Segunda-feira, 31 de outubro de 2011 - 09h02
SAMBA ENREDO
Pastoras - Bi campeãs no Asfaltão
A parceria que integra a Fina Batucada do Asfaltão foi a grande revelação do concurso |
A escola de samba Asfaltão escolheu o samba enredo que será cantado em seus desfiles em 2012, na noite do último sábado (29), em festa concorrida, que aconteceu no Clube Kabanas. Seis parcerias desenvolveram o tema: “Açaí – O Nécta dos Deuses da Floresta, da Amazônia para o Mundo” estavam inscritas: Ernesto Melo e Vanderson Machado: Toninho Tavernard; Mávilo Melo e Waldison Pinheiro; Bainha, Oscar e Zé Baixinho; As Pastoras (Cristina, Léia, Silvia, Vanilce e Wilma) e a Fina Flor da Batucada do Asfaltão (Allan Barros, Danilo Cardoso, Eduardo Dias e Tobá). A disputa propriamente dita, começou por volta das 23h com o Edglay e a Paula interpretando o samba da parceira Ernesto e Vanderson; Toninho Tavernard foi o segundo a cantar, seguido de Mávilo Melo e Misteira; O Trio de Ouro colocou no palco além de cavaquinho e violão de sete cordas o Luis e sua maravilhosa cuíca e mais, colocou o Marcelo Luna considerado um dos melhores puxadores de samba de Rondônia para interpretar a composição. O samba do Bainha foi prejudicado pelo andamento (muito acelerado) da bateria; Depois vieram as Pastoras com o interprete Jânio mais uma “cozinha” de primeira qualidade comandada pelo Nilson do Cavaco e uma percussão que cadenciou o samba do jeito que um samba enredo deve ser apresentado, ater enquanto o samba foi cantado apenas com o acompanhamento da equipe das Pastoras estava ótima, porém quando a bateria “Pura Raça” entrou super acelerada, quase “mata” a bela composição das meninas. A grande especativa da noite era a apresentação da Fina Flor da Batucada do Asfaltão também chamada de “A Juventude do Asfaltão”, os meninos não se intimidaram com a concorrência dos chamados bamba do samba em Porto Velho e mandaram muito bem. Um samba pra cima e que na opinião de muitos, seria o ideal para a avenida. Podemos considerar como a grande revelação de compositores de samba enredo, a Fina Batuca do Asfaltão os meninos são realmente muito bons assim como a Paula surpreendeu todos como interprete de samba enredo, superando inclusive, o Edglay
No final os jurados classificaram o samba das Pastoras como o melhor. Em segundo lugar o samba da parceria Bainha, Oscar e Zé Baixinho e em terceiro o samba da parceria Allan Barros, Danilo Cardoso, Eduardo Dias e Tobá da Fina Batucada do Asfaltão.
Açaí o Necta dos Deuses da Floresta,
Da Amazônia para o Mundo
Samba: Das pastoras (Cristina, Léia, Silvia, Vanilce e Wilma)
Interprete: As Pastoras e Jânio
Harmonia: Nilson do Cavaco
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Movido pelo choro de Iaçá
Meu Tigre na avenida é Deus Tupã
A força do lamento faz brotar
A esperança de um novo amanhã
Itaki não podia imaginar
Que o açaí o seu povo ia salvar
No ver-o-peso essa seiva é tradição
Pequeno fruto que erradia minha fé
É atração no Círio de Nazaré
Eu fui ao Pará, fiquei
Dancei carimbo, gostei
O fruto da vida, tomei...
E me apaixonei
Néctar dos Deuses
Subiu a Eiffel, em Nova York a “liberdade”
Na fantasia até Popye se delicia
Do amasso me sacia, energia no amor
Líquido da vida, fonte da minha inspiração
É sustentável e varia: é suco, é creme, bijuteria
Com farinha, tapioca,
Peixe, charque ou camarão
Da Amazônia para o mundo
Faça a sua opção
Negro forte é pura raça
Tem a força do Asfaltão
Tua riqueza contagia,
Faz pulsar meu coração!
‘Ao todo fiquei 59 anos na educação pra ganhar uma miséria’
O Diário de Benedita Pini
Durante a abertura da exposição “O Diário de Viagem de Benedita - Trocando Sonhos Por Sonhos”, da artista plástica Rita Queiroz, a grande curiosidade da maioria dos presentes, era saber quem era “essa” Benedita que mereceu da grande Rita tamanha homenagem. O mistério só foi esclarecido quando durante seu discurso, a artista apresentou a todos: “Minha amiga Benedita Pini”. Na realidade, as duas são ligadas pelo matrimônio de seus filhos. “Eu sou sogra da filha dela e ela é sogra do meu filho”. Numa viagem a Portugal Rita descobriu que Benedita estava escrevendo um Dário e então insistiu com a amiga que ela lhe mostrasse o que estava escrito naquele caderninho e o resultado, resultou na Exposição “O Diário de Viagem de Benedita – Trocando Sonhos por Sonhos”. O visitante da exposição que fica na Galeria Afonso Ligório da Casa da Cultura Ivan Marrocos até o final do mês de novembro, vai poder ler o que a Benedita Pini escreveu em seu Diário de Viagem, pois o caderninho/diário está em um dos bancos da canoa instalada no meio da galeria, não tem como não perceber, pois sua capa é vermelha.
