Solimões.

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Tem um detalhe que não vi relatado em nenhum artigo escrito na atualidade sobre os 90 anos do Barão.

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Na década de 1950 o governo do Território Federal do Guaporé/Rondônia distribui presentes (brinquedos) para as crianças durante o Natal e esses brinquedos, eram separados ou empacotados, nas dependências do prédio do Barão do Solimões.

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Em 1954 participei de uma Banda formada por alunos do Barão para tocar na formatura dos alunos do primário. A apresentação aconteceu no Cine Teatro Resky e eu toquei Bumbo.

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Que bom recordar o tempo de infância e adolescência. Isso tudo graças aos atuais dirigentes da hoje Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Barão do Solimões.

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Vamos ao teatro Palácio das Artes Rondônia prestigiar a festa dos 90 anos do nosso querido Grupo Escolar Barão do Solimões!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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