Terça-feira, 11 de agosto de 2015 - 05h10
Por Antonio Serpa do Amaral (*)
Bado abriu o espetáculo cantando “exaltação à mangueira”, de Basinho! bia no tamborim e Luís da Cuíca temperaram o samba no mercado cultural! a Associação Cultural Rio Madeira e a Fundação Cultural apoiaram o evento!
Foi quando o ronco da cuíca uivou como um lobo anunciando a passagem da matilha sedenta de aventura! Houve um hiato de expectativa e perplexidade no ouvido da plateia...
Do violão de um certo Erivaldo de Melo Trindade ecoou a forte marcação binária como um surdo de primeira e outro de segunda percutindo o groouve do samba dentro no coração da viola!
E em seguida veio sua voz anunciando a possível quizomba de um tradicional cordão carnavalesco do Rio de Janeiro... “Quando a Mangueira passar....” “Quando a Mangueira passar....”
Nas tendas celestes, Chica Macaxeira acordou para o canto malemolente e dançou pra Iansã!
E os espíritos de Carlos Cachaça e Angenor de Oliveira despertaram do sono profundo da eternidade e vieram ter com o corpo e a alma do cantor. Incendiaram com providencial axé seu violão, sua voz, acordes e andamentos. Naquele momento, Bado deixou de ser Bado e aceitou a sina de entoar seu cântico como um Babalorixá!
Seu violão pegou fogo e explodiu em harmonias incandescentes para o ar como fogos de artifícios! Sua voz inicialmente contida ganhou a força dos que cantam para o Pai Oxalá!
A ser cavalo de umbanda, seu violão saltitou inquieto quando ouviu o trinitar do tamborim de Bia jorrando fusas e transfusas sincopadas no dueto com o pinho! E o canto cresceu fogoso para a passagem de milhares de brincantes invisíveis e poéticos desfilando na Mangueira de Cartola!
Quando o surdo ecoou empunhando vigorosa marcação, o cordão já ia longe e passava a Velha Guarda da Escola, cantarolando alegre e feliz...
“Quando a Mangueira passar....” “Quando a Mangueira passar....”
E o público cantou junto, formando um imenso coral de partideiros no quadrilátero histórico da nossa cidade.
Amaral Neto, encantado, a tudo assistiu, como um curumim espiando a retumbante pororoca musical verde e rosa quebrando em ondas defronte ao antigo Mercado Municipal de Porto Velho...
(*) O autor é escritor e compositor
Lenha na Fogueira
A semana que passou foi das melhores, culturalmente falando. Aconteceu mais uma edição da Mostra de Cultura Popular da Associação São Tiago Maior com apresentações de grupos de quadrilhas e bois bumbas além do concurso de dança de forró.
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A artista plástica, figurinista, bonequeira e Maria da Chave também conhecida como Lu Silva atuou como jurada no concurso de dança de forró e ficou impressionada com a qualidade dos grupos que se apresentaram no Arraial do Padre Enzo.
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“Zekatraca o pessoal dos grupos de forró investe muito na produção. Não sabia que a turma da Zona Leste se esmerava tanto para se apresentar no São Tiago”, comentava Lu Silva admirada.
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Enquanto isso, sexta feira dia 7, foi a vez da escola de samba Os Diplomatas apresentar seu show no projeto da Fesec “Esquentando os Tamborins”. Com bateria (mais de 20 batuqueiros) comandada pelo mestre Hudson Guedes, casal de Mestre Sala e Porta Bandeira João Neto e Natiele Costa, casal de passista Cley Pereira e Naty Prestes e as musas Andressa de Lurdes, Isabel Cristina, e Stacy Veloso e mais.
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Pois é, a grande novidade da Diplomatas foi a presença como Interprete de Samba de Enredo do cantor Walfredo da Esquina. Walfredo jamais havia vestido vermelho em sua vida. Ele nasceu e se criou azul e branco uma vez, que nasceu no bairro Caiari e desde criança começou a brincar na escola de samba Pobres do Caiari, já adolescente por indicação do “Baluarte" Hiran Brito passou a ser o Interprete Oficial de Samba Enredo da escola azul a branca.
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Depois que a Caiari deixou de desfilar, andou cantando na escola Armário Grande e defendeu sambas de enredo em concursos do Asfaltão e só. Sexta feira passada, para surpresa de muitos, lá estava o Walfredo da Esquina cantando samba com a camisa vermelha e branca da Diplomatas. Junto com ele o Edgley Queiroz.
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O samba de enredo para o carnaval de 2016 é de autoria da parceria Carlinhos Maracanã e Jair Monteiro e o tema é: “Os Números”.
