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Gente de Opinião

Silvio Santos

José Carlos Monteiro Gadelha - O turismo em Porto Velho


José Carlos Monteiro Gadelha - O turismo em Porto Velho - Gente de OpiniãoPorto Velho, de acordo com palestra proferida pelo secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico – SEMDES, José Carlos Monteiro Gadelha na abertura da I Conferencia Municipal de Turismo que aconteceu quarta e quinta feira (7 e 8), no auditório do Senac; dentro em breve, vai se transformar num grande pólo turístico.
Na realidade, a capital de Rondônia mesmo sem contar com infra-estrutura adequada, recebe considerável contingente de turistas que vêm visitar o que restou da Madeira Mamoré e pescar em seus rios e lagos. "Nosso objetivo é apresentar o balanço do plano de políticas públicas, desenvolvido pela administração municipal para o pólo turístico de Porto Velho, diante da enorme potencialidade do turismo da região como multiplicador econômico e social". O auditório literalmente lotado ouviu atentamente a explanação do Gadelha sobre o tema "Gestão Pública Municipal: Turismo em Porto Velho". Usando o sistema de data show Gadelha foi mostrando e comentando sobre as ações que a prefeitura está desenvolvendo e pretende desenvolver para transformar Porto Velho no grande pólo turístico da região.
José Carlos Monteiro Gadelha é rondoniense de Porto Velho nascido na Maternidade Darci Vargas e mora num doa bairros mais antigos de nossa cidade o Arigolândia. Considerado uma dos melhores secretários da administração do prefeito Roberto Sobrinho, Gadelha como é conhecido, é pessoa simples que jamais deixa de atender os munícipes que o procuram na Semdes. "O que nos deixa tranqüilo no dia-a-dia da secretaria é a capacidade da nossa equipe, que apesar de reduzida, é dinâmica na solução dos problemas surgidos". Vamos saber o que a administração municipal está realizando em prol do turismo em Porto Velho.

