Sexta-feira, 1 de junho de 2012 - 05h22
ENCONTRO
Fórum de gestores de Cultura da Região Norte
Na abertura o secretário da Secel Chicão disse da satisfação em receber os secretários municipais da Região Norte
O fórum de gestores de cultura das capitais da região Norte que foi aberto ontem em Porto Velho no teatro Banzeiros, sob a coordenação da Fundação Iaripuna, prossegue durante o dia de hoje com inicio as 9h00.
Ontem entre tantas ponderações sobre os termos do Edital da Vale que destina em dois anos R$ 15 milhões (7,5 em cada ano), aos Projetos Culturas apresentados por produtores da Região Norte, as que mais chamaram a atenção, foram as do Chicão Santos e do Carlos Levy de Porto Velho, da Eurilinda e da Francis do Acre e as mais ferrenhas foram as do Presidente da Fundação Cultural de Macapá (AP), João Porfírio mais conhecido como Popó.
Na abertura dos trabalhos o secretário da Secel Chicão disse da satisfação em receber os secretários municipais da Região Norte em Rondônia e os convidou a visitar a praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré onde presenteará a todos com livros sobre a ferrovia que está completando cem anos de inauguração.
Em sua fala o presidente da Fundação iaripuna Altair dos Santos Lopes o Tatá disse: “A importância disso é que Porto Velho começa a habitar de vez a cena da cultura do norte do Brasil, juntamente com as capitais que já constavam nessa pauta”.
Nesta sexta feira a pauta principal será a adesão dos municípios do estado de Rondônia ao Sistema Nacional de Cultura e a participação do Henilton Meneses da Sefic do MInC, que vai diluir as dúvidas e fazer esclarecimentos a cerca desse importante Edital da Vale.
Hoje a festa é no Mercado Cultural com a Fina Flor do Samba do Ernesto Melo e o especial com o Sergio Ramos e seu Talento no Cavaquinho.
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O Tatá juntamente com a professor Berenice programaram o encerramento do Fórum de Gestores de Cultura das Capitais da Região Norte, justamente para o Mercado Cultural. Onde se quiserem, vão degustar um saboroso Pirarucu de Casaca preparado pela Almira
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Aliás, o teatro Banzeiros deve registrar no dia de hoje seu maior público, pois os prefeitos e secretários de cultura de todos os municípios de Rondônia ou seus representantes legais, estarão participando da Adesão ao Sistema Nacional de Cultura no encerramento do Fórum.
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Pelo menos na manhã de ontem, quem mais se destacou, por levantar as maiores polêmicas dentro do Fórum foi o Presidente da Fundação Cultural de Macapá (AP) João Porfírio o popular Popó.
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O cara é bom de questionamento e sabe o que fala. Quero ver se hoje, suas ponderações sobre o Edital da Vale serão acatadas pelo Henilton Meneses da Sefic do MinC.
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Nesta página publicamos entrevista com o Popó.
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O professor doutor Patrice Bougon, da Université Paris III (França), é o conferencista de hoje na VIII Jornada Literária promovida pelo SESC, no Teatro 1, às 20 horas, com o tema “Literatura e Cinema”.
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A participação do professor é o resultado da parceria do SESC com o Programa de Mestrado em Estudos Literários da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
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O professor Bougon é doutor em Literatura Francesa e já desenvolveu atividades acadêmicas em parceria com a Universidade de Iwate, no Japão.
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Desde o ano 2000 é membro do grupo de pesquisa Centro de Estudos sobre o Romance dos Anos Cinquenta ao Contemporâneo, na Université Paris III.
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Amanhã, ainda como parte do evento, haverá uma oficina sobre Cinema e literatura contemporânea com o professor Bougon e a professora da UNIR, Milena Guidio, no Audicine SESC, a partir das 8 horas.
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A VIII Jornada Literária acontece até domingo, 3 de junho. A programação do evento pode ser acessada no endereço www.sescro.blogspot.com.br.
