Sábado, 18 de fevereiro de 2012 - 07h50
Vai Quem Quer 32 anos de carnaval
A coordenação da banda espera mais de 120 mil no 32º desfile do maior bloco da Amazônia
Hoje com certeza, mais de cem mil foliões de Porto Velho e cidades vizinhas, estarão brincando carnaval na Banda do Vai Quem Quer. Considerada o maior bloco da região Amazônica a Vai Quem Quer pelo segundo ano consecutivo desfila sem seu principal comandante, Manoel Mendonça o “General” Manelão. “Estamos com o coração apertado pela saudade do Manelão, mas, a Banda não pode parar e por isso, tomamos todas as providencias possíveis para que os foliões de Porto Velho brinquem a vontade neste sábado de carnaval”, disse a filha do General Sicilia Andrade que juntamente com uma equipe de colaboradores integrada pelo vice presidente Silvio Santos, Yally Dantas, Paula, Jacó, Marcos Duran, Marinho, Ray Batoré, Moacyr Lamego, Segismundo, Luciana Oliveira, Silvio José, Mara Regina e Mara Manicoré; Bete Azevedo, Seu Zé das Lojas Capri, Altair dos Santos Lopes – Tatá e a direção da Uniblocos na pessoa do presidente Benjamim Mourão e apoio da prefeitura municipal e do governo do estado, coloca a Banda na avenida na tarde/noite deste sábado.
A concentração está marcada para a partir das 14h00 na praça das Caixas D’água enquanto o desfile está programado para começar as 17h00 (caso o sol não esteja muito quente) ou as 18h00, pelo seguinte percurso: Carlos Gomes, Joaquim Nabuco, Sete de Setembro até a Rogério Weber. “A Banda da Banda está pronta para tocar sem intervalo durante cinco horas”, disse o diretor musical Silvio Santos. Outra característica da Banda do Vai Quem Quer é que, em oitenta por cento do seu percurso as marchinhas executadas são de autoria de compositores locais. “Desde seu primeiro ano a Banda valoriza o trabalho dos nossos compositores”,
O tema para este carnaval homenageia o “General” Manelão e a marchinha é de autoria do Tatá. Outra marchinha inédita que será executada durante o percurso, é de autoria do Bainha, Oscar e Tobá “Vai Siça” uma espécie de boas vindas a presidente Sicilia Andrade.
“Chegou a Banda, a banda a banda. A Banda do Vai Quem Quer...” com o seu 32º desfile levando a multidão pelas ruas de Porto Velho!
Hoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer.
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Como um dos idealizadores da Vai Quem Quer me considero no direito de utilizar o espaço dessa coluna, para contar algumas histórias que aconteceram ao logo desse 32 anos de carnaval.
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Histórias e causos que aconteceram na Banda do Vai Quem Quer!
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Na madrugada ou no raiar do dia da quarta feira de cinzas do carnaval de 1981 ano da fundação da Banda, estávamos, eu, Manelão, Emilzinho, Narciso e outros colegas, apreciando a saída da orquestra do Clube Ypiranga, (no prédio onde hoje funciona a academia Win) quando vimos que as orquestra do Danúbio Azul Bailante Clube, m Flamengo e Botafogo já estavam na Praça Mal Rondon.
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Vale salientar que naquele tempo as orquestras que tocavam nos carnavais dos clubes sociais, ao amanhecer de quarta feira de cinzas se deslocavam rumo a Praça Rondon, aonde acontecia o encontro dos foliões de todos os clubes.
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A gente começou a seguir a orquestra do Ypiranga na descida da ladeira da Presidente Dutra quando o Manelão me chamou atenção dizendo: Corre lá na Praça e pede para as orquestras receberem o Ypiranga tocando o Hino da Banda.
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O Hino da Banda é aquele cuja letra diz: Chegou a Banda a banda a banda; A Banda do Vai Quem Quer; Nós não temos compromisso; Na brincadeira entra quem quiser...
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Naquele tempo eu ainda bebia todas (cachaça) e estava pra lá de Bagdá, Quando o Manelão sugeriu que eu corresse até a praça Rondon para pedir que as orquestras tocassem o Hino da Banda.
