Terça-feira, 18 de fevereiro de 2020 - 11h18
Pois é, o bloquinho que não vende nada, que não tem cordas, nem trio elétrico, revelou-se grande e imponente como o peixe que lhe dá nome.
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To me referindo ao bloco Pirarucu do Madeira, que se revoltou e desfilou contra a ordem da Polícia Militar que queria impedir o prosseguimento do desfile.
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Fundado há 27 anos, é o segundo bloco de rua mais antigo em atividade, nunca havia se submetido à burocracia estatal para ocupar as ruas na folia de momo.
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De uma lista insana de obrigações a um bloco sem finalidade lucrativa, a equipe do policiamento de trânsito usou a falta de grades nas ruas paralelas ao desfile como argumento para acabar com a festa.
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O acordo para que o bloqueio de vias fosse feito com seguranças contratados pelo bloco, foi recusado pelo responsável da equipe da PM.
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O povo na rua cantando. Crianças como em nenhum outro bloco. Pessoas com dificuldade de locomoção. Idosos.
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A Yara, que perdeu a avó dona Auda, há menos de uma semana, estava lá em sua cadeira de rodas com a mãe, as tias e primos.
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Tinha folião de toda parte da cidade. Uma explosão de cores em fantasias. Foi uma pororoca cultural regional!
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Teve a bateria Pura Raça, banda Quilomboclada e banda Puraqué com a participação do grupo As Pastoras.
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Teve trupe teatral e com pernas de pau. Manifesto em defesa dos povos indígena, teve sim!
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O frevo ferveu debaixo da chuva que ia e voltava. Um rio de passos desafiou a ordem de parar.
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Quando o presidente do bloco, Ernande Segismundo, convocou os foliões à resistência, barreiras e barragens se romperam.
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À polícia, restou fazer sob a pressão da multidão pacífica, o que deveria ter feito para permitir a felicidade do povo.
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Com as viaturas, bloquearam as vias paralelas do percurso e assistiram o espetáculo de resistência da cultura popular.
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O policial que trabalha durante o desfile do bloco Pirarucu do Madeira tem é muita sorte!
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Nunca houve confusão, porque os foliões são estimulados a brincar em paz e alegria em campanhas como a lançada este ano contra o assédio no carnaval.
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Até este ridículo episódio, a polícia militar foi amiga do bloco e dos foliões.
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A verdade é que o poder público deveria providenciar tudo para uma folia de graça e harmoniosa como a do Pirarucu.
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Na hora do sufoco, a Fundação Cultural bem que tentou cumprir a exigência para o bloco seguir, mas não teve jeito.
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A verdade é que a prefeitura e o governo do estado tinham que bancar grades, banheiros químicos, limpeza e segurança desse bloco.
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Não seria despesa, mas investimento num cordão que exalta a tradição.
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O folião deste bloco é multiplicador de consciência cidadã, faz festa com luta pela democracia e pela cultura popular.
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A multidão não parou, porque não havia racionalidade na ‘ordem superior’.
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A banda Puraqué cumpriu mais da metade do desfile só com sopros e bateria, sem som mecânico.
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Os seis vocais que se doaram à tradição deram lugar a um coro que vai ecoar por muito tempo na história do carnaval da capital.
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Se foi um gesto de censura em tempos de obscurantismo, falhou.
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O que fica é o gesto de resistência dos foliões com os ‘Corações Futuristas’ e ‘Bobos em Folia’, da marchinha de Edgard Moraes para blocos com a essência lírica do Pirarucu.
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Mais que confetes e serpentinas repousam no circuito da Pinheiro Machado.
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A magia de um desfile histórico do bloco do prazer, a multidão comenta.
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A polícia militar tem que garantir a ordem e isso ninguém contesta, mas o que a equipe de ontem fez foi ignorar a beleza e a paz que manteve unidos os foliões até o final magistral do desfile.
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O mais angustiante foi responder a tantas crianças que perguntaram: “tia, por que o bloco não anda?
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O mais emocionante foi vê-las resistir à espera e à ordem de parar cantando: “EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA” (Fonte Blog da Luciana).
PIRARUCU DO MADEIRA
O dia que a Democracia mandou
a truculência pro Cuniã
Foi realmente um grande desfile, o desfile do Bloco Carnavalesco Pirarucu do Madeira na tarde/noite de domingo dia 16, pelas ruas do centro histórico de Porto Velho.
Depois de superar parte das indevidas exigências da Petran, que ameaçava só liberar a saída do bloco, após a colocação de grades em locais que eles achavam que deveria ser interditado.
Vale salientar, que este colunista, no momento, ouviu o idealizador do bloco, advogado Ernande Segismundo que informou, que o bloco estava em dia com as taxas exigidas pelos órgãos públicos, inclusive o Alvara (autorização do desfile). Mesmo assim, PM não concordava em liberar o desfile.
