Domingo, 14 de abril de 2019 - 11h07
Terça feira dia 9, visitamos o Superintendente da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer Jobson Bandeira, para saber como estão as negociações da superintendência, com a Federação do Grupos Folclóricos de Quadrilhas e Bois Bumbás – Federon sobre a realização do Arraial Flor do Maracujá 2019.
Acontece que numa primeira reunião com a direção da Federon, o superintendente comunicou aos dirigentes presentes no Teatro Guaporé, local da reunião, que após consultar os órgãos fiscalizadores e controle do Estado como Procuradoria Geral, Ministério Público e Tribunal de Contas, foi recomendado a não repassar recursos para a Federação, além de naquele momento, também comentar que não tinha como passar recursos para os grupos aprontarem seus temas.
No final da semana passada, a Federon reuniu os dirigentes de grupos cuja pauta discutiu o que estava acontecendo e pediu apoio dos mesmos, para que a Federação continuassem gerenciando o Arraial.
Terça feira dia 2 de abril, os dirigentes da Federon protocolaram na Sejucel a Ata da reunião e foram convidados para uma conversa com o superintende. Após analisar as reivindicações dos grupos, Jobson concordou que a coordenação/organização das apresentações dos grupos no Arraial Flor do Maracujá 2019, continue sob o comando da Federon e solicitou aos dirigentes folclóricos, que verificasse com carinho, a proposta do governo do estado, para que ele dê o star para o Projeto Flor do Maracujá 2019 seja iniciado.
Na nossa conversa Jobson explica os detalhes da proposta governamental.
ENTREVISTA
Zk – Que realmente esta acontecendo a respeito da Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbá ou Arraial Flor do Maracujá?
Jobson – Quando assumimos a Sejucel verificamos algumas reclamações que tinham sobre o Arraial, exemplo: preços dos alimentos e algumas coisas mais e então, fui buscar a parte legal, que é o que estamos aqui pra fazer. Fizemos umas demandas com a PGE, MP e aí foram deliberadas algumas ações. O que vamos fazer a partir de agora, é tentar tirar algumas responsabilidade dos grupos.
Zk - Por exemplo?
Jobson – Ônibus! o cara tem que se preocupar 24 horas com ensaio para deixar a coisa mais linda e aí vamos supor que chega o dia e o ônibus não aparece e o pior, o responsabilizado será o grupo, porque o contrato não tem legalidade alguma.
Zk o O que o governo pretende?
Jobson – Vamos puxar essa contratação dos ônibus pra gente. Nosso planejamento é fazer aqui, uma licitação e chamar uma empresa e pagarmos internamente para que essa empresa deixe lá, tantos ônibus foram possível para atender os grupos. Esse é o nosso planejamento. Os grupos têm que se preocupar em realizar uma apresentação a mais bonita possível. Assim vamos fazer com outras demandas que existem, como alimentação e tantas outras passem de responsabilidade da Sejucel.
Zk – Isso quer dizer o que?
Jobson – O que estou visualizando é que os grupos sofrem demais, sendo que eles são quem realizam a festa. Estamos buscando a parte legal que isso possa acontecer. Já pensando nesse problema, se eu estivesse aqui nessa cadeira ano passado, eles não estavam sofrendo o que sofrem hoje. Eles precisam da verba para fazer a coisa acontecer. Eu posso perguntar: o que você precisa para colocar teu grupo de quadrilha ou boi bumbá no Flor do Maracujá? Ele vai me trazer uma lista de suas necessidades e nós vamos tentar sanar o problema. A deputada federal Mariana Carvalho esteve aqui comigo e questionou: “Jobson como é que eu vou colocar dinheiro a mais se nem o valor que coloca está sendo utilizado’? Fica difícil eu barganhar valores a mais se eu não tenho a demanda, aliás, não foi estipulado demanda. Algumas quadrilhas com as quais eu conversei, me informaram que gastam mais de R$ 50 MIL. Seja realizando bingos, feijoadas e outros eventos os caras se desenrolam para fazer a coisa acontecer, ai eu penso que eles estão subagregados e isso nós como estado, temos como fazer. Este ano não vamos conseguir fazer. Mas, tão logo termine o Flor do Maracujá 2019 vou solicitar de cada boi e de cada quadrilha o que eles precisam pra fazer a festa deles e então vamos fazer uma ATA de Registro de preços, vou saber todos os valores para quando chegar com a deputada Mariana em vez de pedir R$ 200 MIL, pedir R$ 800 MIL para os grupos
Zk – Quanto a mão de obra?