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Os sambistas presentes só não gostaram mais da apresentação da Diplomatas, porque seus interpretes acompanhados pelo Walber do Cavaco e Bandolim cantaram mais sambas das escolas do Rio de Janeiro.
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E a turma do Asfaltão juntamente com a da Acadêmicos do São João Batista e Império do Samba aplaudiu o show da vermelho e branco.
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Foi bom, mas, poderia ter sido melhor. Esperamos que a próxima escola a se apresentar no “Esquentando os Tamborins”, cante pelo menos uns cinco sambas de enredo próprios. To falando na Acadêmicos do Armário Grande. Vai lá Sidney Carioca.
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Como o show tem que continuar! Foi muito bacana o Festival de Dança Mova-se apresentado durante três dias no Teatro Palácio das Artes Rondônia.
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Os três espetáculos: A Sagração da Primavera do grupo CDA do Amazonas; Reconstruindo a Identidade Ribeirinha do grupo D’Palmas de Porto Velho e o “Teresinhas” do grupo Meme do Rio Grande do Sul agradaram em cheio o público que compareceu nos três dias de espetáculos.
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Aproximadamente 2 Mil pessoas assistiram aos shows de dança contemporânea proporcionado pela Festival Mova-se que tem a frente o João Fernandes.
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Aliás, o João ficou encantado com o nosso teatro, ele e todos os demais produtores e coreógrafos dos grupos que se apresentaram no Mova-se. “Poucos são os teatros no Brasil tão bonitos e aparelhados como o de vocês”, disse João em seu discurso de agradecimento.
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Bem que falei. Agora não tem mais aquele de que Porto Velho não tem opção cultural. Tem e tem muita!
Publico prestigia
Festival da Dança Mova-se
Durante três dias, o público amante da dança contemporânea, prestigiou as apresentações do Festival de Dança Mova-se realizadas no Teatro Palácio das Artes Rondônia.
Três shows foram apresentados: O Corpo de Dança do Amazonas (CDA) abriu o festival na sexta feira dia 7, com o espetáculo A Sagração da Primavera. A obra, uma releitura amazonense pelos coreógrafos Adriana Goes e André Duarte, faz uma imersão na cultura indígena, onde a sagração se passa no Ritual da Moça Nova, cultura característica da tribo Tikuna, onde uma jovem índia, ao menstruar pela primeira vez, é retirada do convívio social e no período de reclusão aprende a dedicar-se a trabalhos manuais intimamente ligados às mulheres.
Sábado foi a vez do grupo de Porto Velho D’Palmas mostrar o espetáculo genuinamente portovelhense, “Reconstruindo a Identidade Ribeirinha”. Os bailarinos traduzem através de coreografias criadas em cima de músicas de autores locais, a vivencia e o cotidiano dos ribeirinhos do baixo Rio Madeira. “A pesquisa foi realizada nas localidades de São Carlos e Nazaré com o objetivo de festejar o centenário de Porto Velho, porém, com a enchente de 2014, o trabalho ganhou um novo significado, conta” o coreografo Janderson Cabral. Ao final da apresentação o público aplaudiu de pé, as performances dos bailarinos do Grupo D’Palmas.
Domingo a emoção tomou conta do Palácio das Artes quando o Grupo Meme de Pesquisa do Movimento do Corpo (RS), apresentou o espetáculo “Teresinhas”. O coreografo Paulo Guimarães foi buscar inspiração no texto de Vinicius de Moraes para homenagear sua mãe dona Terezinha Machado Guimarães que no final foi apresentada ao público. “A coreografia foi inspirada nas histórias verdadeiras vividas pela minha mãe. Vocês viram a mãe, a mulher, a filha, a amiga e a companheira”.
No final o que se viu, foram várias pessoas (a maioria mulheres) enxugando as lágrimas que teimavam em continuar em seus rostos. “Estou assim desde a tarde, quando assisti o ensaio”, contava enxugando ás lagrima Gilka Lobo. Pra completar, a trilha sonora interpretada (ao vivo), pelo musico cantor Tiago Rinaldi foi maravilhosa.
João Fernandes idealizador do Festival se disse bastante gratificado por ter pela primeira vez, apresentado o Festival fora de Manaus. “O público de Porto Velho foi maravilhoso e esse teatro: vocês portovelhenses, têm uma das melhores casas de espetáculos do Brasil. Frequentem o Palácio das Artes Rondônia”. Finalizou.
O Festival de Dança Mova-se em Porto Velho contou com total apoio do governo de Rondônia através da Sejucel e Fundação Palácio das Artes.
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