ENTREVISTA
Zk - Qual a importância dessa Conferência?
Gadelha – É de uma importância muito grande para nós do município de Porto Velho. Quando digo pra nós estou falando do governo municipal, pra nós instituições que participam do tride turístico, as nossas faculdades, as instituições de fomento e financiamento as ações de turismo, aos cidadãos e cidadãs dos mais longínquos lugares desse município, aos empresários, aos empreendedores que acreditam no turismo como uma política pública capaz de promover o desenvolvimento. Acreditando nessa possibilidade é que chamamos essa primeira conferencia de turismo. Nós não estamos chamando uma conferencia de turismo porque vamos ter uma conferência estadual ou nacional, que nós temos que tirar delegado pra lá e pra cá. Nós queremos discutir o turismo na perspectiva de construção de uma política pública de turismo para o nosso município, uma coisa que até não aconteceu. O prefeito Roberto Sobrinho tem sido muito claro com essa concepção de turismo de que, uma cidade boa pra se fazer turismo, é uma cidade boa pra se viver. Não é possível trabalhar o turismo na condição de criar ilhas de excelência pra atender uma população externa e a população interna fica olhando admirada tanta gente que entra e que sai.
Zk – Quais as ações que a prefeitura está desenvolvendo em prol do turismo em Porto Velho?
Gadelha – Quando assumimos a cidade de Porto Velho uma das questões que nós vimos, era a questão da auto estima da população lá em baixo, porque todos os espaços públicos da cidade estavam em situações de abandono e maltrato. Nós buscamos fazer um trabalho no sentido de reativar e reanimar essa alto estima através de algumas ações.
Zk – Por exemplo?
Gadelha - Restauração da Praça das Três Caixas D´água em parceria com a GRPU essa praça passou a ser do município de Porto Velho, antes era da União. Sua restauração contou com a parceria da Furnas. Outra praça que passou pelo processo de reforma e restauração foi a do Conjunto Santo Antônio; A Praça do Jardim Santana também já foi entregue a comunidade. No Jardim das Mangueira aquela área que tinha lá para caminhada foi feito todo um trabalho de recuperação da pista, criamos quiosques padronizados e ali também está sendo edificado um skate parque para os amantes do skate fazerem suas manobras. No Quatro de Janeiro a Praça Bola Sete que estava totalmente abandonada, tinha uma vala grande. A Praça do Conjunto Rio Candeias na região da estrada do aeroclube onde foi feito todo um trabalho de urbanização de um espaço que tinha lá.
Zk – Vamos falar da Praça Jonathas Pedrosa?
Gadelha – Fizemos uma importante parceria com a Associação Comercial e CDL para fazermos à reforma daquela praça. É uma das áreas que a gente tem constante conflito com relação à questão dos vendedores ambulantes ainda, de vez em quando a gente faz a fiscalização, bate em cima mas é uma situação difícil de ser trabalhada, mas estamos buscando manter. O certo é que a praça hoje está a disposição da população.
Zk - Por falar em praça, quando começa a reforma da praça Mal. Rondon?
Gadelha – Pois é! A Praça Marechal Rondon que infelizmente muitos chamam de Praça do Baú. Praça do Baú não existe o nome daquela praça é Marechal Rondon. Estaremos dando a ordem de serviço ainda este mês para iniciar a obra de reforma dessa praça. Ela vai ser toda reformada. Naquela parte baixa que fica para a Avenida Rogério Weber vamos inserir três quiosques para a questão da comercialização de alimentação de forma padronizada com higiene. O recurso para a reforma da Praça Mal. Rondon é do Ministério do Turismo.
Zk – E a Praça Aluízio Ferreira
Gadelha
– Essa praça já está em reforma e provavelmente até dezembro estaremos devolvendo essa praça à população da Porto Velho.
Zk – É verdade que a Praça Aluízio Ferreira vai contar com estrutura para a realização de shows?
Gadelha
– É sim! Ela vai ser uma praça de pequenos eventos e nós definitivamente vamos incorporara a Feira do Porto na praça, inclusive já estamos discutindo com os feirantes no sentido de reordenar e adequar à feira que era a feira pra comercialização de alimentação típica da região e artesanato regional. É uma discussão muito difícil, muito dura porque ao longo do tempo não houve uma vigilância com relação a essa situação e outras atividades que foram se incorporando àquela questão. Acreditamos que até meados de dezembro estejamos entregando a praça à população totalmente restaurada. Essa reforma acontece numa parceria com a Eletronorte
Zk – É verdade que o9 Mercado Central vai passar por reformas?
Gadelha – Acredito que dentro de dez, quinze dias estaremos dando a ordem de serviço para iniciar a reforma total do Mercado Central. Vale lembrara que os mercados são importantes pontos de valorização e de construção da nossa cultura e é nesse sentido que vamos fazer a reforma do nosso Mercado Central. Os recursos para essa obra são do Ministério do Turismo.
Zk – Uma obra que está causando polêmica é a do Canal dos Tanques, Como vai ficar aquele Canal após a conclusão da obra?
Gadelha - Alce está sendo feito todo um serviço de drenagem e também vai ser feita toda uma urbanização nas laterais do canal de forma que a gente tenha, como o pessoal está falando, uma coisa similar ao Canal da Maternidade existente no Acre. A idéia é que se faça uma urbanização de forma a não permitir a reocupação pela população em torno desses canais. O trecho todinho vai ser canalizado e urbanizado as laterais com pista de caminhada área de play ground etc.
Zk – Porto Velho necessita de espaço adequado para a realização de grandes eventos como os desfiles das escolas de samba e o carnaval fora de época. Existe algum projeto nesse sentido?