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Desci a ladeira da Presidente Dutra na maior disparada, m sem medir as conseqüência.
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Ao chegar ao canto do prédio dos Correios não tive a preocupação de olhar para o lado da avenida Norte Sul (Hoje Rogério Weber), foi aí que o “milagre” aconteceu.
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Subindo a Sete de Setembro surgiu uma MOTOCICLETA daqueles utilizadas em trilha, na maior velocidade.
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O motoqueiro com certeza cheio da muamba e querendo aparecer para a mulherada que estava brincando carnaval na praça Rondon.
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Vinha com a MOTO EMPINADA.
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Quando vi, a “bicha” estava ali em disparada, e eu também, só deu tempo de dar uma freada (quem parou fui eu) e a Moto passar raspando meu corpo.
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Devo ter ficado mais amarelo que gema de ovo. Ouvi benzinho quando os foliões que estavam na praça fizeram aquele:
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UUUUUUUUUUUUUUUHHH!
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Quando se faz quando a bola passa raspando o travessão. No caso, a bola era a moto e o travessão esse amigo que vos escreve.
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É com se diz na gíria: “escapei fedendo”.
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Também isso serviu de exemplo. A Banda do Vai Quem Quer só me viu BÊBADO naquele ano, isso quer dizer que estou completando 31 anos sem colocar uma gota de bebida alcoólica na boca e nem por deixei de brincar carnaval na Banda do Vai Quem Quer!
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Outra do primeiro ano da Vai Quem Quer:
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A concentração foi no Bar Chopão ali na Duque de Caxias com a José Bonifácio e quem estivesse vestido com a camiseta da Banda bebia cerveja de graças. Acho que fomo o inventor da modalidade Open Bar em Porto Velho.
O desfile da Banda começou por volta da três horas da tarde e contou em sua saída com menos de 500 foliões. A Banda da Banda era integrada por todos os músicos da Banda de Música da PM que a gente ainda chamava de Banda da Guarda Territorial – A Furiosa.
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O percurso era José Bonifacio, Carlos Gomes, Joaquim Nabuco, Norte Sul, Carlos Gomes, José de Alencar, Duque de Caxias até o Chopão.
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Como disse, menos de 500 começaram a desfilar, porém quando retornamos o público estimado era de 5 Mil Foliões acompanhando o bloco.
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O fato pitoresco foi que o Bráulio Bigode um dos fundadores do bloco juntamente com o Claúdio Carvalho por serem de idade avançada, seguiram a Banda no Jeep do Manelão.
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E quando a Banda subiu a ladeira da Norte Sul a turma começou a sentir um cheiro estranho. Mal cheiro mesmo.
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O responsável por esse mal cheiro foi descoberto na chegada do Jeep ao Chopão, mais precisamente quando “seu” Bráulio desceu.
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Estava todo “Borrado” de cocô. A justificativa que ele deu ao ser submetido a um banho na caixa d’água do bar, foi que; “Quando olhei pra trás já na cabeça da ladeira e vi aquela multidão me emocionei ao ponto de sujar nas calças”.
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Vá para a Banda do Vai Quem Quer na tarde de hoje, mas, procure brincar com responsabilidade, se beber não dirija, não use droga e nem mije na rua. Salve o maior bloco carnavalesco da Amazônia – A Banda do Vai Quem Quer!