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O Ministério da Cultura convida todos para contribuírem com os diálogos virtuais sobre a Cultura na Rio +20.
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A Rio +20 é a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro.
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O Ministério da Cultura terá uma presença marcante neste evento, com uma programação que acontecerá no Galpão da Cidadania, na região das docas (onde fica), onde serão realizados 4 seminários:
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- Desconferência Cultura e Sustentabilidade Rio+20, a ser promovida pela Secretária de Políticas Culturais;
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- Debate Quilombos, Terreiros e Juventudes: justiça ambiental e práticas culturais africanas e afro descendentes, a ser promovida pela Fundação Cultural Palmares;
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- Diálogos entre Brasil e União Européia sobre Economia Criativa, a serem promovidos pela Secretaria de Economia Criativa;
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- Seminário sobre Patrimônio, a ser promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
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O Blog Cultura Rio +20 é um espaço para a reflexão e debate sobre a importância da cultura como eixo estratégico do desenvolvimento sustentável. Seu objetivo é difundir e debater com os participantes da Rio +20 os projetos e ações desenvolvidas pelo Sistema MinC e acolher propostas que venham a colaborar com as políticas culturais.
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A prefeitura de Porto Velho, por meio da Fundação Cultural Iaripuna, apóia o espetáculo ‘Um Canto Beradeiro’, com o Duo Pirarublue, no dia 09 de junho.
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O evento será realizado no barco ‘Nossa Senhora Aparecida’ que sairá às 18h30, da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. A proposta cultural terá mais de duas horas de passeio pelo Rio Madeira. Os ingressos são limitados, apenas 100, devido o local onde vai ser realizado.
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Para Altair dos Santos, o Tatá, presidente da Iaripuna a idéia é propor e criar uma nova opção cultural. “Nosso intuito é criar mais um incremento, um novo braço de divulgação da cultura local. Unindo o turismo já realizado nos barcos com os grandes artistas locais, iniciando com o Pirarublue”, disse.
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Tatá explica que o apoio logístico no evento é o início de um fomento de valorização e fortalecimento da cena musical, literária e teatral de Porto Velho. “Esperamos estender este apoio da Fundação Cultural para que turistas conheçam a poesia, dramaturgia de nossa cidade, em um cenário espetacular como o Rio Madeira”,
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O Duo Pirarublue é formado pelos músicos Sandro Bacelar e Gioconda. E é conhecido pela produção da musical essencialmente beradeira, que valoriza a cultura e o jeito dos povos amazônicos. “A cenografia será do artista plástico Geraldo Cruz da Seleção de obras ‘Olhos da Mata’ e com exposição de artes também de Lu Silva”, disse Sandro Bacelar.
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Para esta apresentação participam os músicos Júnior na percussão, Érica Almeida no piano e flauta e Júlio Yariarte na guitarra. Mais informações através dos telefones (69) 9275-8044 ou 9286-7435.
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Amanhã tem a feijoada da escola de samba Acadêmicos do Armário Grande na sede do Ypiranga da Pinheiro Machado.
E N T R E V I S T A
João Porfírio – Popó sobre o edital da Vale
No intervalo para o almoço batemos um papo a respeito do fórum e do edital da Vale, com o presidente da Fundação Cultural de Macapá, João Porfírio o Popó principalmente sobre sua opinião a respeito da concorrência entre os órgãos públicos e a sociedade civil organizada no Edital da Vale.
Zk – Qual é o problema desse Edital da Vale
Popó – O grande problema desse edital é ele ser discutido com a sociedade civil organizada, não só com o poder público. A sociedade civil organizada precisa se aponderar desse instrumento que é dela. A Lei Rouanet a ser discutida não é para empoderar o poder público e sim para empoderar a sociedade civil organizada como a grande fazedora. Esse é o grande empecilho.
Zk – Por que você considera isso como empecilho?