Jobson – Aí entra a questão do patrocínio que é um recurso que não pode entrar para o estado. Tem a questão da premiação dos grupos, vamos supor: Uma empresa entra com o patrocínio de 30 MIL essa empresa vai direcionar esse patrocínio para a premiação dos grupos. Como seria essa premiação, de inicio para os três primeiros colocados de cada categoria. Porém, estamos estudando criar o prêmio de participação, quando todos os grupos que dançarem receba algum valor. Posso garantir que os grupos terão na Sejucel uma parceira.
Zk – O que foi conversado com a Federon?
Jobson – O que foi conversado com a Federon foi a questão da organização das apresentações dos grupos folclóricos. Temos que reconhecer que eles sabem como é que funciona o Arraial. Os grupos já estão alinhados a Coordenação da Federon, entretanto A parte financeira será retirada dessa Coordenação. Eles passaram pra gente: “Jobson pra gente organizar o Flor do Maracujá para o dia 28 de junho vamos precisar pagar os jurados, seguranças, enfim...”. Fomos procurar e encontramos a Lei que diz que o Flor do Maracujá é institucionalizado como festa do Estado, com isso, consigo quebrar as taxas do estado e posso fazer um termo de cooperação com a prefeitura, ou seja, a prefeitura também quebra as taxas dela. O que passei para o pessoal da Federon é que eles não precisam se preocupar com a execução do Arraial, têm apenas que cuidar das apresentações, com a organização.
Zk – A preocupação da direção da Federon é quanto a comercialização das barracas. O que a Sejucel pretende fazer?
Jobson – Nesse caso, eles não tem que se preocupar. O que passaram foi que os valores da venda dos espaços para colocação de barracas de restaurantes e ambulantes, seriam investidos no pagamento das taxas e outras despesas do Arraial só que nós vamos assumir todas essas demandas e ele não precisam se preocupar com valor de venda de espaço das barracas.
Zk – Como será a venda dos espaços para montagem de barracas?
Jobson – Esse é um problema que estamos trabalhando com carinho, pois, nossa intenção é passar esses espaços para entidades filantrópicas, para que os preços dos alimentos não sejam sub-taxados. Em suma, não venderemos espaço para barracas.
Zk – E como é que a Federon vai fazer para conseguir recursos para a montagem dos temas dos grupos?
Jobson – O que não vamos concordar é que a Federon administre o financeiro da estrutura ou da montagem do Flor do Maracujá, agora, eles podem conseguir parceiros, patrocínio para os grupos como já existe a parceria deles com a Marquise que não vamos intervir, quantos mais patrocínios eles conseguirem melhor para os grupos. O governo não tem nada a ver com isso, é uma demanda que diz respeito a eles e aos patrocinadores. Se eles conseguirem R$ 500 MIL de patrocínio, vamos aplaudir porque a festa vai ser mais bonita.
ZK – Para encerrar. E o Parque de Diversão e exclusividade da venda de bebida?
Jobson – Vamos negociar com essas empresas a premiação dos grupos. Como já dissemos, além da premiação aos primeiros colocados, vamos estudar a premiação por participação, quando todos terão direito a um percentual dos recursos oriundos do Parque de Diversão e da Distribuidora de Bebidas que ganhar a exclusividade. O que não pode, são os grupos ficarem fora dessa premiação, cada um vai levar o seu quinhão!
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