Banda do Vai Quem Quer
Por: Altair Santos (Tatá)*
“Sábado de carnaval: lá vem ela cheia de irreverência, amada e odiada, prá lá de solta, animada, polêmica como ela só! A majestosa diva do nosso imaterial cultural, o bloco da cidade de ontem, hoje e amanhã, pede passagem. Sempre envolvente, uma flor ela traz na mão e chama a cidade pra dança, com saudade do Manelão!“
Ontem à noite, a reluzente cerveja que meava o copo denunciava, sob a mesa amiga e testemunha muda, o nosso aspecto ansioso pelo dia seguinte - o sábado de carnaval. Este prelúdio nos enchia o peito que abrigava a bagagem da nossa preocupação e expectativa: O desfile da Banda. Em noite alta, o bar, naquele quase cerrar portas, assistia o êxodo desordenado dos notívagos (alguns já trôpegos) que se iam, não sem antes, promoverem ajuste nas bússolas e indicar a rota do dia seguinte. A coordenada, a deixa: “até amanhã na Banda.” Já em casa e a noite varando a madrugada rumo ao amanhecer, o grande bloco desfilava na passarela da insônia e nos tirou pra dança muito antes da hora. Na manhã as janelas da cidade receberam o sopro daquela brisa que auspiciava um dia repleto de enlevo, pelos motes da cultura popular, pura seiva dissociada dos intragáveis hits oportunistas e invasores, oriundos da famigerada indústria cultural. E assim, leve consigo e com todos é a Banda. Cantos, danças e cores, exalavam das ruas em forma de sedutora fragrância. Por entre casas e prédios, reverberava o apelo de um alvoroço gostoso e arrebatador que de assalto nos tirou a quietude, nos tragou indefesos, nos pintou a cara com os matizes da folia e nos lançou às ruas para a liberdade plena, sem amarras, sem, porém, nos avalizar atos desmedidos. Iam-se as horas, aproximava-se o início do desfile. A capital se adornava e exibia a face diferenciada pelo ressalte dos balangandãs da época. Fantasias, máscaras, perucas, apitos, chupetas, dentre outros adereços e penduricalhos, fazem das esquinas o grande salão onde se dá o avant premier do gigantesco bloco, um verdadeiro show room da invencionice e do imaginário folião. Nesses recantos um balé sem encomenda sincronizava a cidade para um mesmo ato, o esperado desfile da magestosa diva do nosso imaterial cultural, leia-se: a Banda do Vai Quem Quer. Parece até que os carros, os postes, as casas e as pessoas combinaram as fantasias. A cidade, sem por favor, conhece, reconhece, gosta, quer e ama a Banda. Isso justifica, constrói e solidifica o imaterial cultural, faz-se então a história. A Banda é prá Porto Velho, assim como é Zé Pereira para o próprio carnaval: um, a cara do outro! O metabolismo urbano da cidade porto, neste sábado, desde as horas primeiras, é um frenesi que aponta a mágica seta do querer manifesto indicando pro local de convergência, o ponto de saída do imenso cordão. Nesse diapasão, todos rumam para o epicentro do maior carnaval da região. A banda está em tudo e em todos. Os que nela brincam, brincam com ela, pra ela, por causa, dela. Os que se afastam se afastam dela, os que fogem, fogem dela! As ruas Carlos Gomes, Duque de Caxias, 7 de Setembro e arrabaldes, desde cedo, são artérias entrecortadas por foliões dos longes sul, norte, leste e do próprio centro da cidade. São os milhares de consangüíneos da folia, os conterrâneos e filhos da pátria de Zé Pereira (O Rei da Folia) que peregrinam para o grande cortejo. E se chover? Que chova! A chuva até pode vir em pouca ou muita quantidade. E se fizer sol? Que faça sol! O sol, por entre nuvens, pode aparecer brando. Com céu limpo ele será escaldante de arder na, pele até que venha o anoitecer. Certo mesmo é que, quando os clarins da banda se fizerem ecoar, a cidade, chova ou faça sol, terá o seu termômetro pontuando na exata medida da pulsação da Banda. E quando isso acontecer estaremos aos milhares, dançando e cantando com a banda, interagindo com a cidade e seus espaços num exercício de liberdade e cidadania, cultural. Seremos um enorme filão que serpenteará o centro da cidade pra provar que a banda não a é, nós – o povo – que a somos. E nessa de “eu não vou, vão me levando”, brinquemos todos com alegria e segurança porque a Banda já vai sair afinal, “chegou recado pra gente, ordem que vem lá do céu, solta a banda seu maestro e bate povo na palma da mão, canta, canta Porto Velho, tributo ao Mestre Manelão! Bom carnaval!
(*) o autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna
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