Sábado, 4 de setembro de 2021 - 07h05
Lenha na Fogueira
Na próxima terça feira 7 de setembro, Cecileide vai apresentar a sociedade de Porto Velho, em especial, aos historiadores o documentário “Dia de Feira”.
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Fui convidado a registrar meu depoimento e o fiz com a maior felicidade, pois, praticamente minha infância e adolescência, foi participando das feiras:
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Primeiro em frente ao Mercado Municipal (hoje Cultural), depois na Rua do Coqueiro e por fim na Feira Modelo que hoje é conhecida como Mercado Central.
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Assim como eu a Ciceleide também teve seus dias de Feira, inclusive seu Pai e a senhora sua Mãe integram o documentário como principais protagonistas.
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Veja o que ela escreve sobre o Documentário, que será exibido no Mercado do Cai N’água as 9 horas do dia 7 de setembro:
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“Dia de Feira é um documentário que surgiu do amor de uma família pelas suas origens. Da vida no sertão do Ceará às portas que se abriram na Amazônia, conheceremos as trajetórias de dona Maria de Lourdes da Silva e seu Cícero Correia da Silva, um dos fundadores da famosa Feira do Cai n’Àgua. Nessa viagem ao passado, poderemos visitar a história da nossa terra pela perspectiva de uma das muitas famílias que aqui encontraram seu caminho e contribuíram para o crescimento de Porto Velho/RO. Vem com a gente visitar essas memórias”
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Lembrando que antes o que hoje conhecemos como Feira do Cai N’água antes foi a Feira do Pescado.
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Bom, como escrevi lá em cima, o documentário, mesmo antes de assisti-lo, me fez voltar ao meu tempo de infância.
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Pois fui praticamente criado nas feiras, aonde minha mãe dona Inez, tinha “BANCA” de venda de comida.
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Tudo começou quando viemos de Guajará Mirim para Porto Velho, no início ano de 1951. Aqui chegando, fomos morar em uma casa pertencente a dona Maroca que ficava a rua Carlos Gomes e minha mãe conseguiu autorização para colocar uma BANCA na Feira que funcionava em frente ao Mercado Municipal.
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A época, estavam construindo o Palácio do Governo, cuja inauguração só aconteceu no ano de 1954 e em consequência, a Feira Livre foi transferida para a Rua do Coqueiro, entre o Clube Ferroviário que a época estava sendo construído para ser a Estação de Passageiros da Estrada Ferro Madeira Mamoré e o SALFT.
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A Feira ficou na Rua do Coqueiro até que terminasse a construção do galpão. que abrigou a “Feira Modelo”, inaugurada pelo governador
Ênio Pinheiro. Nesse interim, apesar da pouca idade, eu procurava ajudar minha mãe, carregando água para as BANQUEIRAS e vendendo SACO que era feito com folhas de Saco de Cimento.
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Quando a Feira passou para o Galpão construído no quadrilátero formado pelas vias: Euclides da Cunha, José do Patrocínio, Farquar e Travessa Renato Medeiros, aí minha Mãe não colocou BANCA nessa feira porque o Diretor da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (não lembro seu nome), cedeu o espeço entre a rua 7 Setembro e o Início da Ladeira da Farquar (sentido bairro Caiari), para algumas pessoas, entre elas minha mãe e ali construímos uma casa onde passamos a morar. Minha mãe então montou o que a época, era conhecido como “PENSÃO” hoje seria RESTAURANTE. Nossa Pensão ficava em frente a Feira Modelo no terreno que até pouco, tempo existia um ponto de ônibus.
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Enquanto isso, eu continuava vendendo SACO na feira e atendendo as banqueiras colocando água e fazendo recado para os donos de box.
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Minha vivencia ne feira livre só parou, quando chegou um interventor para assumir a EFMM em 1966 e deu apenas um MÊS (30 DIAS), para os proprietários daquelas casas que existiam na Farquar SAIREM e o que foi pior, não destinou nenhum outro local para aquele povo construir suas casas.
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Nessas alturas eu já trabalhava, desde de 1960, na Sociedade de Cultura Rádio Caiari. Porém, até hoje, me considero da TURMA DA FEIRA!
Mart’nália e Arthur Maia cantam juntos em homenagem à Amazônia
Um inédito projeto de literatura brasileira, desenvolvido ao longo dos rios Negro, Solimões e Madeira, vai unir duas importantes vozes da MPB no segundo semestre de 2021: Mart'nália, musicista, cantora e compositora e o baixista Arthur Maia, músico e compositor.
O projeto responsável em unir o músico Arthur Maia, falecido em dezembro de 2018, e a sonora Mart’nália, é o Amazônia das Palavras, que leva literatura às comunidades ribeirinhas da Amazônia brasileira, outra grande paixão dos dois artistas cariocas.
A Amazônia, que representa 60% do território brasileiro e 72% da área de cobertura natural do país, é homenageada pelo Amazônia das Palavras e pelos artistas por sua pluralidade de línguas, sua rica cultura ancestral e a sua imensa e incalculável biodiversidade, além de sua importância econômica e por estar, hoje, no centro dos debates mundiais para o equilíbrio climático e da vida no planeta.
O lançamento do projeto Amazônia das Palavras - 2ª Edição, será no dia 05 de setembro, data em que se comemora o Dia da Amazônia, em uma homenagem musical para celebrar, com palavras e música, a pátria das águas e a casa de todos nós.
O clipe, produzido em 2021, apresenta Mart'nália acompanhando Arthur Maia, em um arranjo especial, unindo os dois músicos em um manifesto a favor da Amazônia e da vida.
A letra do Amazônia das Palavras, escrita e musicada por Arthur Maia no ano de seu falecimento especialmente para o projeto, está revestida de sentimentos voltados para a importância da palavra, seja ela escrita, lida, cantada e falada e a necessidade da Educação para os nossos jovens, como no trecho abaixo:
“Amazônia da palavra escrita / Amazônia da palavra cantada / Amazônia da palavra lida e contada / Solimões, Madeira e Rio Negro / O Amazonas é a nossa casa / Cidadãos do mundo / Amazônia das Palavras / Dividir, conquistar / Entender, ensinar / Aprender A questionar o destino / Resistir / Melhorar / Progredir / Repensar / Decidir / O Futuro ainda é um menino ou menina / O Brasil ainda é um menino…”
A data do lançamento do clipe do Amazônia das Palavras é dia 5 de setembro de 2021, domingo, Dia da Amazônia, através do canal do Amazônia das Palavras - www.youtube.com/
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