Terça-feira, 19 de janeiro de 2021 - 06h02
Lenha na Fogueira
Faleceu no início da noite de domingo, 17, o empresário Flodoaldo Pontes Pinto Filho, aos 71 anos, de complicações decorrentes da covid-19.
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Vamos nos despedir do Flodoaldinho, contando uma breve história do amante de coisas, como nossa música, escola de samba e da boemia portovelhense.
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Conhecemos o Flodoaldinho ainda na década de 1960, quando o então Padre Vitor Hugo era o diretor presidente da Sociedade de Cultura Rádio Caiari. A época, seu Flodoaldo (pai) era um dos maiores empresários do ramo de Mineração em Rondônia e do Brasil. Entre outros empreendimentos, era o dono do Garimpo de Massangana um dos maiores produtores de cassiterita do Brasil.
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A família morava a Avenida Sete de Setembro numa casa que existia onde até bem pouco tempo, funcionou a Loja Discolândia. Ali havia sido o Areal da cidade. Seu Flodoaldo oferecia jantares aos amigos e sociedade e eram eventos pomposos e Vitor Hugo sempre transmitia esses eventos através da Rádio Caiari e ele me levava para comandar a parte da sonoplastia e nesses eventos, fiquei conhecendo toda a família e até me tornei colega do Flodoaldinho.
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O tempo passou e sempre participava de algum evento cultural patrocinado por ele. Era o tempo da Agua Mineral Caiari. No início da década de 1980 Flodoaldinho aceitou ser o Patrono (presidente) da Escola de Samba “Os Pobres do Caiari” e sua residência se transformou em ponto de encontro da turma da escola e foram várias noites de churrasco e muito samba.
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Em 1982 já como presidente da Escola Flodoaldinho quis homenagear o Jacque Cousteau. Acontece que a esposa do Flodoaldo fazia parte da equipe do “Mergulhador Francês”. Foi então que ele convocou os carnavalescos da Caiari e encomendou o enredo que recebeu o título: “A Amazônia – De Orellana a Cousteau”.
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Em parceria com o Baba ganhei o Concurso de Samba Enredo para o desfile de 1983. Acontece que quando chegou o mês de janeiro de 1983, Flodoaldinho convocou o Diretor de Carnaval da Escola Hiran Brito Mendes o Baluarte, a sua casa e falou, que o Enredo de Orellana a Cousteau ficou muito caro e a agremiação não tinha recurso em caixa e nem ele.
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Sobre esse episódio entrevistei o Hiran e ele explicou:
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“Naquele ano o Flodoaldinho me chamou em sua casa e disse que não tinha dinheiro para colocar o enredo.
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Fui a TV Rondônia (o Jornal de Rondônia era ao vivo), falei com o diretor e ele me colocou no ar e eu disse que a escola de samba não iria desfilar por falta de recursos.
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Quando cheguei na Praça das Caixas D’água estavam praticamente todos os moradores do bairro Caiari, os brincantes da escola e simpatizantes e ali todos se propuseram a colaborar com a escola.
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Faltava menos de um mês para o carnaval e então por sugestão do Jader, do Flávio Daniel e se não me engano do Zé Carlos Lobo, se resolveu criar um enredo de fácil concepção e então nasceu ali o tema “Das Loucuras da Vida a Ilusão do Carnaval”.
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O samba foi feito pelo Silvio Santos e O Babá no balcão do chaveiro do Manelão e foi justamente esse samba que eu aprovei na madrugada em frente ao Reza Forte.
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Para encurtar a história, a escola foi campeã naquele ano de 1983 cantado: É feira, é feira, é condução. É trabalho no campo, que luta irmão...” Contou Hiran
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É esse Flodoaldinho carnavalesco, amigo, cultural e acima de tudo festeiro que quero continuar lembrando.
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Amigo, obrigado por tudo! Descansa em Paz.
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GRAÇAS A DEUS A VACINA CONTRA A COVID-19 JÁ ESTÁ SENDO APLICADA NOS BRASILEIROS. HOJE COMEÇA AQUI EM PORTO VELHO.
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AMÉM!
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O professor Adailtom Alves está com inscrição abertas aos interessados em participar da Oficina teórico-prática de criação de textos teatrais. Tomando os pressupostos da construção clássica, far-se-á uma abordagem sobre fábula, personagens, diálogo, pensamento, ação dramática e a jornada do herói. As aulas serão realizadas por via remota pelo Google Meet.
A oficina é uma contrapartida do Projeto pioneiros: chegadas, partidas e travessias, contemplado no Edital nº 83/2020/SEJUCEL- CODEC - 1° Edição Alejandro Bedotti do Edital de Chamamento Público de Fomento à Cultura para Pesquisa e Desenvolvimento de Expressões Culturais.
PROFESSOR - Adailtom Alves
Professor da Universidade Federal de Rondônia no Curso Licenciatura em Teatro; doutorando em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP, mestre em Artes pela mesma instituição; dramaturgo, ator, diretor e integrante do Teatro Ruante.
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