Domingo, 10 de abril de 2011 - 14h31
Genésio da guitarra, do violão, do cavaquinho ou apenas “Papai”, faleceu na madrugada deste domingo 10, por volta das 5h30. Genésio veio a Porto Velho no ano de 1986 a convite do sanfoneiro Evandro que a época tinha uma banda de forró e terminou tocando no conjunto “Os Cobras do Forró”.
Em novembro de 2007 publicamos uma entrevista que fizemos com o “Papai” onde ele nos contou o seguinte: “Nasci e me criei em Fortaleza no bairro de Montese. Participei de várias bandas. Talvez uma 110 bandas, toquei no conjunto do 5º Batalhão da polícia por onze anos com Clementino Moura, todo ano a gente gravava um LP (vinil), que naquele tempo era chamado de "bolachão". Passei uma temporada tocando em circo e no ano de 1986 vim aqui pra ficar numa banda e terminei ficando nos Cobras do Forró por uma temporada e estou por aqui até hoje”. Muitos dos músicos que tocam na noite de Porto Velho nos dias de hoje, iniciaram sob a orientação do Genésio.
Professor de violão ajudou muita gente a bater nas cordas e fez muitos felizes, através dos solos dos seu violão e cavaquinho. Ultimamente era freqüente no grupo “Choro do Porto” com os parceiros Nicodemo, Rose e Paulo Humberto ou então no Casa de Bamba com o Júnior, Bubu e Paulo Humberto. No meio sambista era o preferido pelos interpretes de samba enredo, fosse na gravação do CD ou nos desfiles da passarela do samba. No Boi Bumbá era figura obrigatória na Banda Nação Corre Campo, mas, tocou também no Az de Ouro e no Diamante Negro. Recentemente foi o arranjador, diretor selecionou o repertório gravado pelo saxofonista Dr. Samuel Castiel.
Genésio antes de se radicar em Porto Velho, tocou com muita gente famosa: “Toquei com Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Três do Nordeste. Com Luiz Gonzaga ceguei a tocar aqui em Porto Velho. Com o Trio Nordestino fiz uma temporada; fizemos um São João na Bahia, fizemos show em Campinha Grande”. Além desses tocou com Reginaldo Rossi, Waldik Soriano Alípio Martins, Maurício Reis, Fernando Lélis. “Todos esses cantores e mais um bocado, passaram pela minha mão, só não passou ainda o Roberto Carlos e também não vai passar porque está muito longe”.
Tinha uma coisa que ele não gostava de lembrar, era do seu nome de batismo, na entrevista citada, graças à intervenção do já também saudoso Manelão, conseguimos descobrir seu nome de batismo. Rogério. “Sou mesmo é o Genésio da Guitarra”, lembrou Papai.
O corpo do Genésio está sendo velado no Mercado Cultural de onde sairá para o cemitério de Santo Antônio as 10h00 desta segunda feira.
Fonte: Sílvio Santos - zekatracasantos@gmail.com
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