Quarta-feira, 3 de julho de 2013 - 05h57
Durante reunião convocada pela secretária da Secel Eluane Martins, que aconteceu na manhã da última terça feira 02, na Casa da Cultura Ivan Marrocos, entre tantas reivindicações e reclamações dos artistas de praticamente todos os segmentos culturais que militam em Porto Velho, o discurso de um dos presentes chamou a atenção dos presentes: “Vamos invadir o prédio do relógio com o objetivo de chamar a atenção do governador Confúcio Moura no sentido da criação de uma Secretaria que trate apenas da CULTURA, precisamos nos separar do Esporte e do Lazer”, disse o poeta a ator Elizeu após o artista plástico Joèser Alvarez ter feito um pronunciamento bastante contundente contra a atual administração estadual, principalmente no que diz respeito ao apoio cultural. “Temos um Ponto de Cultura e há quase dois anos lutamos para receber a segunda parcela do convênio e até hoje nada”, disse Joeser. Por alguns minutos o clima ficou tenso, mas foi amenizado e as reivindicações continuaram. A produtora Golda e seu companheiro Carlos Levy juntamente com o fotografo Luiz Brito disseram da necessidade de maior apoio ao segmento das artes visuais, principalmente no naipe documentarista, além de cobrarem sobre a inauguração do teatro e qual o orçamento da Secel para o ano de 2014.
O representante do artesanato solicitou maior atenção à categoria principalmente no que diz respeito a participação em feiras nacionais. João Zoghbi artista plástico cobrou a valorização do artista local quando o assunto for decoração do Arraial Flor do Maracujá e sua estruturação. O poeta Mado presenteou os presentes com uma aula de socialismo baseada em ensinamentos de Paulo Freire enquanto Silvio Santos sugeriu, que a secretaria coloque em prática, os projetos que estão engavetados, lembrando juntamente com o Dinho Reis o “Batelão Cultural” que foi desenvolvido pela equipe da Secel na gestão do Chicão e até hoje não saiu do papel. A professora Yedda Bozarcov falou sobre a reativação do Museu Estadual enquanto a artista Arlete falou da humilhação a que foi submetida durante a Conferencia Rio + 20. “Nos prometeram mundos e fundos e quando chegamos no Rio de Janeiro não tinha nada e para não dormir na rua, fomos alojados (nada contra) num “Terreiro de Macumba”.
Após ouvir as reivindicações da categoria, Eluane falou sobre o orçamento da Secel para 2014 que deve chegar a 18 Milhões, para atender a Cultura o Esporte e o Lazer além da folha de pagamento dos funcionários da Secel. “Não dá pra nada”. Disse que vai marcar reunião com cada segmento cultural para saber das necessidades. “De agora em diante vamos ficar sempre com a agenda aberta para atender vocês”.
Quanto ao teatro disse a secretária, “Estivemos juntamente com o governador Confúcio Moura e o engenheiro do Deosp Lucio Mosquini visitando a obra, na última segunda feira 1º e ele (Mosquini) nos garantiu, que vai entregar o teatro pronto no mês de dezembro, assim sendo, ficou acertado que a inauguração acontecerá no dia 20 de dezembro, finalizou a secretária.
Três coisas nos chamaram a atenção.
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Primeiro a reunião convocada pela secretária Eluane com os segmentos culturais.
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Segundo a garantia do engenheiro Mosquini do Deosp de que o teatro será inaugurado em dezembro e já tem até a data: 20 de dezembro de 2013 com grandes espetáculos.
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Terceiro, o artigo do meu amigo Basinho “Efeito Kiss salva artistas do complexo de vira-lata”
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A reunião da Secel que aconteceu na Casa da Cultura podemos considerar como muito boa e produtiva.
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Ainda mais quando fomos informados que o prédio do relógio vai ser “Tomado” pelo Movimento “Ninja” que nada mais, nada menos, é a turma organizada dos protestos que estão nas ruas do Brasil.
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Segundo o poeta e ator Elizeu a invasão do prédio do relógio será um ato reivindicatório ordeiro que tem como objetivo chamar a atenção do governador para a necessidade da criação de uma Secretaria de Cultura.
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O Movimento quer receber o governador lá no prédio do relógio, “onde estaremos aplicando oficinas de artes e não depredando o patrimônio público, esperamos que não convoquem a PM para jogar Gás Lacrimogêneo e nem Espray de Pimenta na gente como fizeram em frente à prefeitura e na UNIR”.
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Quando tomarmos o prédio do relógio só sairemos após conseguirmos do governador a garantia da criação da Secretaria de Cultura - SECRO ou SECER.
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O Joeser também fez um discurso “daqueles’ mas, não ficou para ouvir as respostas. A turma não gostou da estratégia do Joeser, jogou gasolina no fogo e saiu de perto sem deixar extintor.
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Quem jogou “pesado” também foi o Zoghbi, mas foi um pesado considerado justo, pois criticou a organização do Flor do Maracujá que ultimamente não vem valorizando os artista locais ao contratar artistas de Parintins para fazer a decoração do Arraial.
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O criador do verbo “Não Fulerarás”, Dinho Reis, fez um discurso bastante coerente, ao cobrar a colocação em prática do Projeto desenvolvido por ele e a equipe da Secel chamado “Batelão Cultural”, que até hoje está engavetado. O discurso do Dinho foi repercutido pelo Silvio Santos que também sugeriu o desengavetamento dos projetos culturais desenvolvidos com a participação de todos dos segmentos culturais.
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A reunião varou a manhã entrou pela hora do almoço.
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Algumas falas conseguiram tirar a turma do sério, apesar do desabafo ter sido muito sério.
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Estou me referindo à artista plástica, artesã e poeta Arlete Cortez que contou da falta de respeito, para com os artesãos que foram participar representando Rondônia, na Conferência Rio + 20, ano passado.
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Sem querer desfazer da comunidade de "Terreiros", Arlete disse que antes de sair de Porto Velho prometeram mundo e fundos e na hora “H” tiveram que ficar alojados num “Terreiro de Macumba”, graças a compreensão do Babalorixá da comunidade. “Se não ficaríamos dormindo na rua”. Aí baixou o cacete na ex gerente de cultura da Secel.
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Quem fala pelos cotovelos é a Golda a sorte, é que sua fala sempre é bem embasada e por isso não cansa!
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A jovem Márcia lotada na Casa da Cultura fez ótimas reivindicações.
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Mas, o que deixou a secretária de orelha em pé, foi a promessa do Elizeu de que o prédio do relógio será tomado pelos integrantes do Movimento Porto Velho Vai pra Rua.
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E assim, podemos dizer que após o povo ir pra ruas, às coisas estão mudando, pra melhor.
Efeito Kiss salva artistas do complexo de vira-lata
Por Antônio Serpa do Amaral Filho
O Corpo de Bombeiros de Porto Velho acabou prestando relevante serviço à cultura da capital nesse último final de semana: deu parecer negativo sobre as condições de segurança no Clube Ypiranga, local onde iria acontecer, sábado, dia 29, o chamado Caldeirão Cultural, um encontro de artistas organizado pela Fundação Cultural. A idéia macabra padece de gritante incoerência. Realizam Seminário sobre a problemática cultural num dia e no outro colocam artistas de elevado nível de qualidade num péssimo espaço cênico, tido pelo povo em geral como uma pocilga infestada de pulgas e baratas. Enquanto a comunidade vai às ruas gritar por saúde, educação, cultura e segurança, aos olhos de todos e da imprensa, um segmento da comunidade artística aceita ser tratado como vira-lata, agindo de forma alienada e autômata, como se não fossem eles o espelho de onde emanam as melhores sensibilidades que cultivamos no espírito.
Se o projeto tivesse sido realizado, seria um desastre em dois sentidos: primeiro, porque representaria o aceite resignado do complexo de vira-lata que ronda o espírito da comunidade artística local e, segundo, porque, se de fato conseguisse atrair um grande público para aquele ambiente, ofereceria sérios riscos à segurança dos frequentadores. O vira-latismo é tanto que, em nível estadual, Confucio Moura nada de braçada em cima dos produtores de arte, que prometeram fazer uma Revolução Cultural e o máximo que conseguiram foi soltar dois mirrados peidos de velha no gabinete do governador, não fazendo nem cosquinha nos carapanãs que habitam o escritório do chefe do executivo estadual. Com todo respeito à tradicionalidade do Velho Leão Azul, fundado em 1919 e cinco vezes campeão de futebol em Rondônia, aquilo é uma espelunca de quinta categoria, um lugar desqualificado, desestruturado, feio e jogado às traças por falta de amor próprio também dos leoninos e da sua atual diretoria. Aquele lugar, hoje, nem de longe lembra os tempos áureos do glorioso Ypiranga de Paulo Cordeiro da Cruz Saldanha. Das glórias do passado restou, na Rua Pinheiro Machado, um cafofo mal ajambrado, decadente e com péssima imagem social, sendo o mais pobre e horrendo local do corredor de entretenimento da capial, denominado “Calçada da Fama”.
No Amazonas, quando um projeto governamental quer prestigiar e dar visibilidade a uma determinada produção cultural, os gestores mostram o espetáculo no Teatro Amazonas ou no Estúdio 5, com direito a mídia, infraestrutura de primeira qualidade e glamour. Aqui a Funcultural tira os artistas do Mercado Cultural, local que tem um mínimo de decência, e tenta apresentá-los no desbotado Ypiranga. E o pior: eles aceitam unanimemente. E como toda unanimidade é burra, no dizer de MILLOR FERNANDES(*), então a burrice avassaladora acaba contaminando a todos, como uma peste da miserabilidade político-cultual. Com o incêndio naquela boate de SANTA MARIA/SC(**), ainda bem que o efeito Kiss levou nosso glorioso Corpo de Bombeiros ao local onde iria acontecer o desastre cultural e aí, sem querer, os combatentes do fogo salvaram vários artistas da vivência do complexo de vira-lata.
O prefeito Mauro Nazif, embora culturalmente medíocre, está bem assessorado com a secretária Jória Lima. Ela, sim, é que parece estar carecendo de visão crítico-histórica e de melhores quadros na sua assessoria, na Funcultural. Enquanto o Brasil acorda nas ruas, alguns dos nossos melhores artistas dormem em berço esplêndido canino, como cachorros sem dono!
NR - (*) O autor da frase “Toda unanimidade é burrar” é Nelson Rodrigues
NR.(**) - A boite Kiss fica em Santa Maria - Rio Grande do Sul
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