Popó – Tem gestor que acha que esse dinheiro tem que cair na pasta dele, para que possam reforçar o orçamento deles, essa é minha linha de raciocínio. Eu penso diferente e olha que sou gestor.
Zk – Como gestor você atua em qual órgão?
Popó – Sou Presidente de uma Fundação Cultural de capital. Sou presidente de uma instituição que está entre as 28 mais importantes de todo o Brasil que é a Fundação Cultural de Macapá (AP). Sou signatário da Conferencia Nacional de Cultura. A Conferencia Nacional diz que o poder público não é fazedor de cultura, ele é fomentador. E o poder público, ao longo dos anos, com a mão pesada dele que é a mão covarde, sempre oprimiu a sociedade civil organizada. Quando ele oprime a sociedade civil organizada, oprime a produção. É por isso que a produção no Norte do Brasil é tímida, é por isso que nós não conseguimos nos encontrar.
Zk – Vamos exemplificar esse não conseguimos nos encontrar?
Popó – Vamos ver! Um artista de Rondônia não vai pro Amapá fazer apresentação, seja teatro, dança, música. Vai uma vez na vida outra na morte. Aí o Zé Miguel (artista amapaense) faz isso. Por que? Porque ele usa a diária do poder público, usa a passagem do poder público, usa hotel do poder público porque ele é gestor (Zé Miguel é secretário de Cultura do estado do Amapá), o que ele tinha que fazer, era trazer outros cantores com ele, outros produtores. Por isso temos que fazer uma política de circulação nesse país, em especial na região Norte do Brasil.
Zk – Quanto ao custo Amazônico tema que sempre está em discussão nos seminários e fóruns de cultura regionais?
Popó – Não tem definição de custo Amazônico hoje. Custo Amazônico pode ser distância e pode não ser. A Fundação Getulio Vargas não conseguiu ainda fechar esse conceito, são experiências, experiências e experiências, a certeza que nós temos, é que comprar um refletor em Rondônia é mais caro que comprar um refletor em São Paulo. Fazer uma circulação de produção aqui em Rondônia, é mais caro que fazer uma circulação em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília que são cidades próximas e as estradas são asfaltadas. Enfim, o custo Amazônico passa por várias vertentes, nosso problema é territorial, as nossas cidades são distantes uma das outras, nossos estados são distantes, uns dos outros. Pra eu fazer uma produção do Amapá aqui Rondônia, Manaus, Roraima e Acre é mais cara do que ir pro exterior. As passagens são mais caras pra cá do que pra lá.
Zk – Na sua visão, o que pode ser decidido nesse fórum?
Popó – Primeiramente temos que pensar na produção brasileira, nas políticas públicas, temos que pensar o estado como executor dessa política pública. O estado se colocar no seu lugar. Quando falo estado estou me referindo a município, estado e união que têm que se colocar como fomentador e não como realizador.
Zk – Quais as conseqüências dessa maneira de agir do poder público?
Popó – Na hora que o estado começa a concorrer com a classe produtora aí vem a deslealdade. Meu amigo! Quem que está na ponta dos cargos hoje, das fundações, secretarias de estado e municipais de cultura. Tudo indicação política do prefeito do governador, do vereador ou do deputado. Esse povo vai defender os interesses de quem, da classe produtora ou do político que o indicou? Me responda! É claro que é de quem o indicou.
Zk – E o que se deve fazer para amenizar essa deslealdade?
Popó – Nós temos que estar aqui, pensando em política pública. Temos que ter o meio termo como gestor, nos comportando no nosso lugar. Vamos fazer política pública, vamos ouvir a sociedade civil organizada. Já tem parâmetros pra isso que foram as conferencias municipais, estaduais, os conselhos enfim, essa ferramenta do sistema tem que ser apoderável meu amigo. Agora eles não querem implementar isso e vêm pra mesa de debate, defender o que é de interesse da gestão deles e não da classe produtora.
Zk – Para encerrar. Qual tua área na cultura?
Popó – É o teatro! Sou diretor de teatro.
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