Minutos depois, chegou o presidente da Fundação Cultural de Porto Velho Antônio Ocampo Fernandes dizendo que já havia autorizado o empresário conhecido como Gato Félix a colocar 80 grades, no percurso do Pirarucu. Com essa notícia, o desfile foi autorizado e os foliões, em sua maioria, vestidos nas mais diversas fantasias, passaram a brincar o verdadeiro carnaval brasileiro, ao som de machinhas e frevos executadas pela Banda Puraqué comandada pelo Waldison Pinheiro. Os bonecos gigantes junto o “Pirarucu” de onze metros, confeccionado pela equipe do Porta Estandarte Ismael Barreto comandavam o cortejo. E lá se foi o bloco pela Pinheiro Machado, apesar da enxurrada de ambulantes, que fazia com que o cortejo não evoluísse a contento.
POVO NÃO ATENDE ORDEM DA PM
Até agora, como folião, não consigo entender por qual motivo, de repente, o SOM do carro de som do bloco, parou de ser ouvido. Sem saber o que estava acontecendo, procuramos ouvir a Diretora Luciana Oliveira que disse:
“Conte essa história quando perguntarem como foi o desfile do Bloco Pirarucu do Madeira no carnaval de 2020.
Imagine uma festa em que tiram o principal elemento da alegria, o som. Só continua se quem tá na festa desafiar o gogó e seguir cantando e dançando.
Foi justamente o que ocorreu neste 16 de fevereiro, no bloco mais democrático do carnaval de Porto Velho” disse orgulhosa Luciana.
O idealizador da criação do bloco advogado Ernane Segismundo descreveu o desfile do bloco da seguinte maneira:
“O Pirarucu do Madeira foi maravilhoso esse ano, muita gente, muita criança, muita fantasia de índio, o povo respondeu a proposta, a pauta do Pirarucu do Madeira esse ano. Infelizmente a Polícia Militar estragou a nossa festa, porém, o povo resolveu partir na TORA.
Então fizemos um Pirarucu do Madeira sem som mecânico e conseguimos concluir o desfile. Se tem um herói nessa história, é você. Você que foi lá enfrentou a barra e fez essa festa maravilhosa que foi o melhor Pirarucu do Madeira de todos os anos como disseram algumas pessoas, estamos muito agradecido a você folião, essa resistência popular cultural na cidade de Porto Velho” desabafou Segismundo.
Diante de tudo isso, só nos resta continuar brincando carnaval.
A emocionante homenagem aos compositores da Vai Quem Quer
A emoção tomou conta da praça das Três Caixas D’Agua na tarde do último sábado dia 15. Acontece que a direção da Banda do Vai Quem Quer resolveu prestar homenagem aos compositores, que compõem as marchinhas que animam os foliões nesses 40 anos de carnaval.
A presidente Siça ao abrir a solenidade, disse da emoção que estava sentindo ao poder homenagear tão ilustres figuras, “pois, jamais imaginei que um dia, estaria a frente do bloco que por muitos anos, foi a alma do meu pai Manelão”.
O primeiro a receber das mãos da presidente, os Mimos da Banda, foi o Mestre Bainha. “Não foi nada de proposito, porém, adorei quando vi que o primeiro a ser homenageado era o Bainha. Fiquei lisonjeada, afinal de contas, ele é o mais experiente entre todos os compositores da Banda uma vez, que está com 82 anos de idade. Obrigado Bainha”.
Assim a solenidade prosseguiu e a cada comenda entregue, a emoção vinha em forma de lágrimas, fosse do homenageado, ou de seus familiares. O compositor Ernesto Melo assim se posicionou nas redes sociais: “Primeiro, muito obrigado pelas alegrias de ontem. Fiquei deveras feliz, eu e Erenir. Senti novamente aquele frisson daqueles tempos e fui tomado por um entusiasmo danado. Estou de volta à Banda. Obrigado. Ano que vem quero receber o mote do desfile e quero colaborar com uma bela marchinha. Retransmita à Siça os meus agradecimentos”.
Assim foi com Silvio Santos, Luciana Oliveira, Mávilo Melo, Tatá, Zé Baixinho, Segismundo, Léo Ladeia, João do Vale, Oscar Knight, Toninho Tavernard e Silvinho Santos.
O próximo encontro vai acontecer sábado dia 22, quando a Banda realiza seus 40º desfiles pelas ruas do centro de Porto Velho.
As Camisetas começaram a ser entregues, na manhã de ontem 17, na sede da rua Joaquim Nabuco. “Creio que até a próxima quinta feira dia 20, todas camisas já tenham sido comercializadas”, disse a presidente Siça.
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