Neste sábado dia 15 de abril de 2017, o jornal Alto Madeira completa 100 anos.

Lenha na Fogueira
 

Parabéns ao jornal Alto Madeira pelos 100 anos de existência. Aliás deveria ser resistência, pois, poucos sabem o quanto a família Tourinho em especial seu Euro e seu Luiz lutam para manter o jornal em circulação.

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A incompreensão dos órgãos públicos, que insistem em não reconhecer uma dívida contraída, por publicações nas páginas do Alto Madeira.
 
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Principalmente Luiz Tourinho, cansou e ainda cansa de subir as escadas do palácio do governo, tentando ser recebido por alguém que tenha o poder de mandar saldar as dívidas contraídas, junto ao departamento comercial do jornal.

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O Alto Madeira é o vovô dos jornais de região Norte. No Brasil pouquíssimos conseguiram chegar à idade do Alto Madeira. 100 anos é um feito conseguido por poucos e entre esses poucos está o Alto Madeira.

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Foi no Alto Madeira que ingressamos nos meios de comunicação, ainda éramos menino com apenas 10 anos de idade e já estávamos varrendo a redação e as oficinas do jornal e entregando na madrugada, os exemplares dos assinantes.

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Parabéns a família Tourinho por manter o jornal circulando, apesar das dificuldades.

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Por falar em circulação, ontem pela manhã, a turma das escolas de samba, foi até a Funcultural na esperança de ouvir do presidente Ocampo, que tudo estava resolvido e que os subsídios seriam repassados em breve.

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Deram com a cara na porta, como diz o dito popular, pois, ontem foi ponto facultativo na prefeitura municipal de Porto Velho e o pessoal da Funcultural é claro, estava de folga.

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O pessoal ficou chateado, porque, segundo eles, quem marcou a reunião foram os dirigentes da Fundação.

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O coordenador do carnaval de Porto Velho, consultado via telefone, garantiu que a documentação do GTDF está correta e assim não haverá problema com o repasse dos recursos. “Segunda feira a gente conversa” disse o coordenador.

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Segunda feira será dia 17, o que quer dizer menos de 15 dias, para as escolas trabalharem seus temas. Isso se o dia 30 de abril for confirmado para os desfiles das escolas de samba.

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Enquanto isso, o pessoal da Federação de Grupos Folclóricos ta empenhado na formatação do projeto, que segundo estão sonhando, será levado pelo prefeito Hildon Chaves e eles (da Federon) até a direção das Usinas de Jirau e Santo Antônio.

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Não sei não! Mas, como a Lava Jato já detectou envolvimentos de políticos que exploraram as empresas construtoras das usinas...

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Até o senador Aécio Neves foi citado como ser um dos beneficiados pela construção das usinas. Inclusive, pra quem não sabe, um dos diretores de uma das usinas do Rio Madeira é primo dele (Aécio). Não me pergunte que não sou nenhum “Maçaranduba e nem tão pouco Alemão” para saber de alguma coisa a respeito do assunto.

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Sendo assim amigos da Federon, é melhor ir devagar com o andor que o Santo pode ser de areia das usinas.

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Por falar em areia, anteontem terça feira a equipe técnica e executiva da Funcultural passou o dia em Jaci Paraná coordenando um evento, onde teve inclusive carro de som fazendo alarde.

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Hoje não é dia de ficar fazendo fofoca, é dia de reflexão, pois é Sexta Feira Santa. Então vamos  nos encontrar na procissão do Senhor Morto.

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Nada de surrupiar galinha do quintal do vizinho, isso é pecado mortal. Bom mesmo, é malhar o juda no sábado de aleluia.

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Vamos rezar, orar, pedindo a Deus que tire o nosso Brasil da Crise moral, financeira e política. Vamos a igreja pedir para que nossos políticos deixem de roubar tanto e façam alguma coisa em prol da população humilde do nosso querido Brasil!

 

Centenário do Jornal Alto Madeira

Neste sábado dia 15 de abril de 2017, o jornal Alto Madeira completa 100 anos.

