Lenha na Fogueira 05/03/12

BOI BUMBÁ

A brincadeira que terminou em tragédia

Dr. Luiz pediu para a coordenação do evento aguardar mais um momento para iniciar a festa

O bumbódromo de Guajará Mirim estava todo preparado pára abrigar o “1º Vamos Brincar de Boi”, na noite de sexta feira dia 02, o público começava a chegar e a ocupar principalmente as mesas disponibilizadas ao redor da pista aonde as tribos e os personagens dos bois Malhadinho e Flor do Campo iriam se apresentar, os apresentadores começaram a anunciar a presença das autoridades e é claro, agradecer o apoio do governo estadual. As Bandas dos dois grupos haviam passado o som por volta das 17h00, enfim, faltava apenas o anuncio do inicio da festa. Os dirigentes dos grupos como de praxe estavam ansiosos pelo inicio do evento. Itens como Porta Estandarte, Sinhazinha, Cunhã Poranga, Rainha do Folclore e Pajé davam os últimos retoques em suas maquiagens. Iluminação testada. De repente o Dr. Luiz chega perto da equipe da Secel comandada pelo secretário Francisco Leilson – Chicão e pede ao Gino Serrati que segure a abertura da festa por alguns minutos, pois iria até o Bar do Canduri comprar refrigerante para servir a PM. Nesse ínterim, as toadas dos dois grupos passaram a ser divulgadas através do sistema de sonorização instalado no ambiente.

Não demorou quinze minutos e chegou a noticia de que o Dr. Luiz havia sido baleado em frente ao Hotel Fênix, a noticia pegou todos de surpresa, uns achando que era brincadeira de mau gosto plantada por algum irresponsável, porém, logo a noticia foi confirmada e o que era pior, dava conta de que o presidente executivo do Flor do Campo não tinha resistido aos ferimento e havia morrido.

Parentes, amigos e praticamente todos que estavam no bumbódromo foram para o Hospital Regional em busca de notícia. O secretário da Secel mandou anunciar que o evento estava suspenso e que a preocupação a partir daquele momento era rezar pela recuperação do Luiz Menezes. Era tarde, porque a agressão foi tão violenta que ele morreu antes de dar entrada no Pronto do Socorro do HR.

É de se lamentar o ocorrido, não apenas por ser o Dr. Luiz presidente do Boi Bumba Flor do Campo, mas, por ser uma pessoa bastante querida e respeitada em Guajará Mirim, sua dedicação à família, a profissão e ultimamente ao Flor do Campo o colocava no patamar do cidadão que tem compromisso principalmente, com o social e com a cultura.

O lamentável ocorrido deixa órfãos não só os filhos, a viúva Estelina (outra baluarte da cultural popular na Pérola do Mamoré), mas, toda sociedade guajaramirense e em especial a cultura popular que perde um importante colaborador. A família Diário da Amazônia ao tempo que repudia a ação brutal dos assassinos, envia condolência à família do Dr. Luiz Menezes e a família Flor do Campo o Boi Vermelho de Guajará Mirim.

 

Olá amigo Silvio Santos. Escreva uma nota sobre o momento político de Rondônia. Só leio corrupção. Estou sendo gozado no Recife. Estão chamando meu glorioso estado de ROMBONIA. É o que dá tanto gringo por aí. Soube que no interior o sotaque mudou: é caine, poita, oxente. Sou mais o sotaque de PVH. meio "carioca". Bom dchia. Tchio.. assim é mais legal. Viva são Carlos no baixo Madeira. Viva Manelão.. Leonildo Bezerra/ Recife

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Não é fácil meu amigo Leonildo Bezerra de Recife. Quanto ao sotaque até que dar pra digerir, mas, quanto à corrupção, é algo que precisa ser combatida com rigor pelas autoridades afins. Não podemos mais conviver com tantos corruptos em postos relevantes no estado de Rondônia. Aqui não “faroeste”, não é terra sem lei, é preciso que nós eleitores, procuremos escolher melhor nossos representantes. É uma pena que nosso estado seja grafado aí em Recife como ROMBÔNIA. Pagamos pela falta de responsabilidade na hora de escolhermos nossos representantes!

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Pois então Leonildo, já não bastasse à corrupção e a ladroagem, tem outro índice muito elevado em Rondônia é o da violência, é a certeza da impunidade.

 

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Basta lembrar o covarde assassinato do presidente executivo do Boi Bumba Flor dó Campo de Guajará Mirim Dr. Luiz Menezes na noite de sexta feira dia 02.

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Estávamos presentes lá no bumbódromo. Aliás, passamos a tarde acompanhando a dedicação do Dr. Luiz como um dos coordenadores do 1º Vamos Brincar de Boi.

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Ele com chapéu tosco na cabeça, uma roupa que mais parecia “chapa de caminhão”, correndo de um lado para o outro na busca de soluções para os vários problemas próprios de um evento como aquele.

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Conversamos alguns minutos, a respeito daquela apresentação ou de como ele pretendia colocar o Flor do Campo na Arena. “Vamos apresentar ao público qual será o tema do Flor do Campo para o Duelo da Fronteira deste ano”, disse Luiz a esse colunista enaltecendo o trabalho da equipe do Ednart e da Dayna.

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Ariel Argobe que faz parte da diretoria do Luiz então nos levou até o barracão onde estavam sendo confeccionadas algumas indumentárias, como a da Rainha do Folclore que seriam apresentadas durante a apresentação do grupo naquela noite.

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Do outro lado o presidente do Boi Malhadinho Peta também da coordenação do evento, chegou para conversar com Luiz a respeito de alguma coisa que deveria ser providenciada.

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Assim era o clima no bumbódromo de Guajará Mirim na tarde de sexta feira, os dirigentes dos bois unidos em prol de um único objetivo que era arrecadar recursos que seriam investidos em suas apresentações do mês de agosto.

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O evento “Vamos Brincar de Boi” segundo fomos informados, é uma idéia da diretora do Flor do Campo Estelina esposa de Luiz. Estelina até o festival passado respondia pela presidência executiva do bumbá vermelho e passou o cargo ao seu marido logo após o Duelo da Fronteira passado.

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Lamentamos a tragédia que vai pesar e muito nas hostes do Flor do Campo. De imediato a família do Dr. Luiz anunciou que abandonaria a brincadeira de Boi e iria tirar tudo que pertence ao boi do escritório da família. Vale lembrar que além do Dr. Luiz, seu filho e esposa também são advogados.

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Por considerar muito a família do Dr. Luiz em especial a Estelina o artesão Ednart e sua companheira Dayna também anunciaram que, se a Estelina deixar o Boi eles também vão embora de Guajará.

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Esperamos que os amigos analisem com mais calma o lamentável ocorrido.

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Nesse momento é muito importante manter a calma e acima de tudo, pensar maior, pensar nas dezenas de simpatizantes e brincantes do Flor do Campo.

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Dona Georgina e seu Mário precisam de todo o apoio para manter o grupo que faz a alegria de muitos guajaramirense.

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Vamos deixar a poeira baixar, sentar para avaliar o que se pode fazer e tocar o barco pra frente. Sabemos que a família do Dr. Luiz é peça super importante dentro do grupo. Então a diretoria precisa dar um tempo a Estelina e seu filho, mas, não deve descartá-los,

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O Flor do Campo tem tudo para realizar grandes apresentações no festival deste ano, basta lembrar que o tema é sobre uma lenda que existe entre os índios Suruí e o que é mais importante, contam com o total apoio do Cacique Almir Suruí o que representa mais visibilidade internacional não apenas para o Flor do Campo, mas, para o festival como um todo.

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Aqui ficamos torcendo para que a Policia desvenda o mais rápido possível esse crime que abalou a sociedade de Guajará Mirim e em especial a todos nós que fazemos cultura popular no estado de Rondônia.

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À família do Dr. Luiz e a família Flor do Campo as condolências desse colunista.