Batemos um papo com a escritora do Diário de Viagem, num cantinho da galeria e o resultado dessa conversa, passamos aos leitores através da entrevista que segue:
E N T R E V I S T A
Zk – Como foi que a Rita descobriu que a senhora tinha um diário de viagem?
Benedita Pini – Ta vendo aqui (nos mostrando o caderno/diário que estava no banco da canoa que faz parte da exposição), quando nós fomos, eu e a Rita na cidade do Porto em Portugal fiz um comentário na beira do rio daquela cidade falando sozinha: Puxa vida eu dei tanto tempo de aula no Paraná para os meus alunos de 4ª série sobre esse rio... Foi então que a Rita percebeu que eu estava escrevendo um diário. Aí disse a ela que falava muito sobre Portugal para meus alunos e de repente estava na beira daquele rio.
Zk – Era a primeira vez que a senhora escrevia um diário?
Benedita Pini – Não! È mania minha, quando viajo tudo que faço e passo escrevo, então surgiu esse diário. Como a Rita se propôs a fazer uma homenagem pra mim, expôs meu diário pra todo mundo ver.
Zk – Vocês viajaram juntas ou se encontraram lá em Portugal?
Benedita Pini – Planejamos a viagem juntas. Acontece que somos duas sogras. Sou sogra da filha dela e ela é sogra do meu filho, então fomos juntas para Portugal. Foram 35 dias batendo papo o tempo todo e a cada dia, fomos estreitando nossa amizade.
Zk – A senhora é Benedita de que?
Benedita Pini – Benedita Aparecida Ferreira Pini, mas, meu nome de guerra é Benedita Pini.
Zk – A senhora veio pra Rondônia quando?
Benedita Pini – Em 1980. Olha, saí do Paraná onde dei 31 nos de aula, me aposentei em 1979 e em 1980 vim pra cá, entrei na educação novamente e fiquei lecionando até 2.009. Ao todo fiquei 59 anos na educação, pra ganhar uma miséria.
Zk – Em Porto Velho a senhora lecionou em qual colégio ou colégios?
Benedita Pini – Lecionei no Barão do Solimões e entre os anos de 1985 a 1988 fui diretora do Barão. Fui presidente do Conselho Estadual de Educação. Assumi o cargo de Secretária Municipal de Educação substituindo o Roberto Sobrinho. Ele saiu Candidato a vereador e eu assumi a secretaria, no governo do Guedes.
Zk – Como à senhora analisa essa questão de não haver mais repetência?
Benedita Pini – Todo o governo fala que a educação está melhor e coisa. Não tá não! Enquanto o governo não melhorar a capa de um professor com um salário, pelo menos, equivalente ao salário do vereador, não adianta. Não adianta que o professor não vai fazer milagre.
Zk – Por que milagre?
Benedita Pini – Professor que tem que trabalhar em três escolas pra poder ter um salário descente, não vai ensinar ninguém não. Pode ter certeza que a gente está fazendo uma verdadeira enganação. Você pega aluno de segundo grau que não sabe ler. Ler não é só codificar as palavras, tem que interpretar. Tem aluno que não sabe interpretar não. Se o governo não melhorar o salário dos professores, pra ele deixar de fazer greve, volto a insistir, o professor tem que ganhar pelo menos como um vereador. A maioria dos vereadores não sabe nem ler. Hoje tem uma exigência, todo professor tem que ter curso superior.
Zk – Pra ganhar o que?
Benedita Pini – Pra ganhar R$ 1.300,00 por mês. Aí ele vai ter que trabalhar pela prefeitura, pelo estado e na rede particular. Como uma pessoa com essa carga horária vai poder ensinar bem, se não tem tempo para elaborar um plano de aula digno.
Zk – A senhora é do tempo da sabatina?
Benedita Pini – Comecei a lecionar em 1948 com 18 anos de idade. Após tantos anos dando aula no Paraná e em Rondônia consegui duas aposentadorias, uma por tempo de serviço e a outra por limite de idade. Juntando as duas, não dá uma.
Zk – A senhora lembra alguns casos pitorescos vividos dentro das salas de aula?
Benedita Pini – Olha! Escrevi toda minha vida profissional, deixei na gráfica lá no Paraná e eles não preparam, Antes de terminar essa exposição da Rita vou trazer pra cá pra Casa da Cultura e então todos vão ter acesso a história da minha via profissional. Tive muitas alegrias e muitas tristezas. Tive alunos que me fizeram muito feliz. Tive alunos que me fizeram chorar.
Zk – A senhora é professora por excelência?
Benedita Pini – Se eu reencarnar novamente quero ser professora de novo. Acredito na reencarnação e acho que vou reencarnar logo porque vou morrer logo, pois já estou com 80 anos de idade.
Zk – Se por acaso a senhora realmente reencarnar e voltar a ser professora o que faria para melhorar a educação escolar?
Benedita Pini – Quero ser uma professora totalmente diferente da qual fui. Ser uma professora mais exigente.
Zk – A senhora nasceu em que ano?
Benedita Pini – Nasci em 1930. Dia 3 de novembro de 1930. Vou fazer 81.
Zk – Para encerrar. Como à senhora se sente sendo homenageada pela Rita Queiroz
Benedita Pini – Muito lisonjeada! Afinal de contas, Rita Queiroz é considerada a melhor artista de Rondônia e uma das melhores do Brasil. Foi um dos maiores e melhores presentes que já ganhei na vida. É o meu presente de Natal em 2911. Obrigado minha querida amiga Rita Queiroz!
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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