Fundado pelo médico Joaquim Augusto Tanajura, primeiro prefeito (intendente) eleito pelo município de Porto Velho. Durante sua existência o jornal contou com vários proprietários, diretores/editores, entre eles: Francisco Raimundo Oliveira, Cicinato Elias Ferreira, Inácio Castro Silva, Assis Chateubriand, Carlos Augusto Mendonça, Oderlo Beleza Serpa, José Matheus Gomes, Arnaldo Fernandes Costa e Euro Tourinho.
 

Minha história com o Alto Madeira

Em meados da década de 1950, fui admitido como off boy no Alto Madeira, graças a intervenção do meu irmão Antônio Joaquim dos Santos que era contratado como tipógrafo, e por eu ser considerado pela minha mãe, um menino muito peralta, conseguiu que o Antônio arranjasse uma ocupação pra mim no jornal.

Naquele tempo, o diretor era o seu Arnaldo Fernandes Costa conhecido como “Pombo Branco”, porque só usava roupa branca. Minha rotina começa por volta das Seis horas da madrugada, quando chegava a oficina, para dobrar os jornais que logo seriam entregues aos assinantes, na maioria moradores do bairro Caiari além dos comerciantes do centro da cidade. Entregava também na Casa do Governador e na Casa do Diretor da Estrada de Ferro. De volta, varria todo o jornal e logo depois ia para a escola.

A tarde voltava pro jornal, para aprender o oficio de tipógrafo. Vejam só com quem aprendi a profissão. Antônio Joaquim dos Santos (meu irmão), Petrônio de Almeida Gonsalves, João Tavares, seu Celso, Paulo Machado, José Guedes, Chicorote, José Guedes, Borba, seu Boy (impressor) e Pedrinho (filho do seu Boy).

Os jornalistas entre outros eram: Ari Macedo, Petrônio, Dr. Luiz (dentista), Enos Lins e tinha um jovem que estava começando a escrever. Euro Tourinho, que tinha uma sinuca ao lado da redação do jornal, que ficava à rua Barão do Rio Branco em frente à praça Jonathas Pedrosa. Seu Euro escrevia a coluna social e assinava como Eurly Tourinho. O barato era o sucesso do tal de “caderninho azul” onde ele anotava tudo que acontecia nos eventos sociais. Que me desculpem os demais colunistas sociais, mas, até hoje nenhum escreve como escrevia o “Eurly”.
 

Intelectuais na redação

A redação do jornal Alto Madeira era o ponto de encontro dos intelectuais da cidade, dos ‘categas’ (funcionários públicos graduados). Ali se discutia futebol, religião, política e até sobres as meretrizes recém desembarcadas dos navios  Lobo D’almada, Leopoldo Peres e Augusto Monte Negro etc. Geralmente a conversa pegava fogo, pelas seis horas da tarde, justamente o horário das revisões das provas com as matérias que sairiam no jornal do dia seguinte.

Quando a zuada ficava insuportável, seu Arnaldo gritava: “Meninooo!” Eu já sabia e corria com a vassoura de piaçava varrendo a sala da redação. Como o piso era de taco e não existia asfalto nas ruas da cidade, conforme eu ia varrendo a poeira levantava e os “intelectuais” iam, ou para a Jonathas Pedrosa ou então tomar um cafezinho no Café Santos que ficava na Prudente de Moraes com a Sete de Setembro.

Por alguns minutos, seu Arnaldo e seu Euro Tourinho juntos com Petrônio Gonçalves  tinham alguns minutos de paz para fazer a revisão das matérias.

Centenário

Neste sábado dia 15, o Alto Madeira completa 100 anos circulando em Rondônia. 100 anos registrando os acontecimentos que tornaram Rondônia um dos estados mais promissores da nossa nação; 100 anos de informação séria, sem peleguismo e acima de tudo preservando o respeito pelos escritos dos seus colaboradores.

Alto Madeira como diz o seu Euro Tourinho, foi e é a faculdade de muitos jornalistas de Rondônia. Poucos jornais impressos no Brasil chegaram a essa idade, por isso, todos nós rondonienses, devemos nos orgulhar de contar com o Jornal Alto Madeiras.

Parabéns à família Tourinho por dirigir e manter desde o início dos anos 1960 o Alto Madeira funcionando, coisa que sabemos não foi e não é fácil.

Tenho orgulho de ter iniciado minha vida na comunicação, dentro da redação do jornal Alto Madeira!