De última hora, a Semana da Consciência Negra foi festejado em Porto Velho e o melhor, contou com desfile da chamada “Marcha Zumbi”, show com o grupo Kizomba e homenagem as mulheres negras dentro da programação a Mística de Benguela.
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Enquanto isso na “Varanda do Palácio Presidente Vargas” o Grupo Kizomba fez sua apresentação para um público razoável, “porém sincero”. A programação terminou no auditório do Palácio com a Mística de Benguela.
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Como a programação foi feita às pressas, poucas pessoas compareceram aos locais onde as mesmas foram apresentadas. A falta de divulgação não foi culpa dos organizadores e sim da burocracia. É difícil se conseguir divulgação para eventos que são programadas com bastante antecedência, imagina os que são feitos em cima da hora.
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De qualquer maneira parabenizamos a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer – Sejucel pela iniciativa em especial, a equipe da Coordenação da Juventude e mais a Marcela Bonfim.
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O pessoal do CONEGRO leia-se Antônio Neto também fez bonito ao coordenar a Marcha Zumbi reunindo integrantes de vários Terreiros. E assim o dia da Consciência Negra foi lembrado em Porto Velho. Pelo menos isso!
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Depois da programação oficial, o samba rolou até de madrugada com Nilson do Cavaco, Beto Cezar e convidados, entre eles o sambista carioca que está de passagem por Porto Velho Carlinhos Moreno – Kaka que deu uma palinha no Mercado Cultural.
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Por falar em Kaka no próximo dia 3 de dezembro, ele vai se apresentar na Feijoada que vai acontecer no Mirante Dois e Meio. Kaka ha alguns anos morou em Porto Velho e fez parte da Banda Máxima.De volta ao Rio de Janeiro já conseguiu colocar músicas de sua autoria na programação da Globo “Malhação” e na última novela das Sete. Tá podendo o garoto! Seja bem vindo Kaka.
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O que notamos no samba do Mercado Cultural de sábado passado, foi que o concurso de samba de enredo da escola de samba Acadêmicos do São João Batista está movimentando as parcerias que se propuseram a participar do concurso.
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A disputa já está ficando acirrada e as “brincadeiras” entre as parcerias, estão dominando as rodas de samba. Walber do Bandolim e do Cavaco instigou o Paulinho Santana e parceria dizendo que já estava com dois sambas prontos, no que Paulinho respondeu. Só tenho um samba, até porque apenas um vai pra avenida e tenho certeza que será o meu!
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Enquanto isso Carlinhos Maracanã cantava o refrão da sua parceria com o Jair Monteiro para o Bob Otino sugerindo que ele representasse o Manelão como destaque no carro do “Aviador”.
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Banana Split para não entregar sua composição, pediu pra sair do grupo de watts que é integrado apenas pelos compositores que solicitaram sinopse do carnavalesco Sílvio Santos.
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O clima entre as parcerias que concorrerão ao samba de enredo da São João Batista está muito bom. Assim temos certeza que boas obras estarão na disputa. Não quero nem falar do samba do Cristóvão Nascimento.
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Já o concurso de Frevos e Marchinhas do Galo da Meia Noite também está pegando fogo. A Marchinha do Torrado está chamando atenção no verso que ele se refere ao Paulo Fuá. Por causa disso, Torrado foi pedir licença da “Mona” para colocar seu nome na marchinha e a 'Paulete' respondeu: “Eu quero é estar na mídia!”.
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Eu como Sílvio Santos, no apagar das luzes, consegui inscrever minha marchinha. Foi nos acréscimos. Depois que alguns compositores souberam que eu havia conseguido inscreverminha marchinhas, correram para o estúdio na tentativa de ajeitarem suas composições. Eles sabem que quando o “velinho” entra na disputa, o bicho pega.
Música na Escola com músico e compositor Bado
Iniciou na última quarta feira(16), na Escola Castelo Branco em Porto Velho mais uma edição do Projeto Musica na Escola realizado pelo SESC –Rondônia. O tema desta edição, trás para o universo da escola as “Tendências e estilos musicais na produção Local/regional”, com objetivo de apresentar ao publico, estudantes e universitários um panorama musical constituído por músicos e compositores da região, revelando através de memórias, vídeos, áudios e depoimentos, a linguagem musical e a diversidade sonora dos ritmos no âmbito da produção local. Nesta edição, o músico convidado para realizar as oficinas do projeto é BADO, que além de músico e compositor é graduado em Musica(UFRGS), História(UNIR) e professor da Escola de Música Jorge Andrade.