Gadelha – Estamos com um Projeto que estamos chamando de Espaço de Multi Eventos onde estaria inserido o nosso Centro de Convenções. Esse Projeto já foi dado entrada no Ministério do Turismo a senadora Fátima Cleide com interlocutora para a viabilização dos recursos. É um Projeto caro, só o Centro de Convenções está em torno de 20 milhões de Reais todo equipado com espaço pra grandes eventos, como o carnaval das escolas de samba e o carnaval fora de época além da montagem de feiras.
Zk – E a Rodoviária?
Gadelha – Até o dia 17 deste mês teremos o processo de licitação. O negócio é o seguinte, nós concebemos o projeto da nova Rodoviária e esse projeto foi colocado para licitação pública, de forma que a empresa privada que ganhar essa licitação, constrói a nova rodoviária e tem um tempo de exploração dessa rodoviária.
Zk – Recentemente o prefeito Roberto Sobrinho assinou a ordem de serviço para a reconstrução e revitalização do Mercado Municipal que a gente chama de Zizi. Come será a concepção dessa obra?
Gadelha
– Na realidade esse espaço vai ser chamado de Mercado Cultural que é o antigo mercado de Porto Velho ali em frente o palácio do governo. Esse mercado, até eu recomendo que as pessoas leiam o que meu amigo Zakatraca escreveu no domingo passado dia 4 sobre o antigo Mercado de Porto Velho recomendo porque é uma memória histórica do que o Mercado representou e acho que ainda representa na vida de Porto Velho. Faremos um trabalho de recuperação dos arcos do que restou do mercado e ali vai ser realmente um espaço cultural da cidade de Porto Velho. Os recursos também são do Ministério do Turismo. Quantos as duas lanchonetes, a do Zizi e a Gostosa serão incorporadas ao projeto.
Zk – E o camelódromo?
Gadelha - Estamos reformando aquele espaço que vai ser reaberto com o nome de shoping popular. A inauguração está prevista para dezembro. Vamos levar pra lá algumas situações que temos na região central de Porto Velho e aí é importante que se diga que para se fazer uma cidade turística você tem que pensar em todas as situações da cidade. Sei que o shoping popular não vai resolver toda a situação de camelô na cidade de Porto Velho mas, vai ser uma importante alternativa para uma outra questão que é a urbanização do centro da cidade.
Zk – E a questão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré?
Gadelha – A Estrada de Ferro Madeira Mamoré é uma situação bastante complexa e emblemática. Desde o inicio da nossa administração tivemos a definição de que iríamos fazer uma intervenção na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, acontece que encontramos uma série de dificuldades, desde a questão da regularização, das negociações com Iphan com os Amigos da Estrada de Ferro e com várias outras situações. Hoje, só para resumir um pouco, temos o domínio de parte daquele patrimônio histórico. Da Sete de Setembro até as barrancas do Mirante onde tem a casa do General na D. Pedro II, já foi repassada para o município de Porto Velho a outra área, da Sete de setembro até o Cai N´água ainda está sob o controle da Marinha do Brasil, já temos um processo também pleiteando esse controle.
Zk – Independente dessas pendengas o que a prefeitura já tem a respeito da Madeira Mamoré?
Gadelha – Nós temos pronto, um projeto de restauração e revitalização de todo o pátio da Estrada de Ferro, esse projeto já está aprovado pelo Iphan. Enquanto isso nós temos alguns recursos que já estão sendo aplicados no galpões da Estrada de Ferro. Esse trabalho é um trabalho que está sendo feito de uma forma muito minuciosa porque é de restauração, não é de reforma. É um trabalho que tem o controle de destelhamento, de empilhamento, de numeração de cada peça porque, dentro do acordo que ficou lá nós vamos reconstruir um galpão todo ele com material original. Inicialmente nosso planejamento de obra era para seis meses, porém, nesse contexto de restauração ele vai um pouco mais. Temos uma empresa contratada que conta com o acompanhamento de uma consultoria indicada pelo Iphan que a cada 20/30 dias está aqui fazendo a orientação junto ao pessoal da empresa contratada para fazer a restauração.
Zk – Para encerrar?
Gadelha
– Dentro desse projeto vamos fazer a urbanização de toda parte frontal da Estrada de Ferro que pega da D. Pedro II até a 13 de Maio lá embaixo, já na região do Cai N´água, onde será construído um calçadão, lá na frente da Vila Ferroviária tem um projeto de alargamento daquela rua com a construção de um mirante voltado para a Estrada de Ferro, os recursos para essa obra já se encontram na Caixa. O processo de licitação deve levar uns 30/40 dias.
Zk – Para encerrar de verdade. E a questão da vila e do cemitério da Candelária?
Gadelha – Esse é um projeto que já deveria estar em andamento, mas, tivemos problema com os trabalhos de engenharia. O projeto de revitalização da Vila Candelária tem como proposta fazer uma urbanização do acesso da Estrada de Santo Antônio até a Vila com calçamento, dentro da Vila vamos fazer uma intervenção na fachada das casas e dar uma melhoria de condições nos dois restaurante e fazer a urbanização do pátio da Vila Candelária.
Zk – E o cemitério?
Gadelha – Tem uma confusão rolando aí com essa história do cemitério da Candelária. Só queria dizer uma coisa, se fala muito, mas, se fala com pouco conhecimento da causa, se tem uma administração que tem tido o zelo pela questão do patrimônio, essa administração é a nossa. Nós não seriamos loucos de fazer uma ação da forma com estão falando aí. A idéia é de que o turista ao chegar a Vila Candelária ele tenha a oportunidade de almoçar, visitar o cemitério, visitar um centro de produção de artesanato, visitar aquele cemitério de máquinas. É transformar o que a gente tem de um potencial em um produto turístico que possa ser vendido. Tenho dito!

Fonte: zekatraca@diariodaamazonia.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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