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Silvio Santos

Hoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer


Hoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer - Gente de Opinião

Vai Quem Quer 32 anos de carnaval

A coordenação da banda espera mais de 120 mil no 32º desfile do maior bloco da Amazônia

Hoje com certeza, mais de cem mil foliões de Porto Velho e cidades vizinhas, estarão brincando carnaval na Banda do Vai Quem Quer. Considerada o maior bloco da região Amazônica a Vai Quem Quer pelo segundo ano consecutivo desfila sem seu principal comandante, Manoel Mendonça o “General” Manelão. “Estamos com o coração apertado pela saudade do Manelão, mas, a Banda não pode parar e por isso, tomamos todas as providencias possíveis para que os foliões de Porto Velho brinquem a vontade neste sábado de carnaval”, disse a filha do General Sicilia Andrade que juntamente com uma equipe Hoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer - Gente de Opiniãode colaboradores integrada pelo vice presidente Silvio Santos, Yally Dantas, Paula, Jacó, Marcos Duran, Marinho, Ray Batoré, Moacyr Lamego, Segismundo, Luciana Oliveira, Silvio José, Mara Regina e Mara Manicoré; Bete Azevedo, Seu Zé das Lojas Capri, Altair dos Santos Lopes – Tatá e a direção da Uniblocos na pessoa do presidente Benjamim Mourão e apoio da prefeitura municipal e do governo do estado, coloca a Banda na avenida na tarde/noite deste sábado.

A concentração está marcada para a partir das 14h00 na praça das Caixas D’água enquanto o desfile está programado para começar as 17h00 (caso o sol não esteja muito quente) ou as 18h00, pelo seguinte percurso: Carlos Gomes, Joaquim Nabuco, Sete de Setembro até a Rogério Weber. “A Banda da Banda está pronta para tocar sem intervalo durante cinco horas”, disse o diretor musical Silvio Santos. Outra característica da Banda do Vai Quem Quer é que, em oitenta por cento do seu percurso as marchinhas executadas são de autoria de compositores locais. “Desde seu primeiro ano a Banda valoriza o trabalho dos nossos compositores”,

O tema para este carnaval homenageia o “General” Manelão e a marchinha é de autoria do Tatá. Outra marchinha inédita que será executada durante o percurso, é de autoria do Bainha, Oscar e Tobá “Vai Siça” uma espécie de boas vindas a presidente Sicilia Andrade.

“Chegou a Banda, a banda a banda. A Banda do Vai Quem Quer...” com o seu 32º desfile levando a multidão pelas ruas de Porto Velho!


 


Hoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer - Gente de OpiniãoHoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer.

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Como um dos idealizadores da Vai Quem Quer me considero no direito de utilizar o espaço dessa coluna, para contar algumas histórias que aconteceram ao logo desse 32 anos de carnaval.

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Histórias e causos que aconteceram na Banda do Vai Quem Quer!

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Na madrugada ou no raiar do dia da quarta feira de cinzas do carnaval de 1981 ano da fundação da Banda, estávamos, eu, Manelão, Emilzinho, Narciso e outros colegas, apreciando a saída da orquestra do Clube Ypiranga, (no prédio onde hoje funciona a academia Win) quando vimos que as orquestra do Danúbio Azul Bailante Clube, m Flamengo e Botafogo já estavam na Praça Mal Rondon.

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Vale salientar que naquele tempo as orquestras que tocavam nos carnavais dos clubes sociais, ao amanhecer de quarta feira de cinzas se deslocavam rumo a Praça Rondon, aonde acontecia o encontro dos foliões de todos os clubes.

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A gente começou a seguir a orquestra do Ypiranga na descida da ladeira da Presidente Dutra quando o Manelão me chamou atenção dizendo: Corre lá na Praça e pede para as orquestras receberem o Ypiranga tocando o Hino da Banda.

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O Hino da Banda é aquele cuja letra diz: Chegou a Banda a banda a banda; A Banda do Vai Quem Quer; Nós não temos compromisso; Na brincadeira entra quem quiser...

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Naquele tempo eu ainda bebia todas (cachaça) e estava pra lá de Bagdá, Quando o Manelão sugeriu que eu corresse até a praça Rondon para pedir que as orquestras tocassem o Hino da Banda.

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Desci a ladeira da Presidente Dutra na maior disparada, m sem medir as conseqüência.

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Ao chegar ao canto do prédio dos Correios não tive a preocupação de olhar para o lado da avenida Norte Sul (Hoje Rogério Weber), foi aí que o “milagre” aconteceu.

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Subindo a Sete de Setembro surgiu uma MOTOCICLETA daqueles utilizadas em trilha, na maior velocidade.

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O motoqueiro com certeza cheio da muamba e querendo aparecer para a mulherada que estava brincando carnaval na praça Rondon.

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Vinha com a MOTO EMPINADA.

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Quando vi, a “bicha” estava ali em disparada, e eu também, só deu tempo de dar uma freada (quem parou fui eu) e a Moto passar raspando meu corpo.

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Devo ter ficado mais amarelo que gema de ovo. Ouvi benzinho quando os foliões que estavam na praça fizeram aquele:

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UUUUUUUUUUUUUUUHHH!

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Quando se faz quando a bola passa raspando o travessão. No caso, a bola era a moto e o travessão esse amigo que vos escreve.

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É com se diz na gíria: “escapei fedendo”.

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Também isso serviu de exemplo. A Banda do Vai Quem Quer só me viu BÊBADO naquele ano, isso quer dizer que estou completando 31 anos sem colocar uma gota de bebida alcoólica na boca e nem por deixei de brincar carnaval na Banda do Vai Quem Quer!

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Outra do primeiro ano da Vai Quem Quer:

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A concentração foi no Bar Chopão ali na Duque de Caxias com a José Bonifácio e quem estivesse vestido com a camiseta da Banda bebia cerveja de graças. Acho que fomo o inventor da modalidade Open Bar em Porto Velho.

O desfile da Banda começou por volta da três horas da tarde e contou em sua saída com menos de 500 foliões. A Banda da Banda era integrada por todos os músicos da Banda de Música da PM que a gente ainda chamava de Banda da Guarda Territorial – A Furiosa.

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O percurso era José Bonifacio, Carlos Gomes, Joaquim Nabuco, Norte Sul, Carlos Gomes, José de Alencar, Duque de Caxias até o Chopão.

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Como disse, menos de 500 começaram a desfilar, porém quando retornamos o público estimado era de 5 Mil Foliões acompanhando o bloco.

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O fato pitoresco foi que o Bráulio Bigode um dos fundadores do bloco juntamente com o Claúdio Carvalho por serem de idade avançada, seguiram a Banda no Jeep do Manelão.

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E quando a Banda subiu a ladeira da Norte Sul a turma começou a sentir um cheiro estranho. Mal cheiro mesmo.

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O responsável por esse mal cheiro foi descoberto na chegada do Jeep ao Chopão, mais precisamente quando “seu” Bráulio desceu.

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Estava todo “Borrado” de cocô. A justificativa que ele deu ao ser submetido a um banho na caixa d’água do bar, foi que; “Quando olhei pra trás já na cabeça da ladeira e vi aquela multidão me emocionei ao ponto de sujar nas calças”.

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Vá para a Banda do Vai Quem Quer na tarde de hoje, mas, procure brincar com responsabilidade, se beber não dirija, não use droga e nem mije na rua. Salve o maior bloco carnavalesco da Amazônia – A Banda do Vai Quem Quer!


Banda do Vai Quem Quer

Por: Altair Santos (Tatá)*

“Sábado de carnaval: lá vem ela cheia de irreverência, amada e odiada, prá lá de solta, animada, polêmica como ela só! A majestosa diva do nosso imaterial cultural, o bloco da cidade de ontem, hoje e amanhã, pede passagem. Sempre envolvente, uma flor ela traz na mão e chama a cidade pra dança, com saudade do Manelão!“Hoje é o grande dia do carnaval de Porto Velho! É o dia da Banda do Vai Quem Quer - Gente de Opinião

Ontem à noite, a reluzente cerveja que meava o copo denunciava, sob a mesa amiga e testemunha muda, o nosso aspecto ansioso pelo dia seguinte - o sábado de carnaval. Este prelúdio nos enchia o peito que abrigava a bagagem da nossa preocupação e expectativa: O desfile da Banda. Em noite alta, o bar, naquele quase cerrar portas, assistia o êxodo desordenado dos notívagos (alguns já trôpegos) que se iam, não sem antes, promoverem ajuste nas bússolas e indicar a rota do dia seguinte. A coordenada, a deixa: “até amanhã na Banda.” Já em casa e a noite varando a madrugada rumo ao amanhecer, o grande bloco desfilava na passarela da insônia e nos tirou pra dança muito antes da hora. Na manhã as janelas da cidade receberam o sopro daquela brisa que auspiciava um dia repleto de enlevo, pelos motes da cultura popular, pura seiva dissociada dos intragáveis hits oportunistas e invasores, oriundos da famigerada indústria cultural. E assim, leve consigo e com todos é a Banda. Cantos, danças e cores, exalavam das ruas em forma de sedutora fragrância. Por entre casas e prédios, reverberava o apelo de um alvoroço gostoso e arrebatador que de assalto nos tirou a quietude, nos tragou indefesos, nos pintou a cara com os matizes da folia e nos lançou às ruas para a liberdade plena, sem amarras, sem, porém, nos avalizar atos desmedidos. Iam-se as horas, aproximava-se o início do desfile. A capital se adornava e exibia a face diferenciada pelo ressalte dos balangandãs da época. Fantasias, máscaras, perucas, apitos, chupetas, dentre outros adereços e penduricalhos, fazem das esquinas o grande salão onde se dá o avant premier do gigantesco bloco, um verdadeiro show room da invencionice e do imaginário folião. Nesses recantos um balé sem encomenda sincronizava a cidade para um mesmo ato, o esperado desfile da magestosa diva do nosso imaterial cultural, leia-se: a Banda do Vai Quem Quer. Parece até que os carros, os postes, as casas e as pessoas combinaram as fantasias. A cidade, sem por favor, conhece, reconhece, gosta, quer e ama a Banda. Isso justifica, constrói e solidifica o imaterial cultural, faz-se então a história. A Banda é prá Porto Velho, assim como é Zé Pereira para o próprio carnaval: um, a cara do outro! O metabolismo urbano da cidade porto, neste sábado, desde as horas primeiras, é um frenesi que aponta a mágica seta do querer manifesto indicando pro local de convergência, o ponto de saída do imenso cordão. Nesse diapasão, todos rumam para o epicentro do maior carnaval da região. A banda está em tudo e em todos. Os que nela brincam, brincam com ela, pra ela, por causa, dela. Os que se afastam se afastam dela, os que fogem, fogem dela!  As ruas Carlos Gomes, Duque de Caxias, 7 de Setembro e arrabaldes, desde cedo, são artérias entrecortadas por foliões dos longes sul, norte, leste e do próprio centro da cidade. São os milhares de consangüíneos da folia, os conterrâneos e filhos da pátria de Zé Pereira (O Rei da Folia) que peregrinam para o grande cortejo. E se chover? Que chova! A chuva até pode vir em pouca ou muita quantidade. E se fizer sol? Que faça sol! O sol, por entre nuvens, pode aparecer brando. Com céu limpo ele será escaldante de arder na, pele até que venha o anoitecer. Certo mesmo é que, quando os clarins da banda se fizerem ecoar, a cidade, chova ou faça sol, terá o seu termômetro pontuando na exata medida da pulsação da Banda. E quando isso acontecer estaremos aos milhares, dançando e cantando com a banda, interagindo com a cidade e seus espaços num exercício de liberdade e cidadania, cultural. Seremos um enorme filão que serpenteará o centro da cidade pra provar que a banda não a é, nós – o povo – que a somos. E nessa de “eu não vou, vão me levando”, brinquemos todos com alegria e segurança porque a Banda já vai sair afinal, “chegou recado pra gente, ordem que vem lá do céu, solta a banda seu maestro e bate povo na palma da mão, canta, canta Porto Velho, tributo ao Mestre Manelão!  Bom carnaval!

(*) o autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna

tatadeportovelho@gmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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