Bado, leva nessa bagagem a memória de grandes músicos, compositores, intérpretes e seresteiros que por aqui passaram a partir da década de 40 até os dias de hoje. Numa trilha pela musicalidade em Porto Velho, Bado ouviu as histórias de Bainha, do Sílvio Santos e outros, fazendo um dialogo musical envolvendo o passado e o presente. Nessa viagem pela música, Bado resgata a partir das memórias de alguns músicos e boêmios, a musicalidade que envolvia Porto Velho nos anos 40,50,60..., na voz dos músicos como: Jorge Andrade, Walter Bártolo e Piaba. Nessa odisseia musical, Bado registra não só as memórias desse tempo, como traz a luz da vida as lembranças do músico e compositor Bainha, a sua trajetória e dos parceiros no samba, como o amo de Boi e músico Sílvio Santos, o compositor Ernesto Melo, Beto Cezar, Waldison Pinheiro, entre outros. Numa travessia musical passeando pelas Bandas de Bailes e pelos movimentos, festivais e projetos musicais das décadas de 70,80,90..., onde alguns resistem até hoje fomentando a produção da música Local, rompendo fronteiras e ganhando destaques em projetos nacionais, Bado apresenta obras autorais de músicos e compositores locais, como: Laio, Zezinho Maranhão, Binho, Baaribu Nonato, Bado, Augusto Silveira, entre outros..., que integram nas suas canções uma paisagem sonora que revela o som da floresta, dos rios, do povo nativo, da Amazônia, numa mistura rítmica e poética de tonalidade universal.
Nas tendências e estilos musicais, Bado também se encontra com a sonoridade do Rock e do Hip Hop, produzida em Porto Velho e na região, e revela a grandeza de movimentos musicais, como o Festival Casarão e o Projeto LO-FI, que se impõem num contexto de irreverências, reinventando uma linguagem musical contemporânea com mistura de sons e ritmos do cenário local, da Amazônia e do mundo, a exemplo de Bandas e grupos como: Soda Acústica, Versalle, Quilomboclada, Kali e os Kalhordas, Beradelia, comunidade Manoa e Leão do Norte(reaggae), etc. Na musica instrumental, ainda sob um toque musical tímido, pousa pelas mãos de instrumentistas, um diálogo experimental com a música instrumental que invade praças e teatros, revelando em Porto Velho e para Rondônia, bandas e compositores desse estilo musical, como: Mauro Araújo, Banda Tuer Lapin, Lito Casara(choro), Orquestra Villa Lobos, etc., que assumem uma singularidade musical no âmbito dessa sinfonia.
Fechando as cortinas desse panorama musical, Bado, revela uma nova safra ou as várias tribos de músicos, compositores e bandas que passeiam pela música sertaneja ao Pop Rock, Bossa Nova e a MPB nos palcos da noite portovelhence e continuam a história da música em Porto Velho e no Estado de Rondônia, marcando presença no cenário da música produzida localmente e na região, pelas vozes de João Pedro, Silvinho, Gabriele Junqueira, Tom Brito, Gioconda, Anayole Eba, Carol Aguiar, Tiago Mazieiro, entre outros. Enfim a história é essa: música na escola viaja pelas memórias, contos, histórias e sonoridade da música produzida na cabeceira do rio, cruzando fronteiras numa pegada sonora universal. (Texto: Benedita Nascimento).
Ziraldo autografa livro Rondon – Menino Cândido
Nesta quarta-feira (23), a partir das 18h30, será realizado o lançamento do livro “Rondon – Menino Cândido”, pela Santo Antônio Energia, contando com a presença do ilustrado Ziraldo, autor das ilustrações e dos livros “Flicts” e “Menino Maluquinho”, entre outros. Após o lançamento, Ziraldo irá autografar os livros, que serão distribuídos gratuitamente.
O livro, que será distribuído em escolas da rede pública e bibliotecas de Porto Velho, tem texto da escritora e cartunista Ciça (Cecília Alves Pinto). A obra resgata a história de Rondon desde o nascimento – aspecto praticamente inédito, já que a maioria das obras sobre o sertanista aborda a fase da vida adulta, quando liderava as missões de implantação da linha do telégrafo Cuiabá – Santo Antônio do Madeira, na pacificação de povos indígenas ou no reconhecimento das fronteiras do Brasil com os